DESVENDANDO A PRÓPRIA MORTE.
Um grito de pavor ecoou no apartamento 506. Candice sacudiu o corpo do marido. O investigador experiente, Forest, suava frio. O negro forte estava às portas da aposentadoria da polícia de Nova York. A esposa foi até a cozinha e voltou com um copo de água. As mãos tremendo seguravam o copo, enquanto os olhos procuravam algo no canto do quarto. Candice jamais tinha visto algo igual. O esposo era uma fortaleza e nunca tivera pesadelos ou coisa semelhante. -"Melhor tomar um banho!" Ele disse, pulando da cama. Candice preparou o café. O cheiro bom de ovos mexidos com bacon abriram o sorriso do policial. Um copo de suco de laranja e as notícias do jornal, anunciando mais um campeonato dos Warriors. Ele recebeu um cafuné. Os primeiros raios de sol. -"Teve um pesadelo, querido. Gritava que um homem o seguia nos esgotos." Forest sorriu enquanto passava creme de amendoim no pão. -"Nem me recordo, Candice. Hoje teremos a formatura dos cadetes e uma visita ao corpo de bombeiros. Ah, uma festividade no Empire States, onde o general Gordon vai tocar sax. Vai ser lindo." Candice tomou um gole de suco. Ela olhou firme para ele. -"Em tanto tempo de trabalho essa é a primeira vez que tem pesadelos, Forest Washington Junior." Ele se virou. Quando a esposa dizia seu nome inteiro era motivo de preocupação. -"Foi apenas um sonho, querida." O gato veio a cozinha e ele o pegou. -"Vou dar ração ao Garfield." Desconversou. Tempo depois, na delegacia, Forest olhava as fotos no quadro da parede. O guarda Stabile entrou e pegou um donuts sobre a mesa. -"Café forte é bom depois de um cigarro, caro Forest. Esse donuts de creme vai acabar te matando. Está gordo e velho pra polícia, aposentadoria e morte, esse é seu fim. Melhor não ficar olhando muito essas fotos da Virginie Gabbett, o caso foi arquivado faz treze anos. Vamos almoçar no Roses Bar. Eu pago dessa vez. Viu a vitória dos Warriors? O Curry matou a pau nos arremessos de longe." Forest deu um leve soco nas fotos de casos criminais na parede. -"O melhor da aposentadoria será nunca mais te ver entrando sem bater, não mais te ouvir e te ver roubando donuts. Vamos almoçar, fedelho!" Stabile mordeu o donuts e olhou para as fotos enquanto Forest vestia o casaco. -"Era bonitinha mas ordinária, como o tema de um filme de Nelson Pereira dos Santos. Era brasileiro, não?" Forest sorriu. Tempo depois. Ele enrolou a macarronada no garfo e apontou para o parceiro. Stabile mexia no celular. -"O juiz encerrou o caso Virginie, faz dez anos. Sem solução, ele disse a época. Há pontas no caso, brechas." Stabile chamou o garçom. -"Amigo, traga um suco de laranja. Não liga para o papo do meu amigo, ele conversa com gente morta." Stabile desligou o celular. -"Cara, acabou. Esquece aquela moça, vai ficar louco. Perdemos o caso, sem conclusão, acontece. O mundo está cheio de casos assim." Forest estava diferente. -"Sonhei com ela." O outro se escorou na mesa. -"Sonhou com a Virginie?! Eu sabia que isso ia acontecer, só fala dela. Continua entrevistando parentes e amigos da moça, que agora é só um esqueleto no Cemitério Green. Pare de fuçar, Forest." aconselhou Stabile. -"Tive um pesadelo, coisa forte. Nem disse tudo a Candice mas era real, era sonho mas vi a cena toda. Virginie saiu do Dakotas Bar, eram onze horas, depois de dispensar o namorado Julien." Stabile o interrompeu. -"Certo. Ela foi para a casa de Deivid McLaren, no Bronx. Deivid e Virginie namoravam escondidos. No tribunal, a