UM VAMPIRO NO DIA INTERNACIONAL DO ROCK'N ROLL.
Jeffrey O'Connors jogou a guitarra Fender no sofá, assustando o gato Elvis. O cinzeiro cheio de bitucas de cigarro. A neve caindo lá fora. Chicago era um caos nos anos 2000. O telefone tocou. Jeffrey abaixou a música do AC/DC. -"Victor. Vá se ferrar, cara. Não quero papo contigo. A Gardênia acabou." Ele desligou na cara do empresário. Jeffrey procurou a lista telefônica. Precisava de um ótimo advogado. -"Preciso de um advogado e de mais uísque!" O pôster de Axel Rose na parede, lembrança de um show que a Gardênia abriu para a famosa banda Guns n'Roses, em Seattle. Tudo bem que o Axel estava meio gordo mas era o Axel, ainda era o Guns e abrir o show de um dinossauro do rock não é pra qualquer um. A apresentação rendeu o segundo e último disco da banda de Chicago. Travis, Carl e Lincoln formavam o restante da banda da qual Jeffrey era o guitarrista e vocalista. Travis era o baterista e cérebro, compositor de todas as músicas. Suas influências eram Creedence, Aerosmith e Whitesnake. Carl era o baixista e Lincoln o tecladista esforçado. Victor era o empresário. Ele viu os três amigos, na garagem do pai de Jeffrey, e vislumbrou o sucesso deles no rock. Para alegria dos ouvidos dos vizinhos, Victor arrumou uma sala acústica pra banda ensaiar. Jeffrey, Carl e Travis faziam parte da banda original, que se chamava The Boys of Chicago, usando as iniciais TBOC. O empresário Victor sugeriu um nome novo e um tecladista a banda. Após centenas de nomes, a mãe de Jeffrey entrou na sala com vasos de gardênias. Eles se olharam. -"Gardênia." Gritou Jeffrey, na época um garotão de sardas e apenas 17 anos de idade. -"Não sei. Está parecendo um cover do Chicago ou Bon Jovi. Tem hora que parece um som chiclete, algo meloso. Que tal distorcer a guitarra e colocar uma batida diferente, pesada?" Victor era experiente e sempre dava pitacos nas músicas da banda. Victor investiu dinheiro na banda e eles gravaram o primeiro disco. Contrato meio a meio entre a banda e o empresário. O primeiro show na periferia da cidade, numa exposição agropecuária. Ninguém notou que era playback. -"Vão tocar seis músicas apenas. O povo quer ver rodeio e não roqueiros." Disse o contratante ao empresário. -"Melhor que nada. Temos que começar de baixo. Vamos arrasar." Disse Jeffrey, com óculos escuros e botas altas. O primeiro disco vendeu míseras quinhentas cópias. Três anos se passaram. Com um estilo mais puxado ao heavy metal, o segundo disco vendeu bem. Victor conseguiu contatos importantes e espalhou cartazes da Gardênia pela região. A banda apareceu na tevê, num telejornal local. Victor insistiu e a banda começou a fazer shows gratuitos em asilos e escolas, o que deu visibilidade aos rapazes. A primeira turnê da Gardênia durou três semanas, tocando em oito cidades, a mais distante era Tucson. Victor alugou um ônibus velho, caindo aos pedaços, para as demais turnês. -"Se contentem com esse veículo. Vamos nos revezar no volante." Os rapazes estavam eufóricos. Jeffrey levou a namorada Elisa e Carl levou a namorada Cristine. Dias e dias na estrada, igual as turnês das grandes bandas americanas. -"Uau. Me sinto um dos Beatles ou um astro dos Rolling Stones." Vibrou Jeffrey. Na véspera de um show em Silverville, a maionese desandou. Jeffrey flagrou Carl e Lincoln se drogando no banheiro de um posto de gasolina. Ele fechou a porta e saiu. Jeffrey falou com Victor, que convocou uma reunião. -"Galera. A gente combinou que não teríamos drogas na turnê. Ainda não acabou nossa turnê." Disse o empresário, claramente alterado por álcool. -"Tudo bem. Não vai