A CASA DOS 1.000 CORPOS

Seja bem vinda a minha moradia,

Hoje iniciarei minha doentia exposição,

Quem entrar será a nova mobília,

E terá seu lugar próximo deste balcão

Toda minha casa e a decoração,

Foram feitas nas imaginações minhas,

Trabalhei com tanta dedicação,

Matando pessoas com machadinhas

Pedaços de carne junto da geladeira

São meus sinais de canibalismo,

Vários viajantes afogados na banheira

Foram frutos de profissionalismo

Guardei os seus restos complementares

Para futuramente se usufruir,

Dos restos mortais e diversos maxilares

Usá-los-ei para me divertir!

Não tenha medo toda à galeria,

Desde o guardo até os imensos salões

Reformei com toda a maestria,

Esperando pelas suas gratas opiniões

As cadeiras nas quais se sentam,

Estão coladas com ossos de fêmures,

Nas artes apenas representam,

A caça a algumas assustadas lêmures!

Creia em mim, que minha bondade

Veio para ti desde a entrada da porta,

Mas agora a ordem da maldade,

Obriga-me a amarrar-te com a corda

Não grite, pois essa divina beleza,

Sequer poderá ser ouvida pelos mortos,

Agora sua face bela e de princesa

Será um objeto da casa dos mil corpos

rodrigokurita
Enviado por rodrigokurita em 28/07/2020
Código do texto: T7019199
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