madrasta dela disse que a vítima, a enteada, teria ido ao Dakotas pra terminar com Julien. Era uma vadia, Forest." O policial Stabile pediu outro suco. -"Os jornais publicaram tudo na época, tim tim por tim. O pai de Virginie era agressivo, batia na filha mas sequer tinha material dele na vítima. Henry estava em Acapulco nos dias do crime e por isso foi inocentado. Julien saiu do Dakotas e recebeu uma ligação da empresa, depois de se despedir de Virginie. Ele pegou a moto e foi trabalhar, batendo cartão na empresa no momento exato do estupro e morte violenta da moça." Forest concordou. -"Certo, Stabile. A defesa mostrou imagens do monitoramento da empresa de Julien. Além disso, sequer existia material genético dele nas unhas da moça. No meu sonho, Virginie dizia que seu assassino estava solto." Stabile sorriu. -"Ela disse! Puxa, está mesmo levando isso a sério, amigo. Ela veio do além túmulo e vai lhe entregar a solução do caso, assim!" Forest ficou sério. -"Existia um outro material genético nas unhas de Virginie, isso foi comprovado mas sequer descobriram o dono dele. As investigações pararam e nada foi direcionado nesse sentido. O assassino é o dono desse material das unhas mas ele evaporou." Stabile bateu nos ombros de Forest. -"Elementar, meu caro. Treze anos se passaram, todos os arquivos foram vistos, todos os presos investigados, os suspeitos foram dispensados, acabou o assunto. Fim, the end, Forest. Ei, que tal irmos a casa da Woopi Goldberg, talvez ela incorpore o espírito de Virginie, como em Ghost." Forest bronqueou. -" Aí entra a música, OH,MY LOVE, MY DARLING...pena que você não é lindo como o Patrick Schawze. " Stabile ria. -"Falo sério, Stabile. Não brinque com isso" De noite, o chá de hibisco e a massagem de Candice nos pés, depois do jantar, não impediram que Forest tivesse outro pesadelo. -"Forest. Os canais dos esgotos." Ele olhou para o quarto. Candice dormia tranquilamente. Ele viu seu corpo ao lado da esposa. Uma mão gelada pegou a sua. -"Virginie." A mulher sorriu quando ele pronunciou o nome dela. -"Stabile exagera. Não sou vadia, meu amigo. Tem se esforçado muito para me ajudar." Forest flutuava por cima do telhado de sua casa. O fantasma de Virginie o guiava. -"Fiquei com outros rapazes na boate, antes da chegada de Julien. Dois rapazes lindos me cortejaram, sequer os conhecia." Forest se interessou. -"Um nome, lembre-se, Virginie. Me diga um nome. O rosto da jovem ficou deformado pelas marcas das pedradas e golpes de faca. o sangue jorrando. As vestes de Virginie estavam sujas de esgoto, terra e sangue. Forest a sacudiu. -"Um nome, Virginie. Eu jamais perdi um caso e não vou perder esse." Forest viu uma caveira no canto de seu quarto. -"Não sei quem era aquele rapaz, Forest. Eu o arranhei nos braços e pescoço, lutei pela vida mas ele era muito forte." Forest acordou com dores nas costas. Candice o olhou, ressabiada. Não tocou no assunto que ele se mexera muito durante o sono. -"Café quente, por favor. Candice, temos que visitar o tio Ben." A esposa concordou, propondo a visita na semana seguinte. Forest pediu, tempo depois, a lista dos jovens que estavam no Dakotas na noite do crime de Virginie Gabbett. A policial Hernadez o fuzilou com o olhar. -" De novo cercando o caso Virginie, Forest. Isso vai lhe custar uma caixa de donuts." Forest a beijou no rosto. -"Merece duas caixas, querida." Ele voltou a mesa da policial, horas depois. Stabile entrou na delegacia. Ele trazia uma caixa de formulários