O MANÍACO DO TRIANON – SP 🚇
Deite-se querido nesta humilde cama,
Fique à vontade, por favor,
Mesmo sendo um garoto de programa
Dar-te-ei carinho e amor!
Das narrativas não sou esse Agamenon,
Mesmo nestes dias tristes quando tanto chove
Apelidaram-me de maníaco do Trianon
E meus crimes terminaram em oitenta e nove
Matar é como você tomar picolé
Quando você termina sempre quer mais,
Como o apóstata que vive sem fé
Assassinar era algo que me trazia a paz
Sempre esperei paciente a minha vez,
Quando o programa estava bem combinado
As vítimas no estado de embriaguez
Mortas por terem em mim apenas confiado
Não houveram torturas nem sofrimentos
Somente um desfecho alegórico na melancolia,
Elas eram mortas nestes estrangulamentos
Em um hospital eu faleci de broncopneumonia.