A BOMBA ATÔMICA EM HIROSHIMA!!! (LEMBRANÇAS DE AKIRA YAMAGUSHY)
HIROSHIMA, 06 DE AGOSTO DE 1945.
7:15 (Uma hora antes do apocalipse japonês)...
Naquele dia acordei cedo, estava disposta e alegre. Morávamos nos arredores de Hiroshima numa propriedade rural, criávamos frangos e vendíamos ovos, além de plantarmos bambus e palmitos. Nesta época de guerra, ter comida sobrando era um luxo. Nós gostávamos de dividir nossas refeições com nossos vizinhos. Sempre após nossas horas de oração para Sidarta Gautama, nós dividíamos nossos bolinhos de arroz e nosso chá verde para com nossos vizinhos e rezávamos para a vitória de nossos nobres soldados que defendiam nosso Império contra os malditos americanos na guerra do Pacífico.
Ao acordar, fomos para nosso canto de oração e pedi que meu irmão Yeda voltasse para nosso lar, pois há muito tempo ele não nos enviava uma carta e mamãe estava ficando preocupada. O governo nada falava sobre a verdade da guerra e se o Japão estava ou não vencendo seus inimigos. O pouco que sabíamos era que naquele mês, a Alemanha que era nossa aliada tinha sido derrotada pela Rússia e que Hitler tinha morrido em seu Bunker, mas o Governo não confirmava nada e além de tbm não sabermos da real situação de Mussolini na Itália que tbm era nossa aliada contra os inimigos da liberdade....
Me chamo Akira Yamagushi e tinha 20 anos naquela época, meu irmão Yeda tinha 22. Meu pai, o Senhor Yamaoka tinha 65 e minha mãe a Senhora Saory Yamagushi, tinha 55, como tinha dito antes, estávamos felizes em ter o que comer num tempo tão obscuro. Eu tinha sido prometida por meu pai para um jovem Kadet da força aérea japonesa, o Tenente-aviador Katishuki Yamaoka, ele tinha 30 anos e era um guerreiro e foi condecorado por atos de bravura contra os americanos. Mas infelizmente, meu noivo morreu no bombardeio ao Porta-aviões americano St Los em 1944, meu noivo foi um Kamikaze e foi de encontro ao porta-aviões americano, afundando-o por completo, na qual todos os 143 marinheiros americanos morreram durante a explosão. Katishuki, meu noivos se transformou em herói nacional e sua família foi condecorada com medalhas de honra pelo nosso grande Imperado Hiroito....
Eram 7:50 da manhã e eu pensei ouvir alguns aviões passar sobre nós, rumo ao centro da cidade. Não dei importância alguma aquilo, pois achava que era apenas nossos aviões japoneses rumo a guerra do pacifico, pois a batalha em Okinawa estava ferrenha e eu achei que eram apenas aviões rumo ao sul de nossa ilha, para nos defender. Minutos depois, minha vida, como a de todos os habitantes de Hiroshima mudariam para sempre....
Eu lembro como se fosse hoje, as 8:15 da manhã, eu ouvi uma explosão como nunca dantes tinha ouvido em minha vida, como disse morávamos a cerca de 15 Kms do centro de Hiroshima, mas a explosão foi tão forte que parece que todos iam ficar surdos. Vi meu pai desesperado com as mãos na cabeça, vi minha mãe gritando loucamente e ela falava em desconexo. eu não estava entendendo nada, até nosso cãozinho o Bugy estava louco de tudo. Após a fortíssima explosão, vi algo inacreditavel, um bola de fogo em forma de cogumelo subir centenas de metros do chão. Comecei a chorar de nervoso e senti que aquilo que tinha acontecido era algo muito maior do que eu estava imaginando. Lembro que a terra tbm tremeu na hora da explosão, parecia um pequeno terremoto que em instantes parou. Eu era formada em enfermaria e sempre ia ao centro da cidade buscar remédios e ajudar os feridos de guerra que sempre chegavam em nossa cidade. Naquele dia, eu quis ajudar ainda mais, e pedi a papai para irmos correndo para o centro para ver o que realmente tinha acontecido naquela explosão. Então eu e papai seguimos para lá...
