Prazer, Lux Ferre (miniconto)

Sede bem vindo. Eis que sou servo. E, calhou de estar seu senhor, inda mais. Não te confundas. Preste atenção. Um pouco mais. Toda sorte de empreendimento que lhe ensinaram, desde tenra infância, se presta a afastar-te da verdade. Enfiam-lhe estórias de medo e susto, pois os sulcos entre elas resistem e resistindo podem te entregar a realidade. Estás a me acompanhar ? Quando lhe mentem, lede aquilo que o alarma da tua indecência grita. Faze assim, e a ti trarei um pouco de luz. Isso. Pois pouco é muito em seu caso. O que basta. E, se assim o é, o que te impedes de me escutar? A retórica cá, desta pergunta, me autoriza. A singrar-lhe o juízo. Todos os juízos que abandonou antes de tê-los.

Sede bem vindo. Sois minha preocupação. Estás prestando atenção? Continue. Lede minhas palavras. Não as entenda. As sinta.

Sede muito bem vindo.

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