acontecer mais." Se desculpou Lincoln. -"Está estranho. A gente não vê o dinheiro dos shows." Carl externou sua decepção com o empresário. Victor partiu pra cima do músico. Jeffrey segurou os brigões. Elisa e Cristine entraram no ônibus, onde estava Travis. Carl socou Jeffrey. -"Você se acha o Fred Mercury, nos forçou a assinar o contrato. Olha lá, Jeff. O Travis já pegou as duas. Sua namorada não presta." Travis se levantou. -"É mentira, Jeff. Carl está louco." Jeffrey e Carl rolaram no chão, sem nenhum acertar um soco sequer no outro. Ainda assim, com o clima pesado e um silêncio total no ônibus, o show foi um sucesso. -"As garotas venderam todos os discos na platéia. Tocaram muito, rapazes." Ninguém ligou para o empresário. Jeffrey preferiu dirigir o ônibus. Victor e Elisa conversavam enquanto os outros dormiam. -"Estou fora da banda. Adeus." Foram as últimas palavras de Jeffrey aos amigos. Elisa quis seguir o vocalista mas ele a afastou. Três dias depois, ele viu, de longe, Travis e Elisa juntos. Victor pagou direitinho a cada integrante. Por contrato e por ser o único compositor das músicas, Travis ficaria com todos os direitos autorais das músicas da banda. Carl voltou a trabalhar numa rede de lanchonetes. Lincoln formou sua própria banda em Miami. Os músicos se pintavam como o Kiss e tinham um som parecido com a banda. Victor tentava reunir a banda Gardênia, sem sucesso. O empresário procurou Travis, já casado com Elisa. O músico, na pindura, vendeu todos os direitos autorais ao antigo empresário. -"Não valem nada. Não dão nem cem dólares mensais!" Quinze anos depois. Um marketeiro visitava o empresário que escutava o disco da Gardênia. -"É isso que eu procuro para o comercial das batatas Big Potetoes. Que som maneiro." Victor deu o disco da Gardênia ao rapaz. O comercial bombou, viralizando nas redes. O mundo todo e grandes celebridades queriam saber quem tocava a música das batatas! Victor estava milionário. Muitos convites na caixa postal pra regravar as músicas da banda Gardênia. Desolado, Carl foi pra um hotel e passou a noite toda se drogando. A polícia o encontrou, morto por overdose. Carl deixou uma carta, na qual dizia que Victor o enganara. Jeffrey estava morando na Romênia, quando soube do enorme sucesso das suas músicas. Ele tocava sozinho no metrô. Gostava de tocar Deep Purple, Nirvana, The Police e Dire Straits no metrô. Os programas de tevê ligavam para ele, a fim de entrevistá-lo mas ele se negava. Ficou triste quando soube da morte de Carl. Lincoln e Travis ficaram famosos na internet, falando da antiga banda. Victor deturpava a história, contando mentiras e denegrindo a imagem dos músicos. -"Que sujeito filho da puta. Eles nos enganava." Jeffrey socou a tevê. Ele soube que Elisa estava separada de Travis. O casal tinha dois filhos. Irado, Travis invadiu a mansão de Victor. Os seguranças o viram escalar o muro e entrar na casa. Victor pediu para Travis sair. O músico sacou um revólver e atirou duas vezes, não atingindo seu alvo. Um dos seguranças o atingiu no ombro. Travis foi dominado e preso. Outras músicas da Gardênia alcançaram tremendo sucesso nas redes sociais. Victor ria a toa, cada vez mais rico. Invisível e irreconhecível na Romênia, Jeffrey assistia a tudo. Lincoln foi encontrado morto, com a esposa, dentro de seu carro na garagem. Intoxicação por gás, concluiu a polícia. Jeffrey e Travis, eram os únicos sobreviventes da banda Gardênia. -"Não foi acidente. Victor matou o Lincoln." Deduziu Jeffrey. O empresário estava em Dubai e tinha um álibi forte, além de dinheiro e ótimos advogados. -"Victor virá atrás de mim. Ele