A ilha Sentinela
A ilha sentinela do norte fica no arquipélago de Andam e Nicobar ( Índia) e é banhada pelo oceano Indico, tem 59.67 kilómetros quadrados.
É habitada por uma tribo isolada de pelo menos 500 indivíduos. Sem contato exterior são considerados extremamente hostis, não deixam ninguém se aproximar da praia e atacam com lanças e flechas e muita violência.
No dia 18 de julho de 2018 o missionário John Allan Chau alugou um barco de pescadores que o deixaria na costa da ilha Sentinela do Norte, apesar dos conselhos dos próprios pescadores e da proibição das autoridades de qualquer aproximação da ilha, Chau acreditava que poderia ter chances de evangelizar a tribo.
No mesmo instante do desembarque John Allan Chau foi violentamente atacado e morto mesmo antes de conseguir qualquer tipo de comunicação com a tribo, foi enterrado na areia e seu corpo nunca foi recuperado...
O casal Greta e kristofer Jansson vivera boa parte da suas vidas em Estocolmo capital da Suecia, e após alguns anos de trabalho duro á frente dos negócios da empresa que tinham em comum decidiram que estava na hora de assumir seu espírito aventureiro e em alguns anos já tinham percorrido boa parte do mundo apenas com suas mochilas.
Apesar de todas as aventuras vividas até o momento Greta tinha um sonho um pouco perturbador e perigoso, e consistía em passar alguns dias na ilha Sentinela do Norte e serem os primeiros a manter contato com a tribo isolada que a habitaba.
Kristofer sabendo o que tinha acontecido dois anos antes com o missionário John Allan Chau era resiliente a ideia e tentava de todas as formas possíveis tira-la da cabeça de Greta, mais sabia que mais cedo ou mais tarde o dia de encarar essa loucura chegaria.
E chegou. Se prepararam por alguns messes traçando um plano que consistía em descer de paraquedas, pois acreditavam que assim teriam uma chance maior de conquistarem o respeito da tribo e isso faria com que os recebecem de forma mais amistosa e sem violência.
Transmitiram seus planos ao governo indiano e incrivelmente receberam uma permissão para descerem na ilha, não sem antes assinarem um termo de responsabilidade que isentava o governo caso acontecesse o pior.
Assim numa bela manhã ensolarada pularam de paraquedas descendo, não na praia mais numa clareira perto do centro da ilha.
O pajé da tribo junto com os outros viram aqueles dois seres brancos como a areia descendo do céu exatamente como a tradição oral lhes indicava geração após geração, perceberam que a sorte estava virando e depois de alguns anos de seca e coleitas mal sucedidas finalmente os deuses traziam sorte e fartura.
Greta e kristofer foram recebidos de uma forma que não esperavam, os nativos cantavam e se ajoelhavam , enseguida o pajé levou-os de forma amigável para dentro da aldeia onde o jefe os esperava.
O encontro com o jefe foi amigável e cheio de simbolismo, de alguma forma conseguiam se comunicar por gestos e inclusive aprendiam rapidamente algumas palavras.
O casal explicou-lhes que vieram passar alguns dias com eles e que desejavam aprender seus costumes e lendas, que havia um mundo diferente fora daquela ilha mais não estavam ali no intuito de modificar nada na vida deles nem prejudicar seu modo de vida.
Alguns dias se passaram e o casal Jansson sentia-se a vontade na tribo, o pajé explicara que haveria um grande ritual com a chegada do solstício de inverno que era o dia do ano onde a noite ficava mais longa e o dia mais curto pois a boa coleita da primavera seguinte dependia em parte de agradar os deuses e o ritual devia ser feito nesse dia.
Greta e Kristofer ficaram impressionados com os conhecimentos astronômicos daquela tribo tão isolada do mundo. O pajé sabia que aquele ritual era o único que poderia garantir uma boa coleita aquele ano, portanto deviam fazer tudo nos mínimos detalhes como a tradição oral mandava, aqueles eram os enviados dos deuses e também a salvação literal da tribo.
O dia do solstício chegara e os preparativos começaram cedo, até esse dia os Jansson não entendiam como essa tribo desconhecida poderia ter atacado e morto aquele missionário, afinal com eles tinham sido muito bons anfitriões, de qualquer forma nunca perguntaram sobre o porquê daquela violência pois isso poderia ser mal interpretado.
Já estava tudo pronto e assim que a noite caiu começaram os festejos com danças e rituais muito agitados, mais algo preocupava o casal, eles notaram uma espécie de poltrona com dois lugares perto da fogueira central, o pajé insistira que como eram convidados deviam vestir certo tipo de roupa feita especialmente para eles nessa ocasião.
Acharam estranho aquele tratamento diferente mais aceitaram, a roupa era mínima e mal tapava as partes íntimas ao ponto de Greta ficar constrangida, mais kristofer a convenceu e por respeito aos rituais acharam melhor continuar. O pajé pedira para eles sentarem naquelas poltronas rústicas, nessa altura perceberam que algo estranho acontecia.
O pajé junto com outros índios começaram a entrar numa espécie de trance, invocaban espíritos ancestrais e da natureza, os olhos deles brilhavam de uma forma assustadora e Greta percebeu que algo não estava bem. A seguir servirán uma especie de bebida com um sabor amargo e potente, relutaram em aceitar a princípio mais acabaram experimentando por educação e por estarem totalmente inceridos no ritual.
A escuridão avançou sobre os dois, o pajé e os outros integrantes do ritual sabiam que os deuses finalmente levariam prosperidade e fartura novamente, pois desde que aquele demônio aparecera á dois anos atrás na praia não tinham descanso nem tranquilidade.
Kristofer e Greta não sabiam dizer quanto tempo passou até acordarem, após ingerirem aquela bebida amarga tudo apagou rapidamente, mais agora o pavor tomará conta dos dois, já não estavam sentados mais sim amarrados em dois paus horizontais com cordas que prendiam as mãos e os pés e totalmente desnudos.
Por mais que gritavam e pediam ajuda não eram atendidos, Kristofer reparou que um dos índios retirava brasas de uma fogueira acesa muito perto deles e as colocava bem embaixo, enseguida a dor e o desespero de estarem sendo asados num calor de brasas lentamente e sem piedade tomou conta dos dois.
Após algum tempo de dor indescritível os dois sucumbiram, e em algumas horas o pajé despedaçou a carne oferecendo parte para os deuses e o que restou foi consumido com alegria, a carne dos enviados era suculenta e saborosa, o ritual fora bem aceito e o tempo de escasez e sofrimento em breve ficaria para trás.