O estranho Capítulo 2
-Descobrindo o sobrenatural
Logo após receber a mensagem, Bruno a mostrou para seus pais,
que outra vez fizeram pouco caso. Vendo isso, decidiu buscar por informações na internet sobre a mensagem, e descobriu que se tratava de mais um dos misteriosos acontecimentos de Vale dos Ventos.
A página investigativa do detetive Bernardo, contava com detalhes o que a família Albuquerque desconhecia até se mudar. Vários assassinatos, desde 1988 até 2021, vídeos mostrando supostas aparições em vários locais da cidade. Sabendo destes detalhes, Bruno decidiu ir até a delegacia e contar sobre o ocorrido. Pelo caminho, fez algumas paradas, e observou os lugares que o detetive havia mencionado em seu blog.
Bruno parou sua moto, e começou a tirar fotos da entrada de uma fazenda, que aparentemente estava abandonada. Algumas das fotos, inclusive, de um homem que vinha andando pelo lado de dentro em direção à porteira. E num piscar de olhos, o homem pegou em seu braço, tomou seu telefone, deu um soco no rosto de Bruno e disse:
-Aqui não é lugar de gente estranha como você! Vá embora agora!
Bruno, sem saber o que estava acontecendo, começou a se questionar o motivo da agressão que havia sofrido. Revoltado, se levantou e exigiu o telefone do homem que o tinha retirado dele. O homem disse que era funcionário da fazenda, e que era pago para não deixar curiosos e arruaceiros entrarem na propriedade. Foi quando Bruno novamente pediu seu telefone, e ele o jogou em Bruno, dizendo para ele ir embora para o seu próprio bem. Transtornado com a situação, o rapaz ligou sua moto e deixou o lugar rumo à delegacia.
Lá, foi atendido pelo delegado Jorge, que ouvindo os fatos, mostrou não dar muita importância. Logo tratou de falar para Bruno, que ele deveria respeitar as pessoas, para evitar futuros problemas. Mesmo tendo contado sobre a agressão, Jorge não quis saber mais da história, e disse para o garoto ir embora, pois tinha que ir em a um encontro na fábrica de plástico da cidade. Bruno estava muito irritado, não sabia como alguém poderia ajudá-lo... Bem na saída da delegacia, encontrou com o detetive Bernardo, e lhe contou o que havia ocorrido. O detetive disse para ele não se envolver nos casos, disse que a fazenda estava fechada para averiguação de dois cadáveres que tinham sidos encontrados. Bruno pegou o contato de Bernardo e foi para casa, quando de repente, outro SMS desconhecido tinha chegado dizendo:
”Vá até a prefeitura.”
Bruno pensou no que havia lido e foi, bem na entrada do local indicado, viu um jornal contando os fatos que tinham acontecido na noite anterior. A manchete revelava que um breve apagão tinha ocorrido na cidade. Bruno viu que a notícia era uma mentira, pois tinha visto um corpo, e não havia notícia deste fato em nenhum meio de comunicação. Bem perto da porta, ele escutou duas pessoas contando que o caminhão da fábrica tinha saído da rodovia, e tinha ido parar dentro do matagal. Bruno estava aparentemente pensando que estava delirando, pois tudo para aquelas pessoas parecia normal. O rapaz decidiu voltar para casa, e após seu banho, foi verificar seu telefone. Bruno então, foi ver as fotos que tinha tirado, e se assustou com a imagem que tinha feito do homem que havia lhe agredido. Na foto, não aparecia o homem, mas sim, uma fumaça negra, com olhos vermelhos e chapéu marrom. O rapaz não estava acreditando no que seus olhos viam... Em todas as fotos que tirou, por volta do meio dia, não havia homem algum, apenas aquela fumaça sem forma humana e com olhos e chapéu. Ao mesmo tempo em que olhava incrédulo para as fotografias, seu telefone tocou, e mostrou que era um número desconhecido. Bruno deixou o telefone no quarto tocando e procurou seus pais. Quando de repente, sua campainha começou também a tocar, e tocar, e quem a tocava começou a bater muito forte na porta, e uma voz foi ouvida:
-Abra essa maldita porta!
Continua no próximo capítulo.