O TENEBROSO SEGREDO DA FAMÍLIA VON KASPER! CTLS XVI...
 
LONDRES - MEADOS DA ERA VITORIANA...
 
O cheiro de podridão ecoava as margens do rio Tâmisa onde ratazanas famintas e afoitas por mais um cadáver em decomposição que jazia no fundo do rio e que fazia a alegria das mesmas. Com uma a voracidade incomum, nossos pequenos amiguinhos faziam sua limpeza noturna nos fétidos esgotos londrinos. Uma chuva fina e gelada caía entrecortada com raios dispares e trovoes estrambólicos fazendo desta madrugada uma noite especial. Estávamos na Era Vitoriana e a morte dançava a musica dos bárbaros e a castidade rígida ecoava na hipocrisia dos salões que contrastavam com a imundície dos bordéis ingleses ondes prostitutas cheias de ópio dopavam seus clientes com sexo e sífilis num frenesi diabólico e encantador...
Bem perto dali, num velho teatro abandonado onde se encenavam peças Shakespereanas, e que agora servia de pequeno laboratório. Este estava  recheado de tubos de ensaios onde se viam diversos líquidos de várias cores. A fumaça fumegava de dentro de um caldeirão onde se viam pequenas raízes e alguns ossos humanos mergulhados dentro dele (talvez um crânio). Neste local haviam muitos objetos estranhos como uma horrenda estátua de um Leão verde ornada com 2  diamantes negros e tbm havia uma Tabuleta esmeralda com inscrições antigas de línguas mortas há séculos e o cheiro de enxofre empesteava o local. Na vasta biblioteca se viam diversos livros malditos que a inquisição regozijaria de prazer em queima-los. Podia-se encontrar diversos  livros de Cornélius Agrippa, Giordano Bruno, Papus, Paracelsus, Avicena entre muitos outros  livros de ocultismo.  Podia-se ver também um belo exemplar do livro negro de Cipriano e  alguns papiros da Bruxa Évora e as más línguas diziam que o Mago deste infecto local também possuía algumas páginas do Códex Gigas, "O Livro escrito pelo próprio Diabo", mas nada podia-se confirmar pois aquela família vivia em eterna reclusão social.
O caldeirão ainda fumegava enquanto o Mago Popullus Von Kasper remexia seus alfarrábios em busca da alquimia perfeita, ao fundo sua esposa Lucrétia Von Kasper vestida num longo vestido negro e que  parecia tocar órgão num tom fúnebre e bebericar algumas doses de sangue humano. Ao remexer seus velhos escritos, o Magista encontra o velho Manuscrito de Philipus Aécius o famigerado alquimista queimado pela Igreja no Século XV. Esse demônio foi o inventor da perfeita alquimia em transformar ossos humanos em ouro e o Bruxo Von Kasper estava trabalhando neste louco néctar dos diabos. Ao condensar mercúrio com potássio e depois coagular o sangue extraído da pineal de um recém-nascido e misturar tudo no profano caldeirão, nosso Mago consegue seu feito e pula de alegria em sua loucura mágica e seu testosterona e dopamina parecem  explodir em seu cérebro.
- Eureca! Eureca! Achei a formula que tanto procuravas.

A retirar um fêmur do caldeirão, eis que este sai totalmente dourado e Popullus mostra seu feito a Lucrétia que solta um ganido vampírico e as crianças parecem brincar com tais adereços profanos. Sim! O grande Mago Popullus Von Kasper estava preparado para seu mais mirabolante plano, ele iria criar a fusão entre a Alquimia e o Satanismo e evocar das profundezas um ser do infra Mundo para que este o desse o poder para trafegar nas dimensões imundas. Rapidamente ele abriu os papiros do grande Hermes Trimegistus e começou a alimentar uma raiz de mandrágora com seu suco diabólico e triturou e vaporizou o fêmur dourado adicionando-o dentro do vidro onde jazia a Mandrágora e eis que após colocar gotas de sangue humano naquela poção infernal, a raiz demoníaca começou a se transformar num Homúnculos e o Mago parecia estar  à beira do êxtase ao ver sua tenebrosa criação. Sim, meus amigos, ele tinha criado um homem minúsculo nos conceitos da Alquimia sombria e agora só faltava o Grande Finale...
Ele foi em sua biblioteca e abriu as Clavículas de Salomão e começou a  profanar cânticos mortos numa língua satânica Pré-Enoquiano, onde Salomão evocava um dos Generais das Hordas dos Infernos. Ele ordenou que sua bela esposa se despir-se e completamente nua e imersa em litros de sangue humano, Lucrétia começou seu ritual bruxesco e ao entoar cânticos profanos, tudo começou a tremer e um portal tridimensional se abriu e dali surgiu algo aterrador. Uma besta emergiu das poças coaguladas de sangue e suas feições eram híbridas e tudo agora gelava e fedia a enxofre  ao mesmo tempo e o Magista eufórico se aproximou do ente demoníaco e tento falar com ele:

