ILHA DE MARKOV: A CHEGADA

O mundo nunca foi o mesmo depois da Terceira Grande Guerra, vários sítios espalhados ao longo do Globo foram profundamente afetados por uma radiação nuclear a níveis preocupantes. A tragédia foi imensa, muitas vidas se perderam, muitas cidades deixaram de existir, contudo a sociedade conseguiu se reconstruir, é um mundo diferente, mas ainda é um lugar onde existe esperança.

As nações, após os eventos catastróficos da Terceira Guerra, concordaram que não iriam desenvolver exércitos numerosos e entregaram as atividades militares para consórcios privados que respondiam a um conselho de segurança, mas com autonomia total das missões. Dentre esses consórcios privados, estava a Falcon Military, possuidores de equipamentos dos mais tecnológicos, atuava em diferentes campos, tanto militares quanto de contenção radioativa.

As unidades de contenção radioativa eram compostas por pequenos esquadrões, compostos por agentes, militares e cientistas, que viajavam com frequência para locais longínquos onde os níveis de radiação de tempos em tempos sofriam com uma elevação inesperada, e assim esses esquadrões deviam investigar a área e identificar quais as razões poderiam desencadear essa elevação dos índices radioativos. As causas poderiam ser as mais diversas, desde fatores ambientais até mesmo operações clandestinas de terroristas que tentavam, de alguma maneira, recriar as bombas nucleares que outrora dizimaram boa parte da população mundial.

Um dos esquadrões mais famosos dentro da Falcon Military era o Squad X-43, de atuação híbrida através de um QG aquático de dentro de um submarino, viajando pelos mares em busca de ilhas com altos níveis radioativos, cujo mesmo era composto por seis membros, sendo esses, o Comandante Hazier, responsável por toda a gestão da operação, os cientistas Henricson Elloi, um físico nuclear, Marina Hens, uma engenheira química, Talulah Yenifer que assumia o posto de “Centro de Comando”, ou seja, ela mantinha contato direto com os dois agentes de campo enquanto eles estavam em ação, comandando drones e satélites para facilitar as missões dos mesmos. E os dois agentes de campo, sendo esses o Sargento Cooper, experiente soldado que há anos atuava como agente de campo da Falcon e o Cabo Coulson, esse com menos experiência, mas muito vigor físico, apesar de ter uma idade mais “avançada”, foi se dedicar a carreira militar após os 30 anos.

Enquanto estavam estacionados em um porto da Falcon nas proximidades dos Emirados Árabes, eles receberam um chamado da empresa para irem até uma ilha no Mar Negro, chamada Markov, onde os índices de radioatividade sempre foram elevados, devido ao fato de ter sido o palco de uma das maiores explosões nucleares durante a Terceira Guerra, conquanto, nas semanas anteriores ao chamado recebido pelo Squad 43-X, esses índices aumentaram de forma alarmante.

Após dois dias de navegação, o Comande Hazier orientou a sua equipe para que o submarino ficasse estacionado a pelo menos 5 km da costa da Ilha, sendo essa uma distância de segurança caso alguma explosão acontecesse. Com o submarino atracado, os agentes seriam levados até a superfície e seguiriam o restante do trajeto em um barco motorizado. Procedimento padrão utilizado pela equipe. Junto dos dois agentes, um drone foi enviado para fazer o reconhecimento da Ilha e passar para eles o mapeamento completo de áreas que deveriam investigar.

Durante a estadia deles na Ilha, Talulah manteria contato por tempo integral, tanto com os agentes em campo, quanto com os cientistas que assistiam a operação fazendo observações relevantes. De dentro da central de comando, Talulah tinha acesso a alguns computadores onde monitorava todos os dados que eram recebidos.

Testando canal de comunicação de campo. Sgt. Cooper consegue me ouvir? Perguntou Talulah.

Positivo centro de comando. Respondeu o Sargento que pilotava o barco.

Cb. Coulson me ouvir?

Positivo centro de comando. Respondeu o segundo agente.

Após o teste com os agentes em campo, ela se direcionou ao canal interno do submarino para averiguar a comunicação.

Dr. Elloi consegue me ouvir?

Perfeitamente, centro de comando.

Dra. Hens também está me ouvindo?

Positivo Talulah.

Certo, isso é bom. Comandante Hazier está conectado conosco?

Escutando e monitorando tudo centro de comando.