Conforme íamos chegando perto do centro, o cheiro de morte ia aumentando e um calor insuportável ia começando a nos ameaçar, vi que algo horrível tinha acontecido em minha cidade. Conforme íamos se aproximando do centro, víamos muitos militares desesperados rumando para lá, muitos estavam aos prantos do desespero e com muito ódio dos americanos. O que os ianques tinha feito de tão grave? O sons das sirenes de guerra agora começavam a ecoar ao máxima, numa verdadeira sinfonia do inferno. Ao chegar em mais ou menos uns 5 kms do centro é que eu pude ver de fato o horror daquela explosão e o mal que os americanos fizeram contra nós. Ao chegar naquele ponto, fomos impedidos de prosseguir, pois os militares que estavam próximos ao centro, fizeram um cerco por todo o local e afugentavam à todos que tentassem se aproximar vindos do interior para saber do ocorrido, o calor era horrível e o cheiro de carne humana calcinada dava ânsias de vômitos em todos nós. Como eu era enfermeira, pude avançar para ajudar com os feridos, mas meu pai fora compelido a voltar para casa, eu disse que ficaria bem e ele depois podia vir me buscar, mas naquela hora eu tinha que ajudar meus compatriotas. Então me deram uma mascara antigas e me puseram num jipe rumo ao local dos feridos que ficava há cerca de 4 kms de onde eu estava e o que vi neste caminho, nunca mais esquecerei...
Vi prédios inteiros pulverizados, vi dezenas de milhares de corpos destroçados e empilhados numa verdadeiro montanha dos horrores, vi centenas de milhares de partes de corpos espalhadas pela cidade. Vi centenas de pessoas correndo seminuas e desesperadas a esmo sem saber o que fazer. vi muitas cegas pelo clarão da explosão e muitas estavam com queimaduras de 3º ou 4º graus onde a pele ia se largando do corpo. Vi uma mãe desesperada correndo com seu filho pequeno que estava só com a metade do corpo, nos braços e ela parecia tão alucinada que nem se dava conta que abraçava apenas um cadáver, vi outra mulher com outra criança no colo na qual não tinha mais a cabeça e a mulher não queria largar o corpo de seu filho, não resisti as imagens e comecei a chorar e daí vi que aquela bomba realmente era a mais devastadora lançada sobre nós. Ouvi os soldados gritarem uns com os outros, "Atomic Bomb", e eu não sabia o que era isso naquele dia, estas palavras iam sendo repetidas pelos soldados entrecortados com soluços e gritos de desespero e choros de amargura. Sim! Os americanos tinham destruído Hiroshima...
No percurso até a zona de feridos, vi muitas machas escuras, que mais tarde fique sabendo que era os locais onde pessoas foram simplesmente pulverizadas na hora da explosão e seus corpos desintegrados instantaneamente. Isso era loucura demais, muitas civis, incluindo mulheres, crianças e idosos foram totalmente dizimados em questão de minutos pela força da bomba que mais tarde fiquei sabendo que se chamava "Littleboy" e tinha 3 metros e 4 toneladas com plutônio 390 enriquecido e que o mundo chamaria para sempre de "A Bomba Atômica de Hiroshima", a primeira bomba desta dimensão destruidora lançada sobre uma cidade e coube a nós, os japoneses sermos os "premiados" para esta tragédia sem precedentes na história da humanidade. Ao chegar num local que fora arrumado as pressas para colocar os feridos de improviso, não contive o choro e tentei ser forte para não enlouquecer. Lá estavam milhares de seres humanos de todas as formas que vcs podem imaginar, a maioria estava completamente queimada, muitos não tinha mais pele em seus corpos, muitos deles faltavam partes de seus corpos, vi numa maca algo tenebroso, dezenas de pedaços de corpos humanos aglutinados para depois serem separados por nós para ver o que era de quem e a quem pertencia, isso era quase impossível de saber devido o estado dos corpos. Vcs não tem ideia das cenas de horror que testemunhei naquele dia, só quem viveu aquele dia sabe o que realmente aconteceu em Hiroshima. Trabalhei muito e fiz o que pude para salvar meus irmãos. O calor estava insuportável e muitos morreram de insolação e daí conheci o lado ainda mais perverso desta bomba maligna. a radiação atômica.
Eu pude reparar que muitas destas queimaduras, eram diferentes das produzidas por fagulhas de explosão ou por incêndios, elas pareciam ser queimaduras ácidas e eram terríveis para sarar. a maioria dos pacientes que tinham essas queimaduras estranhas morriam logo em seguida. Outro fato terrível que testemunhei foi o desespero dos soldados em ter de atirar na população para conte-la. Pois muitos enlouqueceram na hora da explosão e começaram a se atracar uns nos outros numa luta inútil de escapar daquele pesadelo nuclear, nesse pandemônio, os soldados eram obrigados a matar os pobres coitados que avançavam sobre nós, pois senão nós também seriamos mortos por eles em seu ápice de loucura desenfreada.
