MOLEQUE TEODORO: o menino desaparecido
Sousa é uma cidade no sertão da Paraíba, conhecida por ter o Vale dos Dinossauros, um parque onde você pode encontrar vestígios da presença dos dinossauros na região como pegadas, muitas pegadas fossilizadas. A cidade também é conhecida por ter uma das melhores águas de coco do Brasil.
O que ninguém sabe é que lá escondido, no bairro Augusto Braga, conhecido por todos como Mutirão, há um ministério, mas especificamente na escola do bairro, a EEEFM Antônio Teodoro Neto. Porém, não se ocupe em ir lá tirar a limpo essa história, eles não gostam de confirmar esse tipo de acontecimento.
No entanto, se você insistir em querer saber mais, chegando à escola procure Rita Batista, uma das funcionárias que está lá desde a fundação da escola e que conheceu a história do menino que vou contar. Hoje, conhecido com o MOLEQUE TEODORO, o menino de que vamos falar, chamava-se Manoel Cunha dos Santos e sumiu no dia 14 de março de 1990.
A família do menino era formada pelo pai, a mãe e um outro irmão mais velho, Manoel tinha 10 anos, vieram de Arco Verde, PE. Porém, com o sumiço do filho e após mais de um ano de busca incansável, a família decidiu ir embora. Hoje não se sabe onde vivem.
O menino era estudante da Escola Antônio Teodoro Neto e era malcriado, seu passatempo favorito era chamar as professoras de puta e os professores de corno. Os xingamentos que usava com os colegas não é nada interessante de escrever, os mais inadequados possíveis. Tal comportamento fazia com que Manoel fosse quase toda semana para diretoria.
A diretora tentava de todas as maneiras resolver o problema, chamava os pais do menino e conversavam, mas não passava uma semana e novamente Manoel estava na diretoria. Algo não estava dando certo na abordagem da diretora e da família com o menino.
Em 1990, segundo ano de Manoel na Escola, a diretora foi substituída por outra. A nova diretora era mais severa, resolvia os problemas com mais firmeza e quando um aluno ia para diretoria mudava completamente de comportamento, tornava-se mais quieto e obediente.
Em menos de dois meses no cargo, Nadira, a diretora, já era temida por todos os estudantes. Quando algum aluno não obedecia ao professor, bastava ameaçar de mandá-los para Nadira que ele tornava-se santo. Ninguém sabia o que a diretora fazia com esses meninos em sua sala, eles eram proibidos por ela de comentar, e obedeciam.
Esse mistério todo em torno do que ela fazia com as crianças quando as levavam para sua sala, criou na escola muita especulação. Inclusive os professores especulavam sobre os métodos da diretora, mas já que os alunos estavam mudando em sala de aula, aprendendo mais e mantendo um comportamento exemplar, os professores não a questionavam.
Entre os estudantes corria o comentário de que Nadira, a diretora, queimava embaixo da língua dos estudantes com um isqueiro e que arrancava algumas pestanas de seus olhos. Outros diziam que ela urinava e obrigava os menores a beber sua urina. Eram muitas especulações...
E cada história contada entre os estudantes, mas eles a temiam. Menos Manoel, esse continuava traquino. E se ainda não tinha ido para a diretoria, era porque os professores esperavam que ele melhorasse, visto que ano anterior Manoel praticamente morou na sala da diretora.
O fato de não ter sido mandado ainda para diretoria fez com que Manoel fosse o único a não temer Nadira. Sendo, portanto, um dos poucos alunos indisciplinados em sala de aula. O que fez com que a professora de português não aquentasse seu comportamento e o mandou para falar com a diretora.
Rebelde como só ele, Manoel, saiu da sala dizendo que ia para casa, mas não entraria na sala da diretora. Era uma quarta-feira, dia 14 de março de 1990, de 8 para 9 horas, a professora ouviu o menino falar, mas o ignorou e continuou com sua aula enquanto Manoel saiu rumo a diretoria.
Depois desse dia ninguém mais o viu. A professora e a diretora foram intimadas a dar esclarecimentos, mas ninguém sabia do menino. E a família, em desespero, procurou Manoel por um ano, mas nunca o encontraram. Então, em 1991, a família resolveu voltar para perto de seus parentes.
A diretora pediu para sair da Escola Antônio Teodoro Neto e morreu em 2012, de câncer. A professora de português, não me disseram o nome dela, mora em João Pessoa-PB, hoje está aposentada.
Há muitas testemunhas ocular dessa história, uma delas é Rita Batista, que trabalha na secretaria, prestes a se aposentar. Como disse, vocês podem ir à Escola saberem de mais detalhes, provavelmente todos irão desconversar, dizer que não sabe de nada.
E não culpe ninguém da Escola por isso, o bairro já é malvisto por ser de periferia, imagina se histórias como essa começa a se tornar a identidade do bairro. O que me faz escrever são os acontecimentos de 2017 e 2018, tempo em que trabalhei lá e vi inúmeras vezes um menino com a língua cortada vagando pelos corredores da escola.
Quando comentei em sala de aula ter visto essas aparições, muitos estudantes relataram situações sobrenaturais vividas por eles na Escola. E então decidi chamar esse menino de língua cortada e que sumia diante de mim como fumaça, de MOLEQUE TEODORO.
E só mais tarde, quando me mostraram uma manchete de jornal com a foto da criança desaparecida, é que percebi que o Moleque Teodoro, habitante dos corredores da Escola Antônio Teodoro Neto, era, na verdade, Manoel Cunha dos Santos, que havia desaparecido em 1990, quando tinha apenas 10 anos.