Ótimo. É isso meus caros amigos, vamos para mais uma missão e a comunicação está funcionando perfeitamente. Estarei em contato direto com os agentes, qualquer anormalidade que perceberem daqui de dentro do nosso QG é só enviarem um alerta que reativo o canal de comunicação interno.

Os membros do Squad X-43 assentiram a fala de Talulah e prontamente ela se reconectou com os agentes em campo.

Senhores, a comunicação está funcionando perfeitamente. Agora vamos para algumas averiguações padrão. Primeiro, me os seus trajes estão conectados com o nosso servidor?

Os agentes em campo, deviam usar trajes de proteção contra radioatividade. Eram roupas pesadas e com capacetes com máscara de filtro de oxigênio. Esses trajes eram conectados com o Servidor da Falcon Military e estavam repletos de nanosensores que captavam dados relevantes acerca do ambiente, tal como os agentes também possuiam alguns nanochips instalados em sua epiderme e na coluna, para monitorar dados em tempo real de suas condições físicas e também emitir comandos instantâneos de acordo com o que estavam pensando. Era a mais avançada tecnologia da época empregada naquelas roupas.

Meu traje está funcionando perfeitamente, até o momento nenhuma alteração, só que o sinal que estamos recebendo aparentemente está um pouco abaixo do ideal. Disse o Sargento - Centro de Comando, consegue verificar se tem algum satélite que possamos redirecionar para nossa localização e melhorar o envio de sinais?

De fato Sgt., o sinal está fraco, verificando agora as nossas disponibilização de satélites na região. Cb. Coulson, também preciso saber a situação do seu traje.

Está tudo de acordo com o que o Sgt. passou, nenhuma alteração só a conexão com servidor está abaixo do ideal. Talvez se adentrarmos em locais mais longínquos da ilha com essa conexão é possível que possamos perder nossa comunicação.

Tudo bem, já estou analisando a disponibilização de Satélites. Estou conectada com vocês, qualquer coisa é só me chamarem que responderei prontamente. Estarei ativando o drone de reconhecimento, coloquem-no em uma posição favorável para vôo e aguardem o seu retorno quando chegarem à costa para iniciar a missão.

Positivo. Respondeu os dois agentes.

O Cabo prontamente pegou o Drone que estava no barco e o colocou na ponta frontal do barco. Poucos segundos depois algumas luzes na superfície do veículo se ascenderam, posteriormente suas hélices começaram a girar e ele levantou vôo.

O Sargento ao ver o Drone sobrevoar até a ilha chamou a atenção do Cabo e apontou o pulso para ele, onde se encontrava um pequeno monitor que demonstrava o nível de radiação.

Esses níveis realmente estão bem acima do aceitável. Observou Sgt. Cooper.

Está estranho, tem algo de errado com esse lugar. Indagou o Cb. Coulson.

Tenho que concordar, essa ilha está inabitada há muito tempo, esses níveis subindo dessa forma, tem algo errado. Concordou o Sargento.

Dentro do Submarino…

Talulah no centro de comando acompanhava o vôo do Drone sobre a Ilha de Markov enquanto buscava alguns satélites que pudessem ser utilizados para melhorar o sinal na região. Ela encontrou três satélites da Falcon próximos, não ajudaria tanto quanto ela precisava, seria necessário guiá-los até uma localização melhor, mas para mover satélites de posição somente os Comandantes poderiam fazê-lo, assim ela ativou o canal de comunicação interno e chamou por Hazier.

Comandante, está na linha?

Positivo, centro de comando.

O Senhor certamente deve ter notado que nossa conexão está abaixo do ideal, se seguirmos nesse nível, nossa comunicação com os agentes poderá ser comprometida.

Sim, eu ouvi vocês conversando. Encontrou algum satélite próximo?

Sim senhor, no entanto preciso movê-los para mais próximo de nós, ativá-los na posição em que estão, pouco vai nos ajudar. Disse Talulah.

Entendido centro de comando. Irei entrar em contato com a central da Falcon e solicitar o controle dos Satélites para trazê-los para cá. Poderia me informar quais são os satélites?

Um momento. Talulah através de seu computador começou a averiguar quais eram os nomes do satélites - Satélite Falcon 232, Falcon 471 e Falcon 578. Qualquer um desses já nos atende.

Positivo. Assim que tiver a confirmação lhe aviso.

Positivo senhor. Respondeu Talulah encerrando a comunicação e voltou as suas atenções para o Drone sobrevoando a ilha.

