NÚMERO 4
Quando despertou, ela percebeu, como na capa de uma novela do Ellery Queen, as mãos ensaguentadas. No braço esquerdo, tinha uma elegante pulseira numerada.
Apesar da dor imensa pelo corpo e a confusão mental, vieram à mente as imagens borradas da noite de porre na boate com as amigas e da aproximação de um homem sedutor que, depois de uma abordagem confiante e rápida, colocou nela uma pulseira, dizendo "você será a número 4", com um sorriso malicioso e impressionante.
Voltando a si, ela percebeu que o sangue se estendia pela região das costelas e ventre, onde os cortes indicavam órgãos evicerados.
Horririzada, passou a lutar em vão para alcançar o telefone...