SEDUÇÃO E TERROR NAS ÚLTIMAS HORAS DE VIDA DE SARAH ELLIOT.
A neve caia em Nova York. Duas semanas para o natal. Os Nuggetts, de Denver, anunciando a contratação do pivô reserva dos Knicks, Carl Preston. Era a notícia do dia, superando mais uma declaração polêmica de Trump na coletiva de imprensa. Sarah penteou os cabelos verdes com mechas azuladas. A mãe dela olhou para fora. -"Melhor não sair, Sarah. Fique em casa." A moça de dezoito janeiros tirou o chiclete da boca. As botas de cano alto. O casaco vermelho. Colocou um punhado de dólares na pochete. Ajeitou o decote. As correntes. Os brincos. A mino saia. O corpo tatuado. Os piercings no nariz e sobrancelhas. Um pacotinho de maconha no bolso da calça. -"O táxi chegou. Adeus." Ela bateu a porta, assustando o irmão de dois anos no berço. Gwen olhou para o prato da filha na mesa. Sara deixou a metade de uma panqueca de carne moída. Não comia salada de jeito nenhum. Tomara dois cálices de vinho. -"Essa menina não toma jeito." O táxi passou na casa de Helen Gutierrez, a melhor amiga de Sarah. -"O Steve nós espera na Draco." Sarah sorriu. Gostava de sair com Helen mas não curtia Steve. O primo de Helen era um pouco mais velho. Era esquisito e um pouco arrogante. A boate Draco era o point do momento da juventude novaiorquina. A música alta e as modernas instalações eram um chamariz para a diversão. Sarah olhou a fachada de neon. -"Uau. Isso é vida, bebê." Abraçou Helen. -"Vai gostar, Sarah. A Draco é top, maneira." Sarah e Helen viram Steve, na fila para comprar ingressos. Ele acenou. Sarah o beijou no rosto e deu um sorriso amarelo. -"Tá gatinha, Sarinha. Linda demais." Disse Steve, acendendo um cigarro sem tirar os olhos da moça. Helen o beliscou. -"Sarah não é para o seu bico, Steve. Você tem sete anos a mais. Não rola." Sarah sorriu. Steve a fuzilou com o olhar. -" Aí vem o John." Um rapaz moreno se aproximou. Trazia quatro cervejas. -"Esse é o John. Ele trampa na oficina do pai. É de Lansing, no Michigan." Sarah gostou do rapaz. Os olhares deles se cruzaram. Sarah mordeu os lábios. Não era mais boca virgem mas desejou muito aquele rapaz a sua frente. Helen puxou o moço. Sarah ficou decepcionada ao ver os dois de mãos dadas. -"Tira o olho, Sarah. John já é meu." Disse Helen, sorrindo. Steve ficou ao lado da moça. -"Isso. Eu cuido da Sarinha." Eles entraram na boate. Steven enlaçou a cintura de Sarah. Ela retirou a mão do rapaz. Helen e John for até o bar. Steve e Sarah chegaram a seguir. Os rapazes foram até a pista de dança. Steve e John se drogaram no banheiro masculino. Enquanto isso, Helen pedia um gim tônica. Sarah quis um martini. -"Relaxa. Steve não vai avançar o sinal." Sarah se esforçou para ouvir a voz da amiga, devido ao som alto. Elas se juntaram aos rapazes, na pista. Helen e John se tocavam sem parar. Alguns beijos rápidos. Sarah sem graça, assistindo a cena. Steve parecia alheio a tudo. Estava quieto. -"Vou pedir uma mesa no mezanino, lá é mais tranquilo." Disse ao ouvido de Sarah. A moça concordou com um gesto do polegar. Steve apontou o mezanino para Helen. Era difícil passar meio a tantos clientes da casa mas Steve chegou ao mezanino. Fez os pedidos ao garçom. Algumas cervejas, vodca, isotônico e muito gelo. Ele acendeu um cigarro. Olhava os amigos, do alto do mezanino. Helen se