A MALDIÇÃO
Pelas colheitas as tenras bagas
Devoradas por vermes terrenos,
São das terras negras pragas,
Enviadas por deuses supremos!
Condenados pela fúria imutável,
Destes bastardos senhores celestiais
Transmitem a dor imensurável
A morte dos rebanhos de animais!
Ventos trazem a terrível fome,
O sol levanta-se por meses a fio,
Na miséria a desgraça é o nome,
Que destrói a nascente do rio!
Todos os vermes serão expelidos,
Em suas peles as moléstias crescerão,
Essa é a ordem para os malditos,
Que pela areia do deserto morrerão!
Sinta a fúria dos deuses implacáveis
Com sede do sangue mortal,
Tocamos nossas harpas abomináveis
Trazendo a sua desgraça letal
Um por um todos então cairão,
As tuas vísceras daremos aos abutres,
Do genitor ao filho sucumbirão,
Por estas oferendas torpes e rudes!
O peso do martelo será derramado,
O vento espalhará teu cabelo,
A maldição dos deuses está lançado
Terá início o temeroso pesadelo