O MANÌACO DA LANTERNA 🔦
Eu cometia inúmero delitos,
Isso seria tudo aquilo que me resta
Segui os meus próprios ritos
Apavorei a cidade de Alta Floresta
Apelidaram-me como o Peninha,
Andarilho que caminha sem uma direção
Evite caminhar de noite sozinha,
Pois eu te observo dentro desta escuridão
Nunca tive meu cão de guarda
E mantenho uma arma escondido na perna
Uma velha e antiga espingarda
Na mão direita levo essa pequena lanterna
Observo seus olhares assustados
Com espreita estou de campana no matagal
Estas vítimas de olhos marejados
Encontrar-me na madrugada sempre é fatal
Nove pessoas se ainda posso me lembrar
Foram todas vítimas, nem contei,
Todas mulheres, sequer puderam escapar
Perante estas coisas que enfim sei
Sempre pus o dedo no gatilho,
Acredito que elas foram também violadas
Por este inofensivo andarilho,
Mortas, espancadas e muitas estupradas!
Em custódia cumprirei minha prisão
Depois retorno aso braços desta sociedade
Alguns meses depois outro caixão
Será um novo recomeço da criminalidade!