ALAN E EDU - CAPÍTULO 8

Como já sabemos, a atmosfera é setentista, a vida nacional é pacata para os ricos, e agitada para os pobres. As manchetes sempre trazem crimes, e volúpias nos arredores da Ditadura que está na mesa da população brasileira.

 

Casos como o da "Fera da Penha", ocorrido em 1960, já vinham embalando à sociedade desigual, era uma dessas notícias/fato que abalou o Rio de Janeiro, e o Brasil. Talvez, até o mundo, apesar de naquela época, a transposição de barreiras internacionais estar um pouco aquém do que o que hoje a globalização superfaturada expõe em questão de alguns cliques. O caso envolvia a morte de uma criança, O caso Ana Lídia Braga, abalou Brasília, em 1973, levando uma menina de 07 anos a ser estuprada e morta. Aliás, foi na década de 1970, que houve uma disseminação incrível do tráfico de drogas, extermínios, assaltos e toda sorte de violência...coincidência? ou um subproduto da nova política de desigualdade social chamada de golpe militar? que desumanizou o Brasil...

 

Emílio Garrastazu Médici, estava usando o cetro e a coroa, e dizem que naquele ano, em que noventa milhões de alienados, eram incitados a saudar à seleção, Edu, um rapazola de 13 anos, viu seu irmão entrar em casa trazendo um jornal nas mãozinhas molhadas pelas lágrimas. Ele gritava "Mãe, mãe," aquele homem que te beijou e queria te matar, está morto na foto: olha só!

 

Edu saltou na frente da progenitora e arrancou o documento das mãos do pequeno e comovido menino, jogou o jornal para cima, quase o rasgando. A senhora que estava descascando cebolas, e chorava por isso, acorreu até o episódio esbravejando com os dois meninos, ela viu quando Alan chutou a perna esquerda de Edu, e em seguida o rapazola deu um contragolpe na cabeça de Alan, que caiu sem sentidos...

 

 

Continua no capítulo 8

 

 

Valéria Guerra
Enviado por Valéria Guerra em 04/01/2022
Código do texto: T7421832
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