A CASA DOS 1.000 CORPOS
Seja bem vinda a minha moradia,
Hoje iniciarei minha doentia exposição,
Quem entrar será a nova mobília,
E terá seu lugar próximo deste balcão
Toda minha casa e a decoração,
Foram feitas nas imaginações minhas,
Trabalhei com tanta dedicação,
Matando pessoas com machadinhas
Pedaços de carne junto da geladeira
São meus sinais de canibalismo,
Vários viajantes afogados na banheira
Foram frutos de profissionalismo
Guardei os seus restos complementares
Para futuramente se usufruir,
Dos restos mortais e diversos maxilares
Usá-los-ei para me divertir!
Não tenha medo toda à galeria,
Desde o guardo até os imensos salões
Reformei com toda a maestria,
Esperando pelas suas gratas opiniões
As cadeiras nas quais se sentam,
Estão coladas com ossos de fêmures,
Nas artes apenas representam,
A caça a algumas assustadas lêmures!
Creia em mim, que minha bondade
Veio para ti desde a entrada da porta,
Mas agora a ordem da maldade,
Obriga-me a amarrar-te com a corda
Não grite, pois essa divina beleza,
Sequer poderá ser ouvida pelos mortos,
Agora sua face bela e de princesa
Será um objeto da casa dos mil corpos