Coincidência aleatória
Havia, como sempre há de existir em nossos imperativos categóricos inclinados pelas necessidades, uma urgência por satisfazer o apetite, o furor, que grassava sua gargantinha de menina menininha. Era seu senhor, naquele momento. Nada mais existia de relevante, a não ser atender o alívio de um tecido seco pela falta de líquidos. E, poe-se a escrever seus passos, com perninhas angelicais, suponho, em direção de quem lhe pudesse socorrer.
Avistou uma casinha, logo depois de uma cerca bucólica, sozinha num espaço que se orgulhava mais bucólico ainda. Sem escrúpulos, pois em tão tenra idade estes nem mesmo sabem o que são, entrou no terreno e apertou os passinhos para a sóbria edificação. Lá, lá, haverá de encontrar o boticário para sua aflição.
Um rugido tonitruante, com os pleonasmos que rugidos tonitruantes tem o direito natural de aplicar, e abusar, alfinetou seus ouvidinhos. Um som metálico se rompendo, informando ondas sonoras de terror, deixando escapar o malsão hirsuto!
Parece que ela só é capaz de lembrar do que é possível esquecer.
Os doutos no assunto que, por serem, já entregam nada saber a respeito, nos garantem que a garotinha fala pra quem quer ouvir, mas não escuta nada, sua história ignorada nos detalhes, mas compreendida em cada instante, até o fim. Em uma bocarra plena de baba ensandecida e presas beligerantes.