A SENTENÇA DE MORTE
Olhos vendados para jamais enxergar
A lâmina que rente decapitará uma cabeça
O veredicto que o algoz virá proclamar
Antes que da condenação alguém esqueça!
A lâmina coberta com o cortante aço,
Em um único pedaço deixará o corpo inerte,
Neste macabro espetáculo de palhaço
A morte com sua vida entoa o maligno flerte
Esse será a única forma indolor,
De cumprir-se para o juiz sua sentença capital
Aos olhos do público todo pavor
Estará consumindo em teu único suspiro final!
A sentença foi decretada sem recurso
Essa é apenas uma justificativa tão plausível,
Para que a morte galope esse percurso
Seguindo-o em sua espreita assim não audível
O padre lhe concede extrema unção,
Já se ouve a gritaria da platéia toda angustiada
Quando a cabeça rolar na decapitação
Tua existência será pelas exéquias amortalhada