A vila solitária cap 5
Na noite fria e chuvosa o pistoleiro estava sozinho sem se incomodar com a porta aberta por onde entrava um vento gelado. O vinho que encontrara enquanto vasculhava o porão deixara-o tonto e descuidado, sem se importar com a possibilidade de os lobos voltarem. E pra falar a verdade ele até queria que isso acontecesse. E junto a porta, ainda no lugar onde o lobo a deixará ainda estava a sua bolsa de dinheiro.
Jonas não conseguiu dormir durante toda aquela noite e quando o dia finalmente raiou, sombrio, chuvoso e triste, ele sabia que só havia uma coisa a fazer. Lançando um último olhar às pessoas mortas na igreja, ele juntou suas coisas, pegou suas armas e aproximou-se da porta da igreja, abaixando-se para pegar o dinheiro.
Cuidadosamente, ele pisou fora do templo sendo recebido pela chuva gelada. Olhando em volta, ele sertificou-se de que não havia perigo e só então desceu os degraus até o terreno enlameado.
Ciente de que muitos olhos o observavam ocultos pelas sombras ele avançou a passos largos até a entrada da cidade e sem olhar pra trás afastou-se daquele lugar rezando para encontrar abrigo antes do fim do dia.
A pressa em sair daquela cidadezinha amaldiçoada era tanta, que ele nem prestou atenção quando as coisas deslisaram de cima da última casa da rua e embrenharan-se no bosque.
Continua