vai me encontrar." Pensou Jeffrey, agora não mais guitarrista e sim saxofonista. Um mês depois. Uma sexta feira. A noite caiu. Ele guardou o instrumento na caixa. -"Não posso enfrentar Victor... ele é poderoso demais. Melhor ficar por aqui, no anonimato." Pensou ele. O casaco e a barba longa eram seu visual, totalmente diferente daquele roqueiro americano. Uma mensagem da namorada sueca. -"Pizza? Estarei aí em breve, Nicole." Ele atravessou a praça. Um beco escuro. As vozes e risos. Um casal de namorados. Ele pensou em tirar o instrumento e tocar uma música ao casal mas de repente o rapaz ergueu a capa sobre os ombros e mordeu o pescoço da moça. Um grito abafado ecoou na noite gelada. Jeffrey se escondeu atrás de uma árvore. A moça ficou caída, sem forças. O rapaz desapareceu por encanto. Jeffrey viu um grande morcego dar um rasante sobre sua cabeça. Ele correu até a moça. As marcas no pescoço. Parecia morta. A pele pálida e o corpo gelado. Uma limusine se aproximava e Jeffrey correu do local. Uma semana depois. Jeffrey percebeu que alguém o seguia até o metrô. No dia seguinte, a mesma impressão. Nicole teve o celular roubado no museu. Era muita coincidência. Dois dias depois, nenhum sinal de Nicole. Jeffrey foi até a casa da namorada e a encontrou assustada. -"Um sujeito passou atirando. Era um carro preto." Jeffrey a abraçou e entendeu que estavam em perigo. -"Vá embora pra Estocolmo, até às coisas se acalmarem." Jeffrey a levou ao aeroporto. No dia seguinte, no metrô, ele correu até uma mulher. -"Moça! Moça! Eu a vi no parque, morta. Você estava com duas marcas no pescoço." A moça sorriu. -"Eu? Morta? Está louco, rapaz." Jeffrey insistiu. -"Aquele rapaz, sei lá. Aquele cara se transformou em morcego e voou. Eu vi. Foi real." A moça pegou no pescoço dele e o suspendeu no ar, como uma pena, sem esforço nenhum. Ele sentiu o ar faltar. Ela era muito forte. Jeffrey grudou no braço da moça. Pareciam músculos de aço, tão firmes. Ela o colocou no chão. -" Até que você não é de se jogar fora." Jeffrey tremia. -"Vejo ira nos seus olhos, americano. Muita irá misturada com medo. Conheço você do metrô." Jeffrey seguiu a mulher. -"O que você quer?" Jeffrey a encarou. -"Ser mordido pelo seu mestre. Ser um vampiro e ter poderes." A mulher deu uma gargalhada. -"Só ele pra decidir. Venha, americano." Eles entraram no metrô. -"Sou Natasha." Ela sorriu. Parecia curtir a música de Duran Duran no alto falante do vagão. Desceram quatro estações depois. Um casarão luxuoso. -"Não chame o mestre pelo nome de Vladimir, por favor. Diga mestre, apenas. Não toque em nada." Ela tocou o interfone. Dez minutos depois, o mordomo apareceu. Natasha e Jeffrey entraram. Vladimir desceu as escadarias. -"Natasha. Vi vocês pelas câmeras. Trouxe um amigo." O rapaz sorriu. -"Olá, mestre. Ele quer ser iniciado." Jeffrey estava tenso. Jeffrey contou sua história ao rapaz. -"Gosto de rock, especialmente de Ozzy, Metallica e Led Zeppelin. Acho U2 muito politizado, concorda?" Vladimir tocou a sineta. O mordomo veio da cozinha. -"Leon. Traga aquela guitarra que meu pai ganhou do rapaz do INXS, antes dele ficar famoso. Muitos vêm até aqui, procurando poderes, sabia?" O mordomo subiu as escadas e voltou com a guitarra. -"Toque, Jeffrey. Vamos ver." Jeffrey solou uma música de Pearl Jam. -"Há tempos não toco guitarra. Os dedos não são os mesmos." Vladimir fez um sinal a Natasha. Ela sorriu, maliciosa. A mulher avançou sobre o rapaz e o beijou. Em seguida, mordeu a jugular de Jeffrey. O rapaz ficou pálido e pôs a mão no pescoço. O sangue escorreu pelos dedos. O mordomo trouxe uma maca e cuidou de