A Maldição do Relógio de Parede
O herdeiro do relógio de parede cravejado de diamantes e rubis, com ponteiros e pêndulo de ouro, não sabia que seria herdeiro de uma maldição, que abatera sobre a dinastia dos monarcas imberbes.
Seguindo a tradição, para administrar o patrimônio, que incluía castelos, latifúndios e serviçais, o futuro e único herdeiro do relógio teria de ser submetido ao Conselho de Lordes.
Fortuna e maldição couberam ao jovem Príncipe Gregório VI, que desde criança mostrara-se de uma ambição descomunal. E assim como os herdeiros que o antecederam, o jovem Príncipe viveria seus momentos de horror
Os primeiros anos foram esplêndidos. Passeios com princesas; noites regadas a vinhos e sexo; jantares e bailes em que Gregório VI era ladeado pelas mais belas mulheres ao som das melhores orquestras. Com direito a efebos e prazeres ilimitados; um séquito de gendarmes e assistentes, sempre prontos a satisfazer as exigências do herdeiro.
No terceiro ano de intensas atividades libidinosas, os primeiros tormentos começaram a invadir as noites do jovem herdeiro, que demonstrava fastio pela rotina de prazer. Preferia ir pra cama mais cedo, dispensando companhias. Ao soar as doze badaladas noturna, Gregório VI ouvia vozes, vindas do relógio...
Inacabado