A BATALHA DAS TREVAS - PARTE II - Capítulo XIV

XIV - Tchort o Incrível Deus negro do Alasca

Há cerca de oito mil anos um novo demônio se libertou do inferno que na época era conhecido como “sheol” pelos anjos, ele era Tchort um demônio astuto e rude. Diz a lenda dos anjos que fora o único demônio sobrevivente da guerra entre a escuridão e a luz travada antes da criação do universo, alguns ainda dizem que Tchort nunca fora para o inferno e sim estava congelado na região do gelo esperando pela sua vingança contra o criador. Alguns humanos naquela época estavam tomados pelo frio e entraram em uma caverna para ver se conseguiam se esquentar, esta parte chega à controvérsia se Tchort estava congelado ou aprisionado, nem mesmo os anjos sabem à essa pergunta, só sabem que esses humanos o libertaram nesta caverna, mas não se sabe como. Os anjos temiam este acontecimento, pois segundo seu criador antes de entrar em descanso os alertou de um possível “Deus negro” que se fosse libertado poderia causar muitos danos não só a terra mas também ao plano celeste, ao verem que Tchort se libertara o medo tomou conta no céu, Miguel tremia como nenhum arcanjo jamais tremeu, o medo tomou conta do céu e Miguel tomado pelo medo esbravejava:

- Eu disse a vocês que esses seres trariam problemas, disse para dizimá-los, mas vocês escutam?

Gabriel então com a face um pouco preocupada diz:

- Eles possuem o livre arbítrio, queriam fugir do frio, acharam que ele poderia ser o salvador o que me deixa intrigado é onde estava este tal demônio?

Rafael então responde de forma decadente:

- Não sabemos, esse é o único demônio de desconhecimento nosso, Deus o enfrentou e não nós, nosso criador nunca deu tantas pistas sobre este.

Lúcifer em um tom irônico responde:

- É meus irmãos este é o único que pode invadir o plano espiritual e devastar tudo.

Ninguém podia imaginar como Lúcifer mudara de dois mil anos até aquela data, desde sua batalha com Lilith ele estava cada vez mais sombrio e estranho.

Simiel que até então estava calado disse:

- Eu e minha legião iremos até a terra e mandaremos Tchort de volta ao nada, para que nunca mais possa voltar – disse isso já virando suas costas ao demais e fora convocar sua legião

Simiel então chama seus generais e convoca todos para uma batalha que talvez não tivesse volta.

Ao transcenderem entre o céu e o plano terrestre os anjos armados estavam prontos para atacar Tchort, mas ao chegarem foram surpreendidos, Tchort os estava esperando em terra e com tom de ódio e rancor diz:

- Anjos inúteis, sumam para seu plano ou dizimarei todos vocês.

Simiel gritava:

- Cale-se maldito! Atacar!

Os anjos em massa atacaram Tchort que fora destruindo um a um sem nenhum esforço, Simiel ao ver o que estava acontecendo saca sua espada e ao ver um anjo correndo, o para e diz:

- Nanta, não vá, por favor, volte ao plano celestial e avise que tudo pode estar perdido, se eu não voltar, tragam mais anjos para esse embate.

Nanta balança a cabeça e acata a ordem

Simiel então olha para Tchort que neste momento acabara com mais da metade da legião de anjos, enfurecido grita: - Tchort! Já chega, lutarei contra ti seu demônio maldito! – Simiel sabia que não podia vencer na força, mas não tinha escolha, era lutar ou morrer sem lutar.

Tchort então finca sua espada no ultimo anjo e olha para Simiel, respondendo:

- Tu és o próximo a cair perante a mim!

Tchort usava uma armadura negra e uma máscara negra, nunca mostrara seu rosto apenas os olhos vermelhos cheios de ódio, Simiel sentia todo aquele ódio e se sentia muito fraco perante o tamanho sentimento.

Então correm em direção um do outro com suas espadas, Simiel estava mais na defesa do que no ataque, Tchort era muito forte nem mesmo o grande Deus pudera o destruir, Simiel sabia que morreria, sua armadura já estava praticamente toda destruída, e Tchort com apenas uma racha na armadura um pouco abaixo do peito. Tchort cansado de perder tempo queria logo subir ao céu e destruir a todos, foi então que disse:

- Pobre alado, eu acabarei com você logo, não posso mais perder tempo.

Simiel ao ouvir isso começa a imaginar como poderia deter o demônio viu aquela racha na armadura abaixo do peito e então pensou “claro! Se conseguir acertar minha espada embaixo de teu peito e com a força divina de minha espada posso subi-la até ao reator vital dele”

Simiel sabia que seria um único ataque e se errasse tudo estaria perdido, além de ter que contar com a sorte de este demônio ter as mesmas características dos anjos. Tchort vinha em sua direção e Simiel fechou seus olhos, sentiu a espada atravessar seu peito, o sangue explodira no chão, mas foi então que Tchort também sentiu algo a penetrar sua armadura no peito, ambos estavam de pé e sentindo a vitalidade ir embora.

Simiel é o primeiro a cair, algumas lagrimas caiam de seu rosto e ouviu bem de fundo Tchort dizer algumas palavras:

- Anjo maldito, atingiu meu reator, como é possível?

E então Tchort também cai e os dois corpos ficaram ali inertes.