As convicções de Viriato
Ao arrepio da sua integridade física e mental, pois a distinção entre é apenas um recurso pedagógico, insistia em racionalizar sua conduta para justificar a irresponsabilidade. O pragmatismo mercantil inoculado em nossas ilações, desde a mais terna infância, era um orador poderoso . O mais habilidoso dos sofistas, arrisco. E, refiro -me aqueles combatidos por Sócrates, não os que estes facínoras do discurso assaltaram .
Mas, como eu ia dizendo, escrevendo, Viriato, que apresento, então, passava seus dias recitando justificativas para sua conduta temerosa, com significativo potencial para o dano. Crônico, irreversível. Palco de dores excruciantes, donde nem o mais hercúleo analgésico seria amigo. Os protestos, de amigos, parentes, profissionais com quem lidava, eram úteis como uma caixa de fósforos molhados. Seguia, Viriato, resoluto!
- O que hei de fazer, ouso perguntar, caso calhe de parar? Como ficam compromissos fechados e obrigações inexoráveis?
A prótese até que funciona com auspiciosa competência. Mas, A nostalgia etílica na qual Viriato se meteu inviabiliza tal consciência. Fica a elucubrar, em sua regular ebriedade, todos os rumos possíveis que o "se" trata de oferecer e recrudescer, assim, o sofrimento. Que não é opcional.