O VILAREJO 🏠

Aquilo que não está morto pode jazer eternamente e com eras estranhas, até a morte pode morrer - H.P. Lovecraft

Em um pequeno vilarejo distante

Sob os vapores fúnebres da podridão,

O conto macabro e tão horripilante

É a narrativa de toda minha perdição!

Certa vez visitei certo colono,

Que residia bem ao longo do rio e além,

Época fria, próximo de outono.

O velho descendia da linhagem de Salem

Quase ninguém saia dos seus lares,

Mesmo durante o dia, esse tempo inteiro,

Algo maligno havia nesses lugares

A espreita de mim! O professor forasteiro

Uma noite, nas trevas, avistei o vulto,

Negro estava imerso na profunda escuridão

Segui-o e vi a capela, havia um culto

Aquele fato chamaria essa curiosa atenção!

No altar havia uma belíssima louçã

Cânticos estranhos eram então entoados,

Notei estarem adorando ao tal Satã

E meus sentidos ficaram assim enojados

Ao centro estava a mulher exaltada,

Em decúbito parecia estar pronta a parir

Do ventre saiu a criança deformada

Mas o medo ainda estaria assim porvir

No rosto do bebê recém nascido

Não esperais que eu são, enfim decifres

Fora de mim estive bem aturdido

Ao ver em sua cabeça aqueles chifres!

Então tive a inevitável certeza,

Que esse pesadelo tiraria toda minha paz

Nunca esperei ser real a surpresa

Aquele rebento seria o filho de Satanás!

rodrigokurita
Enviado por rodrigokurita em 14/06/2022
Código do texto: T7537610
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