O MASSACRE DA PENITENCIÀRIA DO CARANDIRU 🚔
O agora é presente, o futuro depois,
Assim deram início a fúnebre operação
Outubro do ano de noventa e dois
O lugar: Essa antiga Casa de Detenção
Não haveria para muitos – o amanhã,
Quando a revolta virou rebelião,
Sob o comando do coronel Ubiratan,
A polícia entraria num pavilhão
Controle com todo armamento militar
Se não se resolver a situação,
Que todos atirem, mas precisam matar,
Não haverá culpados na ação
Alguns relatos não pareciam sérios,
Mas vários corpos estavam amontoados
Faziam filas em todos os necrotérios
Haviam alguns nos corredores espalhados
O cheiro de sangue era nauseabundo
A ordem foi acatada com vigor
Matar a corja de pária deste mundo,
E mostre ao país o belo horror
Deste extermínio em altíssima escala,
Cada defunto esteve exposto nu
Sepultados sem lápide na mesma vala
Do caso Massacre do Carandiru