O VILAREJO 🏠
Aquilo que não está morto pode jazer eternamente e com eras estranhas, até a morte pode morrer - H.P. Lovecraft
Em um pequeno vilarejo distante
Sob os vapores fúnebres da podridão,
O conto macabro e tão horripilante
É a narrativa de toda minha perdição!
Certa vez visitei certo colono,
Que residia bem ao longo do rio e além,
Época fria, próximo de outono.
O velho descendia da linhagem de Salem
Quase ninguém saia dos seus lares,
Mesmo durante o dia, esse tempo inteiro,
Algo maligno havia nesses lugares
A espreita de mim! O professor forasteiro
Uma noite, nas trevas, avistei o vulto,
Negro estava imerso na profunda escuridão
Segui-o e vi a capela, havia um culto
Aquele fato chamaria essa curiosa atenção!
No altar havia uma belíssima louçã
Cânticos estranhos eram então entoados,
Notei estarem adorando ao tal Satã
E meus sentidos ficaram assim enojados
Ao centro estava a mulher exaltada,
Em decúbito parecia estar pronta a parir
Do ventre saiu a criança deformada
Mas o medo ainda estaria assim porvir
No rosto do bebê recém nascido
Não esperais que eu são, enfim decifres
Fora de mim estive bem aturdido
Ao ver em sua cabeça aqueles chifres!
Então tive a inevitável certeza,
Que esse pesadelo tiraria toda minha paz
Nunca esperei ser real a surpresa
Aquele rebento seria o filho de Satanás!