O VAMPIRO 🧛

Defronte a cútis pálida e fria

Que sequer a noite enfim descansa,

Da morte, tua fronte pendia,

No olhar mortal que assim se lança!

Ergue-te do túmulo aberto,

Com a sede imortal por esse sangue,

Do inferno então desperto

No terror que a minha face langue!

E estas presas revoltas em brancura,

Junto aos caninos salientes,

Regressara da morte pela sepultura

Vindo possuir os inocentes!

Era essa a visão de todo pânico noturno,

Que me banhava no despertar,

O silêncio mortal com o horror soturno,

Quando vinha então em sugar

Mas este fedor tão sepulcral,

Vem bem distante sempre perseguindo

O morcego a criatura imortal

Quando ao meu leito estou dormindo!

O desespero me amortalha,

E congela-me da espinha ao neurônio,

Em horror a alma se entalha

Ao fitar nesta noite – esse demônio!

Adeus! Vou ter aos pés a cruz,

No débil ar que quase sequer respiro,

Lento apaga-se o feixe de luz

Ao meu lado! Na cabeceira o vampiro

(...)

rodrigokurita
Enviado por rodrigokurita em 25/05/2022
Código do texto: T7523756
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