Depois de alguns dias, o calor foi passando, mas uma chuva negra resistia a cair sobre Hiroshima, nossa água e nosso solo estavam contaminados por radiação e nós nem tínhamos proteção contra isso. Imaginem o que aconteceu então? Milhares de japoneses foram contaminados pela radioatividade da "Littleboy" e ficaram doentes, sendo que muitos morreram logo nos primeiros dias com sintomas terríveis desde envenenamento, até câncer em todos os órgãos e feridas ou queimaduras que nunca cicatrizavam. Fomos todos evacuados de Hiroshima e perdemos tudo, os sobreviventes estavam muito pior do que os mortos que pelo menos foram descansar ao lado de Sidarta nos mundos evoluídos dos espíritos. Ficamos em alojamentos por muito tempo e as noticias não foram boas. Perdi meu irmão Yeda na batalha em Iwojima, onde o Japão foi derrotado pelos americanos. Os números em Hiroshima foram assustadores, morreram cerca de 150 mil pessoas só nos primeiros dias da explosão e o numero total de mortos após foi mais de 200 mil por causa da contaminação por plutônio e uranio, inclusive meus pais foram contaminados e morreram meses depois e eu fiquei sozinha neste mundo cão...
Uma segunda bomba explodiu em Nagasaki, matando mais 100 mil pessoas, a chamada "Fatboy" que tinha quase as mesmas proporções da "Littleboy", fizeram nosso Imperador Hiroito se render sobre a ameaça americana de lançar uma terceira bomba em Tóquio e arrasar com nossa capital, no dia 02 de Setembro de 1945 o Japão se rendeu aos aliados e assim a Segunda Guerra Mundial tinha chegado ao fim... E com isso nosso sonho de liberdade por um mundo melhor!
Eu tbm fiquei doente e morri aos 24 anos após contrair câncer devido a radioatividade da bomba de Hiroshima, e graças a uma famosa médium japonesa é que pude voltar aqui através da psicografia, para relatar para vcs os horrores da bomba atômica de Hiroshima. Aqui nos reinos dos mortos, pude reencontrar à todos, papai, mamãe, Yeda e até meu noivo e até que enfim pudemos ficar juntos. Até nosso cachorrinho Bugy eu reencontrei. Que esse relato sirva de alerta para que os Senhores do Mundo não cometam mais essa loucura no futuro próximo, ou então a humanidade vai ser extinta devido a potencia das atuais bombas nucleares. Termino aqui meu relato e agradeço à todos que leram esta triste estória de alguém que viveu de perto os horrores da Bomba Atômica de Hiroshima....
(06 de Agosto de 2015).
Ao acordar, fomos para nosso canto de oração e pedi que meu irmão Yeda voltasse para nosso lar, pois há muito tempo ele não nos enviava uma carta e mamãe estava ficando preocupada. O governo nada falava sobre a verdade da guerra e se o Japão estava ou não vencendo seus inimigos. O pouco que sabíamos era que naquele mês, a Alemanha que era nossa aliada tinha sido derrotada pela Rússia e que Hitler tinha morrido em seu Bunker, mas o Governo não confirmava nada e além de tbm não sabermos da real situação de Mussolini na Itália que tbm era nossa aliada contra os inimigos da liberdade....
Me chamo Akira Yamagushi e tinha 20 anos naquela época, meu irmão Yeda tinha 22. Meu pai, o Senhor Yamaoka tinha 65 e minha mãe a Senhora Saory Yamagushi, tinha 55, como tinha dito antes, estávamos felizes em ter o que comer num tempo tão obscuro. Eu tinha sido prometida por meu pai para um jovem Kadet da força aérea japonesa, o Tenente-aviador Katishuki Yamaoka, ele tinha 30 anos e era um guerreiro e foi condecorado por atos de bravura contra os americanos. Mas infelizmente, meu noivo morreu no bombardeio ao Porta-aviões americano St Los em 1944, meu noivo foi um Kamikaze e foi de encontro ao porta-aviões americano, afundando-o por completo, na qual todos os 143 marinheiros americanos morreram durante a explosão. Katishuki, meu noivos se transformou em herói nacional e sua família foi condecorada com medalhas de honra pelo nosso grande Imperado Hiroito....
