A CHACINA DA CANDELÁRIA ⛪
Ninguém se lembra, quem sabe talvez
Da ação doentia e sectária
Era em julho do ano de noventa e três
A chacina da candelária!
Dois atiradores desceram dos carros,
Disparando contra inúmeros adolescentes,
De balaclavas fumavam seus cigarros
E esvaziaram das pistolas todos os pentes
A testemunha citou os militares,
Culpados por aquela diabólica execução
Eram fortes indícios exemplares
Que fossem policiais de algum batalhão
Pensou-se que a delonga levaria anos
Para elucidar tal crime violento,
Recaíra sobre o grupo de milicianos,
A prática deste macabro intento
Vítimas pobres e de cútis escura,
Tiveram os corpos crivados por balas,
Sequer teriam honras na sepultura
Foram enterradas paupérrimas valas!
Diziam ser motivo certa vingança,
Mas não ousaria dar meu veredito final
Apontar uma arma para a criança,
É a prática desumana da limpeza social