A História Por Trás da Estória    

     
De antemão, gostaria de mencionar que este é um projeto antigo, idealizado para trabalhar em paralelo aos certames que periodicamente se realizam aqui
, visto a ampla visibilidade conquistada pelos autores e, sobretudo, o quão proveitoso podem ser os comentários trocados no decorrer dos mesmos. À época, a sugestão foi rejeitada, receando fomentar atritos já ocorridos em certames anteriores; contudo, considerando a grande aceitação obtida somente à menção deste “espaço”, creio ser de imensa valia oficializá-lo, objetivando expandir a visão de leitores e escritores iniciantes e também permitir aos referidos autores expressar as suas intenções no momento de concepção da obra.
     Quanto à natureza deste projeto, sempre acreditei no amplo leque de possibilidades que se abre ao analisar o processo criativo de cada indivíduo, assim como creio que “dissecar” este processo exija certa perspicácia por parte deste individuo, pois, não raro, ele próprio descobre detalhes que lhe passaram despercebido no "momento alto" da escrita, que numa segunda avaliação devem ou não ser melhorados — ou quem sabe removidos e transformados em outras narrativas. Para alguns pode parecer algo sem fundamento, mas contar a história da estória nos faz voltar e repensar as sutilezas que nos motivaram a narrar deste ou daquele modo, por que usamos este ou aquele argumento e o mais importante: se tudo saiu como gostaríamos.
     Escrever é momento!
     Por vezes não temos nada em mente; entretanto, somos parte integrante de um mundo de ininterruptos acontecimentos, onde uma simples “fagulha” torna-se capaz de alimentar a fornalha inventiva do bom escritor, fazendo-o desenvolver enredos completos como que num “passe de mágica”.
     A fagulha e o passe de mágica.
    São nestes itens que este projeto se calca, afinal sabemos que nem sempre — honestamente, na maioria das vezes — é assim e em certas ocasiões quase enlouquecemos devido a um mero acontecimento que se faz vívido em nossa linha de raciocínio, mas que por alguma razão não conseguimos transportá-lo de forma convincente ao papel. Ao leitor é irrelevante, porém há muitas coisas acontecendo conosco no instante em que compomos um texto; coisas que somente nós, autores, conhecemos e que dificilmente saberíamos explicar se nos fosse perguntado. O ato de escrever nos reveste de um poder que decerto não teríamos se utilizássemos de outro método, que não a escrita. À nossa maneira, transformamo-nos em deuses capazes de preencher o imaginário do leitor com um punhado de palavras dedilhadas, arrastando-o para o nosso universo e fazendo dele nossa única plateia.
     Outro ponto positivo deste projeto é possibilitar aos autores terem seus mecanismos de escrita "ouvidos". Elaborar narrativas não é tarefa fácil e, salvo raríssimos casos, ninguém quer saber como isso é feito; por outro lado, o autor precisa desabafar com alguém que está disposto a ouvi-lo e talvez compartilhar experiências. E eis aqui a oportunidade.
    Sendo assim, gostaria de convidá-los a dialogar sobre suas obras, contando a princípio a história por trás da estória. Aos que forem participar, peço a gentileza de manter os comentários em 4.000 caracteres (espaço de dois comentários) para não tornar a leitura cansativa e para que assim todos possam de modo saudável participar.
     
     
Tenho dois outros projetos, "Conta Comigo" (sim, à lá King) e "Dissecação", que futuramente pretendo apresentar e quem sabe contar com a colaboração de todos.

     Obs: Ressalto que esta iniciativa não tem qualquer vínculo com o CLTS, estando aberta a todos que assim desejar participar.
O Marceneiro
Enviado por O Marceneiro em 05/09/2020
Reeditado em 07/09/2020
Código do texto: T7055180
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