A rua da cidade era deserta… E à medida que avançava, eu pude ver – naqueles pequenos casebres – as luzes se apagando, cortinas se fechando, pessoas se escondendo.
Logo notei que não seria acolhido em lugar algum. Fazia frio. Eu sentia muita fome e a cidade era pequena… Logo enxergaria seus limites; onde provavelmente teria que simplesmente seguir. (…) Foi quando vi uma casa de madeira velha… cheia de janelas e coberta por grandes árvores que por pouco não obstruíam totalmente a visão do casarão. No portão de entrada: as seguintes palavras amistosas: “Seja bem-vindo. Entre se QUISER E vá se servindo.”. Quase feliz, entrei sem receio. (…) Atravessei um jardim repleto de plantas estranhas e árvores que pareciam ser de muitíssimos anos atrás… eram imponentes e pareciam estar vivas. Pareciam até…me olhar… enquanto me aproximava da recepção da casa, que estava com sua porta aberta. Bati palmas e gritei, ninguém apareceu. A casa era enorme; Talvez não pudesse ser ouvido, em caso dos moradores ficarem nas acomodações mais distantes, então não vi mal algum em entrar e procurar um anfitrião. Ouvi barulhos.
Passos, mas uma certa desordem. Passos lentos e fora de ritmo, e pareciam vir de muito longe. Senti uma mão gelada acariciar meu ombro e me virei de uma vez num susto terrível. Foi quando as vi pela primeira vez. Eram duas mulheres. Vestidas como camareiras. Pareciam ser mãe e filha, mas as duas eram muito idosas. A mais nova se encontrava atrás da outra e sorria com as mãos na boca como se fosse criança. Já a outra mais velha, sorria, me tocando de novo estranhamente, como se quisesse saber ser eu realmente era de verdade.
- “Precisa de abrigo?” - Perguntou com uma voz rouca e falhada.
- Sim! … Por favor! E sinto tanta fome… Meu Deus… muita sede também!
- “Por favor, nos acompanhe…” - Disse então a mais jovem e as duas saíram mancando em minha frente.
Eu as acompanhei meio atônito com toda aquela visão surreal.
O medo me abandonou e segui as duas senhoras por um corredor imenso e escuro, mal podíamos nos enxergar. Apenas seguia o barulho dos passos – descompassados – numa altura estrondosa devido ao silêncio da cidade misturado à força dos passos forçados nas madeiras do chão. Chegamos na sala de jantar… e TUDO ficou muito claro para mim. Eu estava numa cidade amaldiçoada, vivendo possivelmente as minhas últimas horas de vida…
A rua da cidade era deserta… E à medida que avançava, eu pude ver – naqueles pequenos casebres – as luzes se apagando, cortinas se fechando, pessoas se escondendo.
Logo notei que não seria acolhido em lugar algum. Fazia frio. Eu sentia muita fome e a cidade era pequena… Logo enxergaria seus limites; onde provavelmente teria que simplesmente seguir. (…) Foi quando vi uma casa de madeira velha… cheia de janelas e coberta por grandes árvores que por pouco não obstruíam totalmente a visão do casarão. No portão de entrada: as seguintes palavras amistosas: “Seja bem-vindo. Entre se QUISER E vá se servindo.”. Quase feliz, entrei sem receio. (…) Atravessei um jardim repleto de plantas estranhas e árvores que pareciam ser de muitíssimos anos atrás… eram imponentes e pareciam estar vivas. Pareciam até…me olhar… enquanto me aproximava da recepção da casa, que estava com sua porta aberta. Bati palmas e gritei, ninguém apareceu. A casa era enorme; Talvez não pudesse ser ouvido, em caso dos moradores ficarem nas acomodações mais distantes, então não vi mal algum em entrar e procurar um anfitrião. Ouvi barulhos.
Passos, mas uma certa desordem. Passos lentos e fora de ritmo, e pareciam vir de muito longe. Senti uma mão gelada acariciar meu ombro e me virei de uma vez num susto terrível. Foi quando as vi pela primeira vez. Eram duas mulheres. Vestidas como camareiras. Pareciam ser mãe e filha, mas as duas eram muito idosas. A mais nova se encontrava atrás da outra e sorria com as mãos na boca como se fosse criança. Já a outra mais velha, sorria, me tocando de novo estranhamente, como se quisesse saber ser eu realmente era de verdade.
- “Precisa de abrigo?” - Perguntou com uma voz rouca e falhada.
- Sim! … Por favor! E sinto tanta fome… Meu Deus… muita sede também!
- “Por favor, nos acompanhe…” - Disse então a mais jovem e as duas saíram mancando em minha frente.
Eu as acompanhei meio atônito com toda aquela visão surreal.
O medo me abandonou e segui as duas senhoras por um corredor imenso e escuro, mal podíamos nos enxergar. Apenas seguia o barulho dos passos – descompassados – numa altura estrondosa devido ao silêncio da cidade misturado à força dos passos forçados nas madeiras do chão. Chegamos na sala de jantar… e TUDO ficou muito claro para mim. Eu estava numa cidade amaldiçoada, vivendo possivelmente as minhas últimas horas de vida…