esfregando em John. Sarah dançando perto deles. Steve tirou um comprimido do bolso. Misturou isotônico com vodca num copo. Colocou dois comprimidos nos copos. -"É hoje, Steve." Sorriu malicioso. Os amigos vieram ao mezanino. -"Você é o cara. Já pediu tudo." John abraçou Steve. Helen tomou uma cerveja. Sarah quis isotônico. -"Fraco. Vou encarar a vodca." Os rapazes admirados. -"Isso é bom, Steve. Misturou vodca e isotônico?" Helen bebeu com prazer. Sarah quis experimentar. -"Tá forte. Estranho mas é bom." Helen e Sarah foram ao toalete. -"Tem um rapaz te olhando, Sarah. É lindo." Disse Helen. Sarah se virou. O rapaz se aproximou. -"Quer dançar?" Sarah consentiu. Helen ficou vendo o casal na pista de dança. O rapaz era um dançarino profissional. Sarah estava nas nuvens. O rapaz puxou Sarah e a beijou. John cutucou Steve. -"Olha a sua Sarinha, Steve. Foi fisgada." Steve, no alto do mezanino, estava furioso. Ele cerrou os dentes. -"Tudo bem. Ela não faz meu tipo, amigo. Helen a empurra para cima de mim. Mereço coisa melhor." Disse, sem desgrudar os olhos de Sarah. Os dois rapazes foram até a pista de dança. Helen puxou John para uma área mais escura e reservada. Sarah puxou seu par. Eles passaram entre os dançarinos na pista. Steve resolveu seguir o casal. Passaram pelos banheiros femininos. Steve não acreditava no que via. O casal entrou numa sala de materiais de limpeza. Steve colou o ouvido na porta. -"Sem camisinha não, Tom. Minha cabeça está rodando." Steve ficou possesso. Ele apagou as luzes e chutou a porta com violência. Tom desmaiou com a pancada da porta em sua cabeça. Steve acendeu o isqueiro. Notou que Sarah estava desmaiada no chão da saleta. Steve a possuiu. O rapaz despiu Tom, desmaiado, antes de retornar ao mezanino. Nenhum sinal de Helen e John. Steve fumava tranquilamente quando viu Helen e John se aproximando. -"Helen quer ir pois não está bem. Quase uma hora da manhã." Disse John. Steve olhou o celular. -" Verdade. Teremos que ir embora a pé, na caminhada." Helen não viu Sarah na pista. -" Vou procurar a Sarah." Disse a moça, preocupada. Um segurança da casa estava em frente a saleta dos produtos de limpeza. -"Você é amiga dessa moça. Ela parece bêbada, digo trêbada." Helen entrou e viu Sarah grogue, balbuciando palavras desconexas. Ela chamou Steve e John. -"Essa entortou mesmo o caneco." Disse Steve, gargalhando. Helen levou Sarah ao banheiro. A moça lavou o rosto e parecia melhor. Os quatro saíram da boate. -"Loucura, galera." Gritou Helen, beijando John. Steve amparava Sarah. As ruas desertas. Steve cantarolando. Helen mais alegre que o habitual. Steve puxou Helen e a beijou demoradamente. John caiu na calçada, bêbado. Ele tirou um estilete do bolso. -"Você vai morrer, Steve. Helen é minha." Sarah abraçou John. -"Guarda isso, John. Eles se merecem." John sorriu e beijou Sarah. Steve empurrou Helen para um terreno baldio. Um matagal. -"Vaca. Me prometeu que Sarah ia ser minha." Helen vomitava. Steve pegou um galho de árvore. Um golpe violento na cabeça da moça. Ele pisou no pescoço dela. Helen arregalou os olhos. Os braços estendidos até o último suspiro. Steve voltou para a rua. Não viu John e Sara. Steve correu de um lado a outro da rua. Um carro da polícia. Steve se escondeu no matagal. A rua deserta. Um beco. Gemidos. Sarah