Eram 7:50 da manhã e eu pensei ouvir alguns aviões passar sobre nós, rumo ao centro da cidade. Não dei importância alguma aquilo, pois achava que era apenas nossos aviões japoneses rumo a guerra do pacifico, pois a batalha em Okinawa estava ferrenha e eu achei que eram apenas aviões rumo ao sul de nossa ilha, para nos defender. Minutos depois, minha vida, como a de todos os habitantes de Hiroshima mudariam para sempre....
Eu lembro como se fosse hoje, as 8:15 da manhã, eu ouvi uma explosão como nunca dantes tinha ouvido em minha vida, como disse morávamos a cerca de 15 Kms do centro de Hiroshima, mas a explosão foi tão forte que parece que todos iam ficar surdos. Vi meu pai desesperado com as mãos na cabeça, vi minha mãe gritando loucamente e ela falava em desconexo. eu não estava entendendo nada, até nosso cãozinho o Bugy estava louco de tudo. Após a fortíssima explosão, vi algo inacreditavel, um bola de fogo em forma de cogumelo subir centenas de metros do chão. Comecei a chorar de nervoso e senti que aquilo que tinha acontecido era algo muito maior do que eu estava imaginando. Lembro que a terra tbm tremeu na hora da explosão, parecia um pequeno terremoto que em instantes parou. Eu era formada em enfermaria e sempre ia ao centro da cidade buscar remédios e ajudar os feridos de guerra que sempre chegavam em nossa cidade. Naquele dia, eu quis ajudar ainda mais, e pedi a papai para irmos correndo para o centro para ver o que realmente tinha acontecido naquela explosão. Então eu e papai seguimos para lá...
Conforme íamos chegando perto do centro, o cheiro de morte ia aumentando e um calor insuportável ia começando a nos ameaçar, vi que algo horrível tinha acontecido em minha cidade. Conforme íamos se aproximando do centro, víamos muitos militares desesperados rumando para lá, muitos estavam aos prantos do desespero e com muito ódio dos americanos. O que os ianques tinha feito de tão grave? O sons das sirenes de guerra agora começavam a ecoar ao máxima, numa verdadeira sinfonia do inferno. Ao chegar em mais ou menos uns 5 kms do centro é que eu pude ver de fato o horror daquela explosão e o mal que os americanos fizeram contra nós. Ao chegar naquele ponto, fomos impedidos de prosseguir, pois os militares que estavam próximos ao centro, fizeram um cerco por todo o local e afugentavam à todos que tentassem se aproximar vindos do interior para saber do ocorrido, o calor era horrível e o cheiro de carne humana calcinada dava ânsias de vômitos em todos nós. Como eu era enfermeira, pude avançar para ajudar com os feridos, mas meu pai fora compelido a voltar para casa, eu disse que ficaria bem e ele depois podia vir me buscar, mas naquela hora eu tinha que ajudar meus compatriotas. Então me deram uma mascara antigas e me puseram num jipe rumo ao local dos feridos que ficava há cerca de 4 kms de onde eu estava e o que vi neste caminho, nunca mais esquecerei...
Vi prédios inteiros pulverizados, vi dezenas de milhares de corpos destroçados e empilhados numa verdadeiro montanha dos horrores, vi centenas de milhares de partes de corpos espalhadas pela cidade. Vi centenas de pessoas correndo seminuas e desesperadas a esmo sem saber o que fazer. vi muitas cegas pelo clarão da explosão e muitas estavam com queimaduras de 3º ou 4º graus onde a pele ia se largando do corpo. Vi uma mãe desesperada correndo com seu filho pequeno que estava só com a metade do corpo, nos braços e ela parecia tão alucinada que nem se dava conta que abraçava apenas um cadáver, vi outra mulher com outra criança no colo na qual não tinha mais a cabeça e a mulher não queria largar o corpo de seu filho, não resisti as imagens e comecei a chorar e daí vi que aquela bomba realmente era a mais devastadora lançada sobre nós. Ouvi os soldados gritarem uns com os outros, "Atomic Bomb", e eu não sabia o que era isso naquele dia, estas palavras iam sendo repetidas pelos soldados entrecortados com soluços e gritos de desespero e choros de amargura. Sim! Os americanos tinham destruído Hiroshima...