Jeffrey, desacordado. O rapaz despertou no terceiro dia apenas. Natasha o observava. -"Boa tarde, Jeff. Como está?" Ele se levantou num salto. -"Bem. Pareço mais forte e com 18 anos. Tenho frio." Natasha sorriu. Vladimir entrou. -"O nosso mais novo vampiro acordou. Leon vai cuidar de você." Vladimir deu a guitarra a ele. -"Vai. Arrasa." Jeffrey empunhou a guitarra. Leon ligou o instrumento na caixa de som. Jeffrey fechou os olhos. A sua mão parecia ser guiada por uma energia poderosa. As notas perfeitas e potentes. Jeffrey tocou por meia hora, perdendo a noção do tempo. Natasha o tocou no ombro e o rapaz parou. -"Isso é rock, bebê. Uau, fenomenal. Você tem que mostrar seu talento ao mundo, Jeff. Nem o Slash faria melhor." Aplaudiu Vladimir. -"Puxa. Cada vez que eu tocar será assim? Mágico?" Vladimir o abraçou. -"Certamente. Você é um upir, um vampiro agora. Um ser das trevas, forte e poderoso. Bem vindo a irmandade. Vamos comer, deve estar faminto." Jeffrey saiu da mansão. Ele ligou para Nicole a noite. A moça estava bem. Jeffrey disse a ela que estava indo para os Estados Unidos. -"Estranho. Ouço as vozes das pessoas que estão longe. Vejo tudo perfeitamente." Ele pulou no galho de uma árvore e rapidamente estava no alto dela. Um salto e estava no chão. Sem esforço, sem dores no joelho. O metrô. Ele tirou a guitarra da caixa. -"Isso é rock, bebê." As pessoas passando. As escadas rolantes lotadas. A caixa de som ligada. Os primeiros acordes de um sucesso de The Wall, da banda Pink Floyd, ecoaram pelo metrô. Um rapaz com a camiseta da banda quase teve um torcicolo ao se virar. Ele sacou o celular e começou a filmar. -"Cara. Arrepiei de ouvir isso." As imagens na rede social, em tempo real. Wind of Chance, de Scorpions, foi a próxima música executada perfeitamente por Jeffrey. O público fez uma roda em volta do músico. Jeffrey terminou com Cosa dela Vita, de Eros Ramazzotti. Um solo perfeito. Os aplausos e a caixa da guitarra cheia de dinheiro. Jeffrey agradeceu e guardou a guitarra. -"Uau. Abalei geral." Ele cruzou a praça. Sentiu a presença de alguém o seguindo. Mais a frente, dois homens mascarados e armados. Jeffrey estava encurralado. Os homens mais perto, atiraram. As balas resvalaram em Jeffrey. Ele avançou sobre os homens. A mão no pescoço de um deles, enforcando-o sem esforço. Um chute e o outro voou, parando num muro. O terceiro foi derrubado com um soco. Jeffrey era ágil e rápido nos golpes. Tudo terminado em segundos. Jeffrey fez suas malas, tomou um táxi e chegou ao aeroporto. -"Pra qualquer cidade dos Estados Unidos, quero ir pra casa." Disse ele a moça do aeroporto. O avião pousou em Nova York. Jeffrey estava de capa e óculos escuros. Os fones de ouvido. Um outro vôo até Chicago. Uma semana depois, a lua foi a única testemunha do vôo de um grande morcego e seu rasante no pátio da prisão federal. Ele entrou por entre as grades da cela 289. Travis dormia o sono dos justos. -"Olá, amigo." O preso levou um susto. -"Mas... Jeff? O que faz aqui?" A longa figura a frente dele. -"Travis, Travis. Victor moveu os pauzinhos pra deixar você apodrecer aqui." Jeffrey partiu pra cima do outro e o estrangulou. Ele enrolou a toalha no pescoço de Travis, simulando uma auto esganadura. Um dia depois, Jeffrey foi até a mansão de Victor. Dois dias vigiando a residência do antigo empresário da banda Gardênia. Pulando o muro alto com facilidade, Jeffrey matou dois seguranças com facilidade, usando as mãos. Um chute e a porta principal abriu. O alarme disparado. Dois seguranças armados. Os tiros contra o intruso. Victor viu a luta pela câmera. -"Quem é esse louco? Está