e John juntos. O casal nu. Tom sentiu o sangue escorrer de sua cabeça. -"Mas...o que?!" Outra pancada. John se virou e viu Steve com o galho na mão. John caiu. Sarah gritou, desesperada. Steve a dominou. Dois socos na moça. -"Poderia ter sido minha, Sarinha. Você é culpada disso." Steve a enforcou. Alguns cortes de estilete na moça e a polícia ligaria a autoria da morte dela a John. Assim fez Steve, retalhando Sarah. O rapaz voltou pela rua, na direção da boate. Dormiu na calçada até o raiar do dia. Steve foi acordado por um policial. Levado a delegacia, soube das mortes de Helen, Sarah e John. Ele chorou muito. -" Senti um golpe na cabeça, delegado. John me bateu e seguiu com as garotas para matá-las mais a frente. Maldito." Um assassinato triplo brutal e cruel. A mídia. Os jornais. Steve com o rosto transfigurado, sofrendo. Ele foi a delegacia muitas vezes. O caso encerrado. John era o assassino, divulgou o delegado a imprensa. -"Acorde, Tom. Preciso de você." Tom viu Sarah, ensanguentada. Helen e John estavam atrás dela. -"Sarah. Onde está você? O que houve?" A moça parecia levitar. -"Steve. Pegue Steve, Tom. Ele nos matou." Tom olhou para baixo. Viu o sei corpo na maca do hospital,ventre aparelhos. -"Volte, Tom. Ache o Steve." O rapaz abriu os olhos e viu uma enfermeira. Ela regulava a mangueira do soro. -"Bom dia, senhor Thomas. Esteve em coma por quatro dias. Vou chamar o doutor Paul." Um pouco depois, Tom soube que batera a cabeça violentamente, na boate. O segurança o encontrou desmaiado, numa sala, nos fundos da casa. Steve se mudou para Tijuana, no México. Meses depois, foi para o Brasil. Maranhão. Comprou uma pousada agradável perto dos lençóis maranhenses. Seis anos de vida boa, lucros e viagens. Adorava a gente brasileira, as comidas, as mulheres e o carnaval. Caipirinha, era a bebida preferida do gringo. Jurema, uma baiana de olhos verdes que ele conheceu numa festa. Steve estava apaixonado e falava até em se casar com ela. Um domingo. Um pôr do sol lindo. As araras nas palmeiras, fazendo barulho. Steve preparou uma caipirinha. O limão. Açúcar e gelo no copo. -" Um brinde aos lucros e ao Brasil." O celular. As mensagens de Jurema. Steve dispensou os seus quatro empregados. Um banho caprichado e Jurema chegaria dali a pouquinho. Ordinary World, de Duran Duran, tocando baixinho. A campainha. Steve calçou as sandálias de couro. -"Juju chegou mais cedo!" A porta. O sino dos ventos. Um homem de óculos escuros e camiseta florida. -"Boa noite. Eu querer um quarto." Steve o encarou. -"Eu...te conheço? É americano!" O brilho do revólver. Steve ficou sem reação. -"Você me bateu na boate e depois matou aqueles inocentes! Covarde." Steve balbuciando. -"Por Sarah. Helen e John. Eu os confiei." Tom descarregou o revólver em Steve. -"Morra, filho de uma égua. Que espelunca, vou procurar outra pousada." Disse Tom, entrando no jeep. A neve caindo em Nova York. Sarah despertou. Jogou o edredom para o lado. Lembrou da noite passada quando ligou para Helen. -"Não creio. Vamos para a Draco, aquela boate irada no Queens?" Ela estava ansiosa para visitar aquele lugar. -"Que sonho estranho. Sonhei que ia para a boate mas o primo da Helen nos matava, sei lá. Pesadelo louco pois estava nevando. Me lembro que nevava no sonho mas não tem neve ainda." Ela