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A van estaciona... “O doceiro chegou!”. As crianças se aproximam. O doceiro gargalha e depois vende... vende, vende demais. E ao fim do dia, dá meia volta e se vai... ninguém mais se importa. Meses se passam e ele sempre volta no mesmo horário, fazendo a mesma coisa e causando o mesmo alarde, a mesma festa. E de novo se vai... E quando se vai ninguém mais o vê, ninguém mais se importa.

Era um dia diferente... cinza e chuvoso, quando o doceiro retornou sequestrando duas crianças: um menino e uma menina. (e jamais o esqueceram outra vez)

Acordam durante a noite numa sala escura com apenas uma única lâmpada vermelha, acesa no teto. Aos prantos - apavorados, trêmulos, mal podendo entender seu redor…Novamente o doceiro aparece uma ultima vez. Mas agora sua imagem é de um fauno... com chifres enormes, pernas galopantes e uma flauta na mão. Ele é muito alto, curvado... magrelo, porém também muito forte. “É melhor não tentar a SORTE!”, cantarola sorrindo e tocando sua flauta.. "É melhor adoçar nossa MORTE!". As crianças começam a gritar E quanto mais alto elas berram, o quanto mais forte eles choram... com mais rapidez este fauno (roncando e babando de fome apressado, mas sempre sorrindo) se aproxima; num bote fatal.

15 de junho de 2017