Tudo parecia correr bem, a Ilha não era tão grande, em poucos minutos o drone teria vasculhado toda a área. No entanto, quanto mais ao centro da região ele chegava, mais fraco o sinal se tornava. O drone da Falcon funcionava de forma autônoma desde que estivesse conectado à internet, caso o sinal ficasse muito fraco, ele só poderia ser guiado manualmente de forma remota e com alcance limitado.

Talulah observava atentamente o funcionamento do Drone, quando percebeu que a conexão com o veículo estava prestes a ser rompida, ela buscou o capacete remoto, acessório que era utilizado para controlar o drone a distância, mas percebeu que o seu estava danificado.

Que merda. Bravejou.

Ela ativou o canal de comunicação interno novamente e dessa vez se direcionou aos cientistas.

Dr. Elloi ou Dra. Hens, algum de vocês na escuta?

Estou ouvindo, centro de comando. Respondeu Elloi.

O nosso drone de reconhecimento está sofrendo com sinal fraco, tentei acessá-lo para guiar o seu curso manualmente, mas meu capacete está danificado. O que vocês tem aí no laboratório está disponível para uso?

Positivo, está carregado e pronto para ser operado.

Algum de vocês dois conseguiria assumir o comando do Drone? Eu iria até aí buscar, mas a conexão está muito ruim, pode não dar tempo e se perdermos o Drone, tentar recuperá-lo depois pode atrasar muito a missão.

Eu acesso aqui sem problemas. Um instante. Respondeu o Físico.

Tudo bem, no aguardo.

Elloi pegou o capacete e o colocou sobre a cabeça. Assim como os agentes de campo tanto ele, quanto os demais no submarino, possuíam nanochips instalados no corpo para realizar comandos instantâneos, dispensando o uso de controles para manuseio de acessórios.

Assim que assumiu o controle do Drone ele avisou a Marina Hens, a doutora com quem dividia a sala laboratorial dentro do submarino.

Avise ao Centro de Comando que já estou com o controle remoto do Drone e vou terminar o mapeamento.

Tudo bem. Respondeu a Doutora. - Talulah está na escuta?

Sim Doutora, deu tudo certo?

Positivo, o Dr. Elloi irá terminar o mapeamento remoto.

Perfeito, vou avisar aos agentes em campo que o mapeamento deve demorar mais alguns minutos devido ao mapeamento manual. Respondeu Talulah encerrando a comunicação.

Na ilha…

Após alguns minutos de navegação, os agentes de campo atracaram a embarcação na praia e empurraram o barco para cima da areia. Assim que terminaram pegaram as suas respectivas bolsas a colocaram sob as costas e empunharam uma metralhadora que carregavam consigo.

Temos que encontrar um lugar para armamos a barraca de proteção. Orientou o Sargento.

A barraca de proteção era uma barraca comum, mas com revestimento que impedia a passagem de radiação para a sua parte interna. Era um dos materiais essenciais que os agentes levavam quando estavam fora do submarino.

Só aguardar o retorno do Drone. Acredito que em algum ponto próximo do barco não teremos problemas, a maré parece não ser muito alta durante a noite. Observou o Cabo.

A ilha apesar de ser cercada pelo mar, não parecia viver sob dias ensolarados. O céu estava nublado e o clima com temperaturas baixas, era o início do inverno no Leste Europeu. A mata adentro era densa e possuía um aspecto sombrio, a exploração decerto seria um tanto quanto complicada.

Agentes na escuta? Chamou Talulah pelo comunicador.

Positivo. Respondeu o Sargento.

Tivemos um problema de conexão com o Drone, nesse momento o Dr. Elloi está realizando o mapeamento manualmente e isso pode demorar alguns minutos a mais.

Tudo bem, alguma novidade quanto aos satélites? Vamos conseguir melhorar nossa conexão? Indagou Cooper.

Sim, encontramos alguns satélites próximos, no entanto vamos precisar movê-los para ainda mais perto e como você bem sabe, isso demora mais do que gostaríamos.

O sargento e o cabo ao escutaram as falas de Talulah demonstraram certo descontentamento, pois mover satélites de posição era algo muito burocrático dentro da empresa e costumava atrasar a missão em um ou dois dias.

O Comandante já está em contato com a central da Falcon? Indagou o Sargento.

Está e em breve receberemos noticias.

Positivo. Estaremos em posição no aguardo do retorno do Drone para iniciarmos a exploração. Sem os satélites tentaremos trabalhar em um alcance reduzido, pelos níveis de radiação que estamos presenciando aqui, acredito que toda a ilha esteja comprometida, então seja o que for que estiver acontecendo aqui, vamos descobrir.

