Alma aprisionada.
Eu escalava montanhas e picos, passando frio, a ponto de morrer congelado. Meu corpo não suportava a temperatura, mas eu seguia em frente, não sei explicar o que ocorreu, simplesmente meu corpo respondia sozinho e seguia em frente.
Me abriguei em grutas, um risco de fogo para me aquecer, durante a noite, escura e gélida. O dia amanhecia e permanecia em mim a esperança.
Cheguei numa terra de pequenas criaturas, vegetação luciferina, pirilampos por todas as partes, pareciam até fadas. Uma pequena aldeã me contou que o lugar o qual eu procurava ficava numa fenda. Deveria tomar cuidado pelo caminho, os seres por lá eram perigosos.
Fui, com minha coragem e minha vontade, não tinha escudo e nem espada.
Por monstros eu passei, despercebido, alguns até me viram, deles fugi. Não poderia perder tempo e nem correr o risco de perder minha vida antes de completar minha missão. A lua era quem ajudava-me a enxergar naquela vastidão de trevas.
Densas florestas, mil perigos, tudo ia contra mim, mas enfim, cheguei ao meu destino, lá estava, intacta, me esperando.
Foi a maior alegria de minha vida, encontrar minha alma, antes aprisionada, agora, liberta em meu ser. Já podia sentir amor, tristeza, raiva... Recuperei minha essência, reassumi minha existência.