CADEIRA MACABRA

O leiloeiro de relíquias apresentava o objeto histórico, aguardando a maior oferta:

— Vendido para o cliente de número 47 por 200 mil Euros, a cadeira Dior de mogno do imperador Napoleão Bonaparte.

Satisfeito por ter adquirido a cadeira nobre, Eward tomou um táxi para voltar para sua vila, pois era dia de folga do seu motorista. Ao chegar no portão da vila imponente, pagou a corrida e desceu. O taxista perguntou para ele:

— Seu amigo não vai descer também ?

— Eu estou sózinho, não há ninguém comigo. O banco traseiro estava vazio.

Sem comentar nada, o taxista se afastou rápidamente da rua.

No dia seguinte o transporte fez a entrega da cadeira estilo gótico. A poltrona cerimonial fora feita especialmente para a sala do trono do Palais de Tuileries, encomendada por Carlos Luis Napoleão Bonaparte. Era talhada em madeira de lei mogno preta em vintage, estofado de veludo chantilly, possuia encostos cravejados e com pináculos, de suporte a figura de dois leões de asas dourados, na forma capucino, um coberto em forma de céu. Descansava nos braços de recosto uma manta vistosa tecida com pelos de gato preto selvagem.

Eward sentou-se na lendária sinistra cadeira imperial, ignorando as histórias assombrosas a respeito, que ela traz infortúnio, desgraças e morte. Dizem que Napoleão Bonaparte amaldiçoou a cadeira macabra, quem se atrever a sentar-se nela é perseguido por fenômenos sobrenaturais e espíritos malignos.

Os próximos acontecimentos iriam provar a Eward que a cadeira maldita não era apenas superstição. . .

* segue no cap.2

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NACHTIGALL
Enviado por NACHTIGALL em 15/05/2022
Reeditado em 16/05/2022
Código do texto: T7516797
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