foi até a sala. A mãe e a irmã assistindo o noticiário. -"Bom dia, flor do dia. Seu jantar está no forno, dorminhoca." Disse a mãe, Gwen. -"Olha. O Preston saiu dos Knicks para os Nuggetts. Traidor." Gritou a irmã. A vinheta do plantão. A coletiva de Trump. Sarah parecia ter vivido aquela cena. -"Vou sair com a Helen, mãe." A matriarca olhou para a janela. -"Melhor não sair, Sarah. Está nevando." Sarah foi até o banheiro. Precisava de um banho. Tinha sido apresentada, um mês antes, a Steve. Parecia um cara legal. O rapaz a devorava com os olhos e Sarah confidenciou isso a Helen. -"Ele é mais velho que você. Steve é boa praça." Disse Helen, dando uma de cupido. Sarah saiu das reminiscências e se arrumou. O cabelo colorido. Os piercings. Toda uma produção. Ela ligou para o táxi. Uma passada na casa de Helen. Elas encontraram Steve e John na porta da casa noturna. Os rapazes foram comprar cerveja. -"Tira os olhos do John, eu vi primeiro." Disse Helen. Sarah não disfarçava a preocupação. -"Helen, essa pandemia, essa aglomeração. Sei lá." A outra moça foi enfática. -"Bobeira, somos jovens e temos o direito de nos divertir." Sarah concordou. A boate. As luzes. O mezanino. A pista de dança. Sarah e Helen tomando todas e se drogando no banheiro. Steve misturando bebidas e fumando um cigarro atrás do outro. Sarah conheceu um rapaz na pista de dança. Era mais bonito e bem simpático que Steve. -"Sou Tom, de Milwaukee. Você dança bem." Ele a abraçou. Sarah o beijou. Tom a puxou e o casal teve dificuldades pra sair da pista de dança lotada. Uma sala ao lado dos banheiros. Tom e Sarah se amaram alí. Eles trocaram telefones e Sarah voltou ao mezanino. -"Preciso de uma cerveja!" Disse ela. Helen notou algo diferente na amiga. Steve a encarava. Helen puxou John até o bar. Steve sentou ao lado de Sarah. -"Ganhei uma camiseta retrô dos Knicks. É apertada, creio ser feminina. Vou dar pra Helen." Sarah deu um pulo na cadeira. -"Não. Eu amo os Knicks. Me dá essa jóia, Steve!" O rapaz sorriu. -"É sua, gata." Ela o beijou. Steve a abraçou e prolongou o beijo. Helen e John chegaram. -"Palmas. Steve conseguiu beijar a menina." Gritou Helen. Ela sentou no colo do primo e o beijou. Sarah estranhou a cena. John se aproximou e beijou Sarah. -"Aproveita o John, Sarah. Ele é seu por dez minutos." Eles deram um beijo coletivo. Sarah soube que Steve e Helen eram antigos namorados. John tinha uma mente aberta e concordava com tudo que Helen fazia. Eram quase três horas da manhã quando eles saíram da boate. Uma boa caminhada pela frente. As ruas desertas. O frio. As brincadeiras de Steve. As piadas de John. Helen relembrava antigos sucessos do rock. Um beco. Um matagal. Sarah se arrepiou. Parecia conhecer aquele lugar. Helen e Steve se esconderam no matagal. John e Sarah foram atrás deles e interromperam um sexo rápido entre os dois. John e Sarah se abraçaram. Beijos e carícias intensas até o ato sexual na madrugada. Uma viatura policial passou por eles, escondidos no local sombrio. Sarah chegou em casa. Deixou o corpo cair na cama. Adormeceu sem tomar banho, sem ver a família. Sarah reencontrou Helen no outro dia. Relembraram a noite divertida na boate. O noticiário na tevê. O fechamento da Draco pela polícia. Sarah reclamou que a sopa da mãe estava sem sal nenhum. -"Mais salgada