A NOITE DOS MORTOS VIVOS 🧟
[Quando não tiver mais espaço no inferno, os mortos andarão pela Terra]
Erguem-se das covas estranhas
Esses que um dia foram conhecidos,
Corpos podres sem as entranhas
Eram cadáveres de antigos falecidos
Com violência abriam as suas campas
Movidos pela força sobrenatural
Rompendo dos caixões estas tampas,
No demoníaco grunhido animal
Tinham no olhar um brilho diferente
E na inconsciência uma fome animalesca
O semblante no horror bem demente
Uma visão apocalíptica da vida grotesca!
Mortos que caminham dentre ruelas,
Devorando qualquer tipo de tecido celular
Espreitando as vítimas pelas janelas
Com a necessidade única de nos devorar!
Da existência humana só as aparências
Restam para aqueles que já são amaldiçoados
Reféns do laço da morte e das demências
Pelos demônios essas trupes serão enviados!
Atravessam cidades e procriam o horror
Devorando tuas vísceras, órgãos e corações
Na pele descarnada todo maldito terror
As bestas desprovidas de humanas emoções
Agora eu aguardo meu maldito destino
Sentado na poltrona com a farda,
Mesmo sendo homem sou um menino
Munido da minha nova espingarda
Barulhos de batidas na porta da frente
Esses mortos estão preparados para invadir
À janela vejo a todos assim de repente
Não haverá forma nenhuma de poder fugir
Derrubaram a porta e em montantes,
Invadiram essa sala que eu mesmo construí
Disparo algumas rajadas tão cortantes
Parado a frente observa-me mais um zumbi
Dou um tiro certeiro próximo do maxilar,
Caio no chão com muitos sobre mim
Sinto os dentes começando a me mastigar
O antebraço, meu joelho e meu rim...