ao delegado. -"Me mande as fotos do jogo de ontem, Hernandez." Stabile olhou para a tela do notebook da policial. -" Stephen Curry, de bandeja, vamos vencer de novo." O outro policial entrou na sala do delegado. Forest continuou. -" Essa listagem traz quarenta nomes de rapazes mas a casa estava lotada. Alguns nomes estavam riscados da lista, Hernandez. Estranho." A policial ergueu os ombros. -"Sei disso. A casa forneceu essa lista, no dia seguinte do crime. Quem a trouxe foram Bill e Gary, do FBI." Forest ligou para os investigadores. Bill e Gary confirmaram o que a policial dissera. No dia seguinte, Forest saiu sozinho de carro. Era sua folga e ele queria visitar um amigo. Peter era policial aposentado e estava numa cadeira de rodas devido a um tiro na perna. Peter era colega de viatura de Stabile e os dois chegaram primeiro ao local onde encontraram o cadáver de Virginie. Dois dias depois, Peter levou um tiro durante uma caçada a quatro criminosos, na zona portuária. Forest contou a Peter sobre suas suspeitas, omitindo seus pesadelos com Virginie. -"Alguém excluiu nomes da lista, Peter. A casa estava cheia naquela noite. Virginie foi cortejada por dois rapazes, antes de se encontrar com o namorado. O assassino era bombado, forte, pois a seguiu e a matou, com força brutal. Um deles a seguiu, provavelmente depois de levar um fora. Ele a queria." Peter pensou. -"Cara, nunca entendi de onde veio esse tiro que me atingiu na perna. Os caras estavam cercados e pedimos reforços mas isso não tem nada a ver com o caso. Concordo com Stabile pois a moça era mesmo vadia pois estava no início de uma gravidez, certamente nem era do namoradinho. Se era forte o assassino era devido a ginástica, musculação, essas coisas." Forest beijou a testa de Peter. -" Eu vou indo pois me deste uma informação preciosa. Obrigado pela cerveja." Depois da aposentadoria de Peter, Forest herdou o parceiro Stabile e o caso de Virginie. Ele percorreu as principais academias de ginástica da cidade mas sem resultados. -"Treze anos, muito tempo. Nem computador a gente tinha. Eram outros donos, investigador." De noite, de novo Forest teve outro pesadelo. Forest sabia que Virginie estava grávida, no tempo de seu assassinato. -"Era do Deivid. Ele queria ser pai e nem tive tempo de contar a novidade." Disse o fantasma de Virginie a Forest. O investigador a encarou. -"Candice está na casa de tio Ben. Relembre, Virginie. Posso gritar a vontade hoje pois a casa está vazia." Virginie o fitou. A tristeza em seu olhar. As imagens aparecendo ao investigador. Virginie se arrumou, depois de jantar com a família. Forest conhecia cada detalhe daquele crime, cada pessoa envolvida. A moça olhando o antigo namorado subindo na moto. Ela resolveu andar até em casa, apesar da hora avançada. "-Ei. Virginie." Ela olhou na direção do viaduto. Forest viu o rapaz se aproximando. O gel no cabelo, a jaqueta jeans. Ele jogou um cigarro no gramado. -"Venha, te levo pra casa." Virginie declinou do convite. Ele a segurou pelo braço. O rapaz a beijou. A moça correu para as galerias de esgoto da cidade. O rapaz a seguiu. -"Vai embora, cara. Não quero nada contigo. Falei isso na boate. Vou gritar." Forest gritava e se mexia na cama enquanto Virginie relembrava as cenas de suas últimas horas de vida. O assassino derrubou Virginie nas galerias. O mau cheiro. A escuridão. A moça apanhava enquanto era violada. Os golpes com pedras. O assassino com os braços e pescoço arranhados pela mulher. Nenhuma