Os níveis de fato estão muito preocupantes. Observou Talulah - Quando recebemos o chamado, não estavam acusando índices tão elevados.

Provavelmente deve estar tendo algum vazamento, alguma ogiva da época da guerra que não tenha sido ativada. Disse o cabo.

O estranho aqui não é nem a radiação elevada e sim que toda a flora da ilha parece ter se recuperado. Disse o Sargento - Acho que em todos esses anos de trabalho eu nunca vi um lugar tão inteiro assim.

Bem observado o Sargento. A guerra acabou há pouco mais de vinte anos, mas parece que aqui já se passou meio século. Tem algo de estranho. Eu vou estudar um pouco para saber o que de fato aconteceu com a ilha durante a guerra. Respondeu Talulah.

Centro de Comando, outra coisa, eu gostaria de já iniciar alguns movimentos reduzidos, apenas para ver como está a estrutura de dentro da mata. Isso seria possível? Ficaremos dentro do alcance do sinal e assim que o Drone retornasse, eu e o cabo retornaríamos para esta posição.

Talulah permaneceu em silêncio por alguns minutos.

Você sabe que isso é totalmente não recomendado, certo?

Eu entendo, centro de comando, mas essa ilha realmente está me intrigando e sei que tem muito território para explorar. Dependendo de quanto tempo o mapeamento demorar já vai ser a noite e a exploração se torna quase impossível com o céu escuro. Retrucou o Sargento.

Está bem, mas se atentem a ficar dentro do alcance do sinal. Nossa comunicação não pode ser comprometida. Entendido?

Positivo.

Tudo bem, vou encerrar a comunicação e deixem os televisores ligados, quero acompanhar essa exploração em tempo real.

Positivo, centro de comando, iniciaremos os movimentos no aguardo de contato.

Assim que Talulah encerrou a comunicação, o Sargento e o Cabo começaram a se organizar para realizarem a exploração da ilha.

Coulson, é o seguinte. Nós não podemos nos distanciar aqui, sem mapeamento e com conexão limitada, temos de ter muito cuidado. Eu vou ir na frente e quero apenas fazer uma exploração rápida, então vamos deixar nossas mochilas no barco, não vamos carregar peso. Ordenou o Sargento.

Entendido Sargento.

Lá dentro da mata, vamos nos separar, mas sem assumir distâncias muito longas, entendido?

Positivo. Respondeu o Cabo.

Ótimo, então vamos, quero muito ver o que está acontecendo aqui. Encerrou o Sargento.

Os dois agentes de campos retornaram ao barco e guardaram suas respectivas mochilas. Conferiram o estado de suas metralhadoras e quando identificaram que tudo estava em perfeitas condições, começaram o exercício de exploração.

O Sargento assumiu a posição frontal enquanto que o cabo cuidava da retaguarda. Eles marcharam lentamente com as metralhadoras empunhadas e posição de ataque. Adentraram a passos lentos à mata a poucos metros de distância da praia. O clima que estava com temperaturas baixas, se tornou ainda mais frio dentro do ambiente fechado. Com o céu nublado, a iluminação entre as árvores quase não penetrava. Estava bem mais escuro do que os agentes esperavam.

Atentos, os dois observavam cada detalhe daquele ambiente. As árvores aparentavam estar em perfeito estado, os índices de radiação também aumentavam quanto mais adentro eles se direcionaram. Havia algo errado.

Após alguns metros de caminhada, o sinal não parecia ter sofrido nenhuma alteração, parecia ser seguro explorar um pouco mais para dentro do lugar. Em busca de ampliar os resultados daquela busca inicial, o Sargento fez um sinal com a mão, indicando para o cabo que eles deviam se separar, e logo depois fez outro sinal indicando para ele ficar atento à qualidade do sinal. O Cabo assentiu positivamente com a cabeça e cada um seguiu para uma direção oposta.

A ilha aparentava estar inabitada, o que era natural devido ao índice radioativo elevado. Não havia qualquer sinal de presença nem de humanos, nem de qualquer criatura viva, apenas mato e árvores enormes, amontoadas umas às outras. Com frequência o Sargento tentava alguma comunicação com o Cabo para averiguar se ambos ainda estavam conectados e tudo parecia correr bem. Contudo, na direção oposta, Coulson parecia ter encontrado algo em meio às árvores, sua visão estava comprometida e ele decidiu se aproximar para confirmar se não estava “vendo coisas”. Contudo, à medida que se aprofundava na Floresta, ele começou a escutar o monitor no pulso de seu traje apitar, avisando-o que estava quase sem conexão.

