Alma aprisionada.

Eu escalava montanhas e picos, passando frio, a ponto de morrer congelado. Meu corpo não suportava a temperatura, mas eu seguia em frente, não sei explicar o que ocorreu, simplesmente meu corpo respondia sozinho e seguia em frente.

Me abriguei em grutas, um risco de fogo para me aquecer, durante a noite, escura e gélida. O dia amanhecia e permanecia em mim a esperança.

Cheguei numa terra de pequenas criaturas, vegetação luciferina, pirilampos por todas as partes, pareciam até fadas. Uma pequena aldeã me contou que o lugar o qual eu procurava ficava numa fenda. Deveria tomar cuidado pelo caminho, os seres por lá eram perigosos.

Fui, com minha coragem e minha vontade, não tinha escudo e nem espada.

Por monstros eu passei, despercebido, alguns até me viram, deles fugi. Não poderia perder tempo e nem correr o risco de perder minha vida antes de completar minha missão. A lua era quem ajudava-me a enxergar naquela vastidão de trevas.

Densas florestas, mil perigos, tudo ia contra mim, mas enfim, cheguei ao meu destino, lá estava, intacta, me esperando.

Foi a maior alegria de minha vida, encontrar minha alma, antes aprisionada, agora, liberta em meu ser. Já podia sentir amor, tristeza, raiva... Recuperei minha essência, reassumi minha existência.

Rodrigo Hontojita
Enviado por Rodrigo Hontojita em 01/09/2020
Código do texto: T7052302
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