Verbo intransitivo

Não há recordações sobre quando principiou minha dúvida. Por mais esforço que aplique na busca por uma data, falho miseravelmente em encontrar. O problema, algo me sugere, é que este detalhe pode ter um capital papel no hodierno, onde minha vida é orientada pela certeza que venho alcançando desde então, embora o então esteja perdido no tempo.

A muitos questionei se era, tamanha virtude, tão nababesco valor, inato como o apetite por aprovação social, ou era-nos ensinado como as doutrinas em templos religiosos. Nenhum, destes muitos, perplexos diante da pergunta (A reflexão sobre, lhes arrancava do sono ignorante que dormiam. E, Isso afronta e caustica), o sabia.

Assim, pus-me sobre os calcanhares da inquietação e volvi em direção às elevações geográficas onde estão as respostas menos acessíveis. Chegando lá, em seu alvedrio por nos amassar a incompetência, os guardiões das pistas mais rotundas mo vislumbraram o montículo onde estavam minhas satisfações.

Agora, após ter nos bolsos as moedas com que pago as continências do Universo, ando de rua em rua. Na madrugada. Entabulo colóquios filosofais com seres interessantes. E, deles, após alguma resistência, arranco os corações. E perscruto. E concluo, com alívio:

Aprendemos a amar! Ou, este a minha frente nasceria com tal habilidade, uma vez tão carne, tão sangue, tão animal?