Princípios

Arístocles chegava em casa, naquele lugar onde um teto oferece noção equivocada de conforto e certeza irregular de segurança, quando deu com um dos, pois qual é relevante como sua presença na esteira sem manutenção da vida, dedos num dos paralelepípedos que tentavam fugir da amarga sentença de eivar toda esperança em sua derradeira tarefa de ser só uma mistura de cimento e desespero inorgânico. Como, forçoso, passa a ser quem o contrário crê de si mesmo.

Uma dor lancinante fez Arístocles vomitar calões em harmonia escatológica contra o que quer que esperasse desviar das palavras a dar corpo e alma à raiva.

Sentou no cordão, segurou o dedo em riste, magoado pela lesão, e premiu os lábios junto com as pestanas. Dor tamanha o fazia permitir escorrer em vultosa precipitação de lágrimas e súplicas.

Ao ser interpelado, estava a narrar em sua inflacionada imaginação ofendida pelo sofrer, um séquito de kakistocratas do lucubrado universo de um acaso que nada considerava dedos. Dos pés, pois os das mãos evitavam sevícias por sua natureza nobre.

- O quê pretende, aparição subreptícia? Perguntou o sofredor.

- Alcançar-te um pouco de alívio, infeliz.

- Não lo permito! Impugnar-te-ei a tentativa, sequer!

- Então, me tens por que régua?

- A, claro está, dos que vislumbram ofender as oportunidades que só a dor enseja?

- E, permite que eu venha a sabe-las?

- Aí está! Peguei-lo em contradição! Pois, soubesse, não iniciaria esta entrevista! Falsário! Vá-te daqui!

Arístocles foi. A boca escancarada entregava um esgar de valores ingorados. Enterraram o sujeito numa vala rasa, comum ao ordinário cenário onde se publica toda história, mas não se lê nenhuma