O VAMPIRO 🧛
Defronte a cútis pálida e fria
Que sequer a noite enfim descansa,
Da morte, tua fronte pendia,
No olhar mortal que assim se lança!
Ergue-te do túmulo aberto,
Com a sede imortal por esse sangue,
Do inferno então desperto
No terror que a minha face langue!
E estas presas revoltas em brancura,
Junto aos caninos salientes,
Regressara da morte pela sepultura
Vindo possuir os inocentes!
Era essa a visão de todo pânico noturno,
Que me banhava no despertar,
O silêncio mortal com o horror soturno,
Quando vinha então em sugar
Mas este fedor tão sepulcral,
Vem bem distante sempre perseguindo
O morcego a criatura imortal
Quando ao meu leito estou dormindo!
O desespero me amortalha,
E congela-me da espinha ao neurônio,
Em horror a alma se entalha
Ao fitar nesta noite – esse demônio!
Adeus! Vou ter aos pés a cruz,
No débil ar que quase sequer respiro,
Lento apaga-se o feixe de luz
Ao meu lado! Na cabeceira o vampiro
(...)