se movendo rápido. Meu Deus." Ele pegou uma metralhadora e se trancou numa sala particular. Do celular, Victor ligou pra polícia. Jeffrey subiu as escadas. O escritório e o quarto de Victor. Uma porta de aço era a única coisa entre o vampiro e sua presa. Jeffrey não conseguiu abrir a porta de aço maciço. Ele olhou bem. Nenhuma fresta ou janela. Não tinha como entrar. Victor, aterrorizado, assistia o rapaz do lado de fora da sala. -"Sei que está aí, Victor. Eu voltarei e o mandarei pra seu lugar, o inferno." Escreveu Jeffrey no bilhete escrito com o sangue de um dos seguranças. O som de sirenes. Jeffrey saiu da mansão, tranquilamente. -"Ele terá que sair! Como disse o Renato Russo, do Legião Urbana, temos todo o tempo do mundo!" Victor reforçou a segurança com dez homens e quatro policiais a paisana. Uma semana se passou. Sexta-feira, meia noite. Victor saiu até a piscina, onde estavam seis mulheres nadando. A música alta. Uma festinha particular do empresário. Os seguranças em volta da casa, atentos a qualquer movimento. Victor com a garrafa de vinho na mão. -"Venham, garotas!" Duas moças o acompanharam. Risos e
euforia. A porta da cozinha da mansão aberta. Um morcego entrou com eles. A porta blindada aberta por segundos suficientes para o morcego entrar. Jeffrey se materializou. Victor levou um susto. Estava sem barba e sem os cabelos longos. -"Finalmente, Victor. Você tentou matar Nicole. Enganou a nós todos." Victor tirou uma arma , debaixo do travesseiro. As moças se encolheram num canto. Victor atirou seis vezes. Jeffrey sorriu, se manteve calmo. -"Jeff. Eu dividirei tudo com você. Está tudo num banco suíço." Jeffrey pegou Victor e o socou várias vezes. O vampiro se mostrou com garras e dentes pontiagudos. Jeffrey arrancou o coração de Victor. O órgão pulsando sobre a cama. As moças gritando. Ele agarrou o empresário por trás e quebrou o pescoço do oponente. -"Sinto, meninas. Sem testemunhas." Jeffrey avançou sobre elas e as matou com as mãos. A porta blindada entreaberta. O morcego saiu da mansão. Os seguranças estranharam a demora de três horas do empresário na sala blindada. Era tarde demais quando chegaram. Victor estava acabado. Um caso enigmático. Os peritos confusos. A polícia encerrou o caso. Jeffrey, como intérprete das músicas da Gardênia, ganhou o processo e se tornou dono dos direitos autorais das canções. Nicole se mudou pra Chicago, onde Jeffrey formou outra banda de rock, a Star Light. Nicole se transformou em vampira e toca contra baixo na banda de sucesso. O casal de vampiros roqueiros dava uma entrevista pra revista Rolling Stones, na cerimônia do Oscar, quando uma mulher se aproximou. -"Jeff. Sou eu, a Elisa." Ela tentou abraçar o astro do rock no tapete vermelho. -"Seguranças!" Os brutamontes tiraram a mulher do local. -"Jeffrey tirou a camiseta, exibindo os músculos definidos. A camiseta foi jogada ao público enlouquecido. -"Isso é rock, bebê!" Disse Jeffrey a Nicole. Durante a cerimônia, Jeffrey cantou Never Tears Us Apart, do INXS, pra delírio dos fãs. Elisa assistiu a performance, pelo telão do lado de fora do teatro. Era a música dela e de Jeffrey. -"Dois mundos separados e elos que nunca poderemos separar, Jeff." Disse Elisa a si mesma, enxugando as lágrimas. Horas depois, Elisa foi a pé pra casa. Um beco escuro. Alguém a puxou pra o escuro. -"Jeff? É você?" Dois olhos vermelhos brilharam, no fundo do beco. Jeffrey se mostrou. Ele estendeu os braços. Elisa correu e o abraçou. Eles se entregaram ao amor. Jeffrey não se conteve e cravou as mandíbulas pontiagudas no pescoço dela. -"Agora você é minha pra sempre." FIM