imagem do rosto do cruel assassino, apenas os movimentos dos braços fortes. Forest gritou. -"Volta. Virginie, volta!" O fantasma encolhido num canto do quarto. Forest despertou suado com dores no corpo todo. Caprichou no café forte e no banho gelado demorado. Ele pegou papel e caneta. Desenhou um W com uma cobra verde enrolada. -"Cara, eu já´vi esse desenho em algum lugar!" A policial Hernandez levou um susto ao ver a folha cair na sua mesa. -"O assassino fumava e tinha essa tatuagem no bíceps direito." Forest estava diferente. -"Sei. Ela te disse isso em sonho, depois de treze anos? O Stabile espalhou que está tendo pesadelos com a defunta e desenterrando o passado. As tatuagens são apagadas, cobertas, Forest." O investigador foi chamado a sala do delegado Jordan. -"Vou ter de antecipar sua aposentadoria, Forest Washington Junior. Dois dias de descanso. Dispensado." O investigador saiu a tempo de ver Stabile e Hernandez sorrindo. -"Descanse, amigo. Vai pescar com a Candice. Te emprestarei o barco, se quiser." Disse Stabile. Forest foi pra casa. Passou horas no computador, olhando a ficha de seus amigos de delegacia. -"Tenho o dobro da idade do Stabile e nunca tive suporte pra comprar um barquinho sequer." Forest viu que o amigo estava limpo, assim como os outros do departamento. Resolveu ir ao bar Dakotas. Estava vestido como civil e isso era vantajoso. O antigo dono o recebeu gentilmente. -"Aqui vinha muitos jovens. Academias, as mais visitadas eram a Hollidays e a London. Sei onde mora o Bill, dono da Hollidays. Cuidado, ele é louco de pedra." Forest dirigiu até a casa de Bill. Ele se apresentou ao homem sessentão com roupas de neon e cabelos azuis. Uma hora tomando cerveja e olhando pastas de fotos antigas. Forest percebeu que aquela academia era a vida de Bill. -"Tive de vender o espaço. Uma igreja funciona no lugar agora." Forest se despediu. -"Tenho muita coisa pra te mostrar, amigo. Ainda é cedo." Forest entrou no carro. -"Outra vez, Bill. Cara, adorei suas histórias." Bill deixou os braços caírem. -"Tenho umas caixas com fotos, agasalhos, embalagens de suplementos, aparelhos de ginástica e carteirinhas de alunos." Forest desligou e saiu do carro. -"Carteirinhas!? Quero ver agora." Eles entraram na casa. -"Minha esposa, que Deus a tenha, era muito caprichosa e fazia tudo, organizava por ano e ordem alfabética." Forest olhava as carteirinhas dos alunos da academia no ano da morte de Virginie. O cheiro de mofo era forte.
As carteirinhas amareladas pelo tempo. Fotos de antigos frequentadores das academias de Bill. Ele caiu sentado. -"Vou levar essa, Bill. Te devo uma caixa de geladas!" A noite. Forest devorou a pizza napolitana. Um filme na Netflix. as pipocas no sofá, onde dormiu. O fantasma de Virginie no canto da sala. A televisão desligou sozinha. -"Forest, meu amigo." Ele saiu de seu corpo e olhou a moça com vestes reluzentes. -"Sinto progressos, amigo." Forest tirou a carteirinha do bolso da camisa. -"Uma tatuagem se apaga mas nem todas as provas foram apagadas, minha cara. Um bom investigador jamais desiste." Ele mostrou a carteirinha para a moça. Virginie se aproximou. -"Esse rapaz, a tatuagem no seu bíceps. Veja!" Virginie olhou a foto da carteirinha e sumiu. Forest viu um buraco se abrir na sala. Seres de preto o puxavam pra baixo, num redemoinho ao vazio escuro. Forest começou a chorar e a rezar. Virginie reapareceu. -"Sim. Ele esteve na boate, ele me matou." Forest colocou a carteirinha no bolso. -"Te