Eu estou muito perto. Pensou ele enquanto desativava a notificação - Vai ser rápido, quase não vão perceber que me desconectei. Disse a si mesmo decidindo seguir em frente.

Manteve o seu curso, e à medida que se aproximava de seu ponto de interesse, percebeu que seu monitor já estava demonstrando algumas falhas visuais. Claramente estava ficando sem conexão, mas seguia determinado. Decidiu por ignorar seu monitor e acelerar seu passo, era algo arriscado, mas estava muito perto do local e poderia não encontrar de novo, caso tivesse que retornar ao litoral. Foi em frente.

Empurrou galhos, contornou árvores, até chegar em uma área circular sem a presença de árvores, apenas pequenas moitas espalhadas no solo. E dentro dessa área circular ele avistou um caixote de madeira.

Isso é estranho. Não devia ter nada aqui. Pensou o Cabo, enquanto se aproximava do tal caixote.

Do outro lado o Sargento em mais uma chamada de rotina, tentou se comunicar com o Cabo, mas para sua desagradável surpresa não obteve resposta. Preocupado, tentou se comunicar mais uma vez e novamente sem resposta. Chamou pelo centro de comando que prontamente respondeu:

Sargento? Em que posso ajudá-lo?

Centro de Comando, consegue rastrear o Cabo Coulson?

Ué, não está conseguindo falar com ele?

Não, aparentemente minha conexão com ele foi rompida. Consegue contatá-lo?

É…. Talulah suspirou enquanto dava a resposta.

O que aconteceu?

Aparentemente o Cabo está offline. Última conexão dele foi a cinco minutos.

Sargento sentiu um frio na barriga, por um segundo sentiu uma preocupação exacerbada.

Sabe me dizer a localização em que ele se desconectou?

Sem o mapeamento, nós não conseguimos identificar com exatidão.

Merda.

Sargento, você tem que encontrá-lo, agora. Eu lhe avisei que era arriscado realizar a exploração sem o mapeamento.

Positivo, centro de comando, iniciando a busca imediatamente. Estarei dentro do sinal de alcance, caso ele se reconecte, me avise.

Entendido. Se encontrá-lo me avise também.

Positivo.

O Sargento prontamente, retornou pela direção em que estava caminhando em busca de seu parceiro.

Do outro lado da mata, o Cabo se aproximou do Caixote e um detalhe despertou sua preocupação. Havia um cheiro terrível vindo da direção do excipiente, certamente havia algo ali dentro. Deu passos calmos, tentando não se desesperar, quando se aproximou do ponto de interesse, tentou abri-lo sem muito esforço, mas percebeu que precisaria se esforçar. Pendurou sua metralhadora no ombro e com os dois braços forçou a tampa do caixote para cima, quando conseguiu abri-lo sentiu o seu estômago embrulhar instantâneamente e com os olhos estarrecidos deu dois passos para trás.

Ele estava visivelmente impactado com o que acabara de ver. Imóvel e olhando atentamente para o conteúdo do caixote. Vários corpos humanos estavam empilhados dentro do excipiente, muitos corpos em fase decomposição e outros já esqueléticos, mas não eram quaisquer corpos:

Meu Deus, são bebês. Disse ele ainda incrédulo.

E antes que pudesse retornar à sua atenção normal, ele se assustou quando uma mão tocou o seu ombro, puxando abruptamente para trás. Em um reflexo de defesa, ele empunhou a metralhadora que estava pendurada em seu ombro com uma das mãos, assustado tentou ver de onde veio o puxão, mas ao identificar quem era, relaxou o seu estado de alerta.

No que você estava pensando?! Era o Sargento quem havia o encontrado. E bravejando com estresse visível em seu tom de voz.

Sem dizer nenhuma palavra, Coulson apenas olhou para o lado enquanto esticava a mão apontando para o Caixote. O Sargento ao ver o que o parceiro havia encontrado, levou uma de suas mãos até a cabeça e questionou, quase que sussurrando:

Que porra é essa?

Pois é, respondeu o Cabo - Que porra é essa?

Continua….

DARKSIDER
Enviado por DARKSIDER em 18/04/2022
Código do texto: T7497606
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