que isso, Sarah? Você está doente." Doiss dias depois, Helen ligou preocupada. -"Steve está no hospital, Sarah. Teve febre alta e o seu teste para Covid deu positivo. Ele tem histórico de cardiopatas na família." Sarah procurou tranquilizar a amiga. -"Vamos juntas fazer o teste na farmácia. Todos que estiveram na Draco deverão fazer o teste." Disse Helen. Sarah lembrou de Tom. Ela quis avisar o rapaz. Vários telefonemas. Horas depois, alguém atendeu, enfim. -"Sou irmão do Thomas. O Tom, era seu apelido. Obrigado por sua preocupação mas de nada adianta pois infelizmente ele faleceu de Covid." Sarah emudeceu e deixou o telefone cair. Gwen Sr assustou. Sarah estava pálida. Gwen era enfermeira aposentada e notou que a filha estava quente. Sarah ligou para Helen. -"Sou o pai da Helen. Esse é o celular dela Sarah. Ela foi até o hospital pois não conseguia respirar direito. Estou isolado aqui." Sarah ouviu um choro do outro lado da linha. -"Sinto, Sarah. Vamos orar." Sarah acessou a rede de Helen. Viu uma foto de Steve, sorridente. O rapaz tinha falecido. Devido ao Covid, tivera um enterro rápido. John e Helen foram hospitalizados e entubados. O teste de Sarah deu positivo pra o Covid. Ela transmitiu o coronavírus para a sua mãe e para a irmã. Sarah sentia dores nas articulações, dificuldades de respirar e febre alta. Ela foi direcionada a um hospital de campanha, onde foi medicada. Sarah contou tudo a sua mãe. Não omitiu nada, principalmente a transa com Tom. Agora de máscara, Sarah abraçou a mãe. -" Vai com Deus, Sarah. A gente se vê." Foram as últimas palavras de Gwen. O mundo ainda a espera de uma vacina salvadora. Horas depois, Sarah foi colocada de bruços para melhor respirar. Ela visualizou a imagem de Preston com o uniforme do Denver Nuggetts. O reencontro com o pai, após conhecer seu progenitor aos dez anos. A sopa gostosa da mãe. As reuniões na igreja. Os passeios no zôo. Os tênis transados e os piercings. As brigas com a irmã. -"Passei o coronavírus pra minha família." Deixou cair uma lágrima, enquanto era cuidada pelos médicos e enfermeiros, os heróis da linha de frente na guerra ao Coronavírus. A escola. Os namorados. As drogas e as bebidas. As noitadas. O sonho adiado da faculdade de Biologia. Helen. Steve. John . O enigmático Tom. O rapaz bonito e legal transmitiu o coronavírus para ela que passou aos outros. Um filme passou em sua mente. O filme da sua vida. Ela tentou lembrar de alguma oração. A imagem de Jesus, como estava no quadro que havia na cozinha de sua casa e ela achava cafona. O sonho era real. O pesadelo era real. Ela fechou os olhos. A equipe médica a cercou. Sarah estava precisando de cuidados. Ela foi entubada. Dois dias depois, Gwen, isolada em sua casa, soube que Helen tinha morrido. Em estado grave, Sarah não tinha como saber da morte da melhor amiga. Um telefonema do hospital. Gwen atendeu, já esperando a notícia fatídica. Ela desligou e foi até o quarto de Sarah. As coisas e roupas de Sarah, o pôster dos Knicks, os discos. Um silêncio perturbador. Um vazio que nada pode preencher. Apenas uma hora depois é que lembrou de dar a notícia triste a outra irmã, isolada num hotel. Sarah teve um enterro rápido, como todas as vítimas da pandemia. Gwen e a irmã de Sarah se recuperaram e testaram negativo, duas semanas depois. FIM