peguei, maldito!" Ele pegou o celular e ligou para o delegado. O barulho de motor de carro. Ele olhou para fora, abrindo a cortina. Era a esposa Candice, voltando de viagem. Um carro chegou, logo depois. Um homem saiu e alvejou Candice com tiros na cabeça. A porta do apartamento foi aberta ao mesmo tempo que Forest procurava sua arma. -"Vai morrer antes da aposentadoria, Forest." O investigador aterrorizado, frente ao assassino de Virginie. -"Cara, eu jamais imaginaria isso!" Os tiros. O investigador Forest foi morto pelo homem, sem tempo de reagir. -"Forest Washington Junior, dormiu na sala de novo! Pensei que seria recebida com flores e um belo café da manhã." O gato pulou sobre o homem sonolento e amarrotado entre as almofadas. -"Bom dia, querida. Eu senti sua falta! Vamos pescar." Ele abraçou e beijou a esposa. -"Vou pegar o barco do Stabile. O sol, o mar, o horizonte, as gaivotas! Vamos pescar." Stabile emprestou o barco e se admirou com a vitalidade e entusiamo de Forest. -"Nem limpei o barco pois o utilizei ontem mas é todo seu, Forest. O freezer entupido de vinho e geladas é meu presente ao casal. Divirtam-se." Forest e a esposa embarcaram no pequeno e luxuoso barco. -"O cara sequer tirou o lixo, imagina. Vou fazer comida congelada!" Disse a esposa de Forest, em alto mar. Forest recolheu o lixo do barco e o colocou na mala. -"O Stabile trouxe namoradas no barco, eu limpo tudo querida. Curta o momento" Forest e Candice voltaram a noite pra casa, De manhã, o investigador voltou a delegacia. O delegado devolveu seu distintivo e sua arma. Stabile chegou ao trabalho meia hora depois. -"Cara, muito obrigado. um passeio lindo, minha segunda lua de mel. Candice pediu para agradecer-lhe, mandou essa torta de palmito! Entregue ao anjo do Stabile, ela disse" Forest deu as chaves do barco ao companheiro de polícia. Ele o abraçou. Stabile se emocionou ao receber a torta. -" Amo torta de palmito, Forest. Obrigado." A policial Hernandez entrou e beijou Stabile. -"Vai dividir a torta, amor." Forest se impressionou ao saber do romance dos dois policiais. -"Depois te envio no grupo de WhatsApp as fotos do passeio. Cara, que céu lindo." Disse Forest, renovado e feliz. Hernandez saiu da sala do delegado , abraçou Stabile pelas costas e o algemou. -"Está preso pela morte de Virginie Gabbett, policial Stabile. Seu material genético, colhidos no barco por Forest, bate com o DNA nas unhas do cadáver da vítima, nos arquivos. Na época, cobriste sua tatuagem, com a inicial dos Warriors e a cobra, no braço. O tatuador Frank nos forneceu esse detalhe. Teve acesso a lista de frequentadores da boate e adulterou a lista, assim como adulterou as provas dos exames do tiro que aleijou o policial Peter. Tiro efetuado pelo seu amigo, no caso você, que teve a arma furtada misteriosamente no mesmo dia." Stabile sorriu. -"Isso sequer me incrimina, delegado. Eu sou inocente. Esse aí sonha com defuntos, está delirando." O delegado foi a sala de espera. Voltou com uma mulher de meia idade. -"Brithney, entre. Sua namorada há treze anos, Stabile. Ela se apresentou e depôs, se recorda dos arranhões nos seus braços e pescoço, naquela noite do crime. A casa caiu, Stabile. Levem-no." Os jornais estampavam a solução do antigo crime, no dia seguinte. Stabile, tempo depois, foi julgado e condenado. Forest e Hernandez foram ao cemitério Green, ao túmulo de Virginie. -"Nem sei se gostava de tulipas, Virginie. Descansa em paz agora!" Virginie os observava de longe. FIM