No percurso até a zona de feridos, vi muitas machas escuras, que mais tarde fique sabendo que era os locais onde pessoas foram simplesmente pulverizadas na hora da explosão e seus corpos desintegrados instantaneamente. Isso era loucura demais, muitas civis, incluindo mulheres, crianças e idosos foram totalmente dizimados em questão de minutos pela força da bomba que mais tarde fiquei sabendo que se chamava "Littleboy" e tinha 3 metros e 4 toneladas com plutônio 390 enriquecido e que o mundo chamaria para sempre de "A Bomba Atômica de Hiroshima", a primeira bomba desta dimensão destruidora lançada sobre uma cidade e coube a nós, os japoneses sermos os "premiados" para esta tragédia sem precedentes na história da humanidade. Ao chegar num local que fora arrumado as pressas para colocar os feridos de improviso, não contive o choro e tentei ser forte para não enlouquecer. Lá estavam milhares de seres humanos de todas as formas que vcs podem imaginar, a maioria estava completamente queimada, muitos não tinha mais pele em seus corpos, muitos deles faltavam partes de seus corpos, vi numa maca algo tenebroso, dezenas de pedaços de corpos humanos aglutinados para depois serem separados por nós para ver o que era de quem e a quem pertencia, isso era quase impossível de saber devido o estado dos corpos. Vcs não tem ideia das cenas de horror que testemunhei naquele dia, só quem viveu aquele dia sabe o que realmente aconteceu em Hiroshima. Trabalhei muito e fiz o que pude para salvar meus irmãos. O calor estava insuportável e muitos morreram de insolação e daí conheci o lado ainda mais perverso desta bomba maligna. a radiação atômica.
Eu pude reparar que muitas destas queimaduras, eram diferentes das produzidas por fagulhas de explosão ou por incêndios, elas pareciam ser queimaduras ácidas e eram terríveis para sarar. a maioria dos pacientes que tinham essas queimaduras estranhas morriam logo em seguida. Outro fato terrível que testemunhei foi o desespero dos soldados em ter de atirar na população para conte-la. Pois muitos enlouqueceram na hora da explosão e começaram a se atracar uns nos outros numa luta inútil de escapar daquele pesadelo nuclear, nesse pandemônio, os soldados eram obrigados a matar os pobres coitados que avançavam sobre nós, pois senão nós também seriamos mortos por eles em seu ápice de loucura desenfreada.
Depois de alguns dias, o calor foi passando, mas uma chuva negra resistia a cair sobre Hiroshima, nossa água e nosso solo estavam contaminados por radiação e nós nem tínhamos proteção contra isso. Imaginem o que aconteceu então? Milhares de japoneses foram contaminados pela radioatividade da "Littleboy" e ficaram doentes, sendo que muitos morreram logo nos primeiros dias com sintomas terríveis desde envenenamento, até câncer em todos os órgãos e feridas ou queimaduras que nunca cicatrizavam. Fomos todos evacuados de Hiroshima e perdemos tudo, os sobreviventes estavam muito pior do que os mortos que pelo menos foram descansar ao lado de Sidarta nos mundos evoluídos dos espíritos. Ficamos em alojamentos por muito tempo e as noticias não foram boas. Perdi meu irmão Yeda na batalha em Iwojima, onde o Japão foi derrotado pelos americanos. Os números em Hiroshima foram assustadores, morreram cerca de 150 mil pessoas só nos primeiros dias da explosão e o numero total de mortos após foi mais de 200 mil por causa da contaminação por plutônio e uranio, inclusive meus pais foram contaminados e morreram meses depois e eu fiquei sozinha neste mundo cão...
Uma segunda bomba explodiu em Nagasaki, matando mais 100 mil pessoas, a chamada "Fatboy" que tinha quase as mesmas proporções da "Littleboy", fizeram nosso Imperador Hiroito se render sobre a ameaça americana de lançar uma terceira bomba em Tóquio e arrasar com nossa capital, no dia 02 de Setembro de 1945 o Japão se rendeu aos aliados e assim a Segunda Guerra Mundial tinha chegado ao fim... E com isso nosso sonho de liberdade por um mundo melhor!
Eu tbm fiquei doente e morri aos 24 anos após contrair câncer devido a radioatividade da bomba de Hiroshima, e graças a uma famosa médium japonesa é que pude voltar aqui através da psicografia, para relatar para vcs os horrores da bomba atômica de Hiroshima. Aqui nos reinos dos mortos, pude reencontrar à todos, papai, mamãe, Yeda e até meu noivo e até que enfim pudemos ficar juntos. Até nosso cachorrinho Bugy eu reencontrei. Que esse relato sirva de alerta para que os Senhores do Mundo não cometam mais essa loucura no futuro próximo, ou então a humanidade vai ser extinta devido a potencia das atuais bombas nucleares. Termino aqui meu relato e agradeço à todos que leram esta triste estória de alguém que viveu de perto os horrores da Bomba Atômica de Hiroshima....
(06 de Agosto de 2015).