- Oh! Criatura do Infra mundo. Quem és vós?
- Sou aquele que divaga nas Eras da morte! Sou aquele que tem o dom da escuridão...
- Como posso te chamar, ser profano?
- Tenho muitos nomes! Mas hoje venho como homem/mulher e por isso me chame de Macabro Caliban, aquele que rouba as almas do céu.
- Como posso agradecer tua vinda?
- Dá-me aquele Homúnculo! Minha fome é grande e em teu plano inferior necessito de alimentação.

Então o Mago oferece o pequeno ser dantes criado por ele  para este fim e o que se vê embrulharia qualquer mortal. Macabro Caliban com seus afiados dentes negros, devora o Homúnculo a dentadas que fazem espirrar o verde sangue da criatura que solta guizos de dor e este não satisfeito volta a pedir:

- Agora quero tua esposa para satisfazer minhas vontades carnais e eu exijo que tu assistas ao coito infernal.
- Sim mestre!

Então Lucrétia ainda nua fica de quatro e é currada pelo Macabro  Caliban com seu enorme pênis espinhoso que a faz chorar de dor e um sangue negro escorre por todo o Holocausto. Após espirrar um esperma vermelho, espesso e abundante dentro de Lucrétia, o demônio arranca a cabeça da mulher e a devora sob o olhar atônito do Mago que não esboça nenhuma reação.
- Essa é um mera paga! Sei que queres receber o dom dos navegantes do Infra mundo e isto exige sacrifícios insuportáveis para quaisquer mortal.
- Estou disposto a pagar o que quer que tu desejais amado mestre das hordas do inferno - disse Popullus com os olhos totalmente vermelhos e desvairados por sua ânsia pela magia perfeita.

- Então, vou lhe pedir um ultima coisa! Sacrifique teu filho Paracelsus em meu nome e eu te darei o que pedes...
- Sim mestre! Assim o farei!

Então o Mago chamou seu pequeno filho Paracelsus Von Kasper  de 7 anos e o deitou sob o Holocausto imundo de sangue, a criança parecia sorrir para seu pai e este com lágrimas nos olhos gritou aos 7 ventos do apocalipse:

- Maldito sejas tu besta dos inferno que me pedes tamanho sacrifício, mas em nome do amor que tenho pela Alquimia e pela busca da magia perfeita, eis que farei o que me pedes. - Ao terminar sua lamuria, Popullus encrava a adaga no peito da criança e esta solta um choro infantil e seu coração é arrancado, o menino ainda tem seus belos olhos azuis abertos enquanto Macabro Caliban apanha o corpo inerte do  menino e se incorpora nele  transmutando sua alma e tudo se transforma de repente num clarão vermelho-ocre.....

 
NAS DIMENSÕES INFERNAIS....

O Mago Popullus Von Kasper, agora parecia preso em raizes negras  numa espécie de calabouço infernal e ao seu lado Caliban veio lhe dar as boas vindas:
- Bem vindo ao Inferno grande Mago! Tu achastes que poderias divagar entre as dimensões infernais? Não foste dado a seres com tu estas ordens e eu como sou o pai da mentira, te manipulei para te destruir e agora tenho as almas de todos, com exceção de uma pequena menina.
- Não vais conseguir roubar minha filha demônio maldito!
- Não! Ela virá até mim cedo ou tarde, enquanto isso assista minha nova família...kkkkk kkkkk
Ao olhar para o lado, o Mago se desespera ao ver sua esposa e seu amado filho sentados ao lado de Caliban como se fossem joias raras e o grito de pavor toma conta de Popullus...

 
Enquanto isso....
 
Um pequena menininha de 11 anos se vê agora abandonada. Seu nome, Mortínia Von Kasper e ela sabe o que acontecera com sua família e ao deixar o velho teatro sombrio, seus belos olhos se tornam totalmente azuis como o dos anjos  e eis que uma nova fase estará prestes a acontecer, pois esta loucura ainda não acabou......





 
Eddy Vomit
Enviado por Eddy Vomit em 04/08/2021
Reeditado em 05/08/2021
Código do texto: T7313567
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