Filhos das trevas
A noite sombria a uma escuridão para lá de assustadora; não foi em vã. Os incrédulos apenas alegavam a incompetência da prefeitura pelos fatos. Naquela noite choveu de ligação no teleatendimento da prefeitura.
O caminhão destinado a socorrer à comunidade, justo naquela noite, duma sinistra maneira quebrou, onde nem mesmo os mecânicos de plantão conseguiram desvendar.
O pedido necessitou ser adiado, pois o carro quebrado era o necessário para o socorro da comunidade.
Os incrédulos davam com as línguas nos dentes, naquela noite os bandidos de plantão resolveram tirar a limpo as dívidas na quebrada. Cometeram chacina. Cancelaram nove cpfs.
Cinco dos corpos foram encontrados, outros, nem pistas deixaram.
Aos moradores da adjacências murmuravam; aquela noite nunca será a mesma. Será uma sexta-feira, vinte e nove de fevereiro inesquecível.
Os jornais on-line em menos de três horas, ainda de madrugada, noticiaram que as poucas horas vividas, foram na verdade uma verdadeira noite de terror.
Não houve uma testemunha que desse pista aos policias de plantão. Tanto que eles nem permaneceram ali. Alegaram ter outras ocorrências a fazer.
Por fonte de whatsapp, gangues e rivais se comunicaram através de xis noves: ninguém teve a culpa no cartório e muitos alegavam a mesma desculpa, só pode ser coisa do além.
Um famoso líder de uma seita satânica por ira ao assassinato do primogênito pragou a comunidade: todo o dia vinte e nove de fevereiro a favela pagaria e caro, o sangue do inocente filho do religioso.
Dos poucos que sobraram da noite da praga, em coral alegaram ser a praga do tal senhor.
A verdade é uma só, de trauma a comunidade ficou. E a noite de terror, a muitos espantou!