Nuvens de Corvos
Os corvos voavam como jamais havia voado antes, naquela manhã sombria. A tarde escurecia com eles voando sobre o céu. Era uma nuvem de corvos voando sobre a colheita. Sobre toda região. Eu não sei o que de fato havia acontecido para deixarem as avezes naquele estado.
Era muito assustado como se estivesse anunciando a chegada do fim. Tenebroso era aquele misterioso fenômeno. Eu só tinha 9 anos apenas naquela época. Lembro que estava sentado do lado de fora da casa, quando os pássaros tomaram todo céu em cima do milharal.
Entrei correndo para dentro de casa gritando por minha mãe. “Mamãe, mamãe!” Era assustador tudo aquilo. Na hora minha mãe gritou para entrar. Dentro de casa eu a abraçava. Assustado com tudo aquilo.
O barulho do bater das asas era assustador, sobrevoando por cima da casa. Eu e minha mãe fomos até a janela. E vemos a grande e assustadora nuvens de corvos. A tarde se tornava nublada e fria. De repetente, praticamente do nada, os pássaros começaram atacar, a casa. Achamos que eles conseguiriam entrarem dentro da casa. Então fechamos toda casa. E ficamos abrigados no quarto.
As aves não paravam, elas simplesmente não paravam. Voaram por toda tarde por cima da colheita e ao redor da casa. Era perturbador aquilo, e até hoje quando me lembro. Eu fiquei traumatizado, até hoje me sinto incomodado com certos tipos de aves. Principalmente aquelas que me lembra dos corvos. Malditos corvos!
Acho que os animais não tinham culpa. Alguma coisa deve ter acontecido para ter deixado as aves naquele estado. Até hoje é um mistério, e o fenômeno voltou a correr outras vezes, em outros lugares pelo mundo afora. Um mistério que predomina até hoje, sem nenhuma explicação plausível.
Houve relatos de luzes nos céus antes do fenômeno ocorrerem, mas nada foi comprovado. Então tudo ficou por isso mesmo. A tarde então se aproximava do fim, e o sol então começara a se pôr lentamente no horizonte. Enquanto as aves voavam sobre nós por todo o céu. Enquanto também atacava a casa. Chamei aquilo de: “A grande nuvem negra”
– Mamãe estou com medo! – foi o que disse para minha mãe naquele momento.
E ela olhara então para os meus olhos e me disse:
– Vai ficar tudo bem querido... Vai ficar tudo bem. Tudo isso vai passar.
Enquanto a noite se aproximava, os pássaros começavam a pousar sobre a casa. E em frente da casa. Era tudo muito sinistro. As aves estavam pousadas do lado de fora. Com a chegada da noite, os olhos dos corvos pareciam que haviam ganhado luz. Pequenos olhos luminosos. E antes da noite chegar, quem chegara era o meu pai.
Não sabíamos o que fazer, pôs os pássaros não saiam de lá. E a noite e a se passando, e eles continuavam lá. Plantados diante de toda a casa. A noite e a se passando, e com ela vinha-se a madrugada. E na metade da madrugada os pássaros voltaram atacar a casa. E nessa hora ficamos com muito medo e voltamos a nós proteger dentro do quarto.
– Papai, mamãe, eles estão atacando – gritei naquele momento de pânico.
– Venha vamos! – disse meu pai pra mim ao me carregar em seus braços.
Durante boa parte da madrugada os pássaros fizeram muito barulho sobrevoando e atacando a nossa casa. Era assustador e pendurou por toda madrugada. E durante a madrugada não aguentamos o peso do sono então dormimos. Ao acordamos pela manhã, parecia que nada havia acontecido. Ao não ser quando saímos para fora da casa. E vimo um mar de penas negras espalhadas por toda frente. Parece que cada uma das aves deixaram uma pena no lugar.
A sim foi a primeira vez que ocorreu o estranho e misterioso fenômeno. Que ficou conhecido como, Nuvem Negra. E que ocorreram em outros lugares rurais pelo mundo afora. E que ainda ocorre até hoje sem nenhuma explicação e resposta. Muitas coisas estranhas e sem explicação ocorre pelo mundo. E que ficamos para sempre resposta alguma. Meus pais já se foram, mas por muitos anos contaram a história. E eu e meus irmãos também. Na primeira vez, meus irmãos, Jesse e Tommy, estavam fora em um passeio escolar. Em cada 4 anos o fenômeno voltara a ocorrer. Até que já estávamos acostumados ou familiarizados com aquilo.