Como sou muito medroso sai da Escola, hoje não trabalho mais lá. Mas vou te contar todas as histórias que presenciei e que me contaram do Moleque Teodoro. Estar preparado para vir comigo nessa aventura?
O que ninguém sabe é que lá escondido, no bairro Augusto Braga, conhecido por todos como Mutirão, há um ministério, mas especificamente na escola do bairro, a EEEFM Antônio Teodoro Neto. Porém, não se ocupe em ir lá tirar a limpo essa história, eles não gostam de confirmar esse tipo de acontecimento.
No entanto, se você insistir em querer saber mais, chegando à escola procure Rita Batista, uma das funcionárias que está lá desde a fundação da escola e que conheceu a história do menino que vou contar. Hoje, conhecido com o MOLEQUE TEODORO, o menino de que vamos falar, chamava-se Manoel Cunha dos Santos e sumiu no dia 14 de março de 1990.
A família do menino era formada pelo pai, a mãe e um outro irmão mais velho, Manoel tinha 10 anos, vieram de Arco Verde, PE. Porém, com o sumiço do filho e após mais de um ano de busca incansável, a família decidiu ir embora. Hoje não se sabe onde vivem.
O menino era estudante da Escola Antônio Teodoro Neto e era malcriado, seu passatempo favorito era chamar as professoras de puta e os professores de corno. Os xingamentos que usava com os colegas não é nada interessante de escrever, os mais inadequados possíveis. Tal comportamento fazia com que Manoel fosse quase toda semana para diretoria.
A diretora tentava de todas as maneiras resolver o problema, chamava os pais do menino e conversavam, mas não passava uma semana e novamente Manoel estava na diretoria. Algo não estava dando certo na abordagem da diretora e da família com o menino.
Em 1990, segundo ano de Manoel na Escola, a diretora foi substituída por outra. A nova diretora era mais severa, resolvia os problemas com mais firmeza e quando um aluno ia para diretoria mudava completamente de comportamento, tornava-se mais quieto e obediente.
Em menos de dois meses no cargo, Nadira, a diretora, já era temida por todos os estudantes. Quando algum aluno não obedecia ao professor, bastava ameaçar de mandá-los para Nadira que ele tornava-se santo. Ninguém sabia o que a diretora fazia com esses meninos em sua sala, eles eram proibidos por ela de comentar, e obedeciam.
Esse mistério todo em torno do que ela fazia com as crianças quando as levavam para sua sala, criou na escola muita especulação. Inclusive os professores especulavam sobre os métodos da diretora, mas já que os alunos estavam mudando em sala de aula, aprendendo mais e mantendo um comportamento exemplar, os professores não a questionavam.
Entre os estudantes corria o comentário de que Nadira, a diretora, queimava embaixo da língua dos estudantes com um isqueiro e que arrancava algumas pestanas de seus olhos. Outros diziam que ela urinava e obrigava os menores a beber sua urina. Eram muitas especulações...
E cada história contada entre os estudantes, mas eles a temiam. Menos Manoel, esse continuava traquino. E se ainda não tinha ido para a diretoria, era porque os professores esperavam que ele melhorasse, visto que ano anterior Manoel praticamente morou na sala da diretora.
O fato de não ter sido mandado ainda para diretoria fez com que Manoel fosse o único a não temer Nadira. Sendo, portanto, um dos poucos alunos indisciplinados em sala de aula. O que fez com que a professora de português não aquentasse seu comportamento e o mandou para falar com a diretora.
Rebelde como só ele, Manoel, saiu da sala dizendo que ia para casa, mas não entraria na sala da diretora. Era uma quarta-feira, dia 14 de março de 1990, de 8 para 9 horas, a professora ouviu o menino falar, mas o ignorou e continuou com sua aula enquanto Manoel saiu rumo a diretoria.
Depois desse dia ninguém mais o viu. A professora e a diretora foram intimadas a dar esclarecimentos, mas ninguém sabia do menino. E a família, em desespero, procurou Manoel por um ano, mas nunca o encontraram. Então, em 1991, a família resolveu voltar para perto de seus parentes.
A diretora pediu para sair da Escola Antônio Teodoro Neto e morreu em 2012, de câncer. A professora de português, não me disseram o nome dela, mora em João Pessoa-PB, hoje está aposentada.
Há muitas testemunhas ocular dessa história, uma delas é Rita Batista, que trabalha na secretaria, prestes a se aposentar. Como disse, vocês podem ir à Escola saberem de mais detalhes, provavelmente todos irão desconversar, dizer que não sabe de nada.
E não culpe ninguém da Escola por isso, o bairro já é malvisto por ser de periferia, imagina se histórias como essa começa a se tornar a identidade do bairro. O que me faz escrever são os acontecimentos de 2017 e 2018, tempo em que trabalhei lá e vi inúmeras vezes um menino com a língua cortada vagando pelos corredores da escola.
Quando comentei em sala de aula ter visto essas aparições, muitos estudantes relataram situações sobrenaturais vividas por eles na Escola. E então decidi chamar esse menino de língua cortada e que sumia diante de mim como fumaça, de MOLEQUE TEODORO.
E só mais tarde, quando me mostraram uma manchete de jornal com a foto da criança desaparecida, é que percebi que o Moleque Teodoro, habitante dos corredores da Escola Antônio Teodoro Neto, era, na verdade, Manoel Cunha dos Santos, que havia desaparecido em 1990, quando tinha apenas 10 anos.
Como sou muito medroso sai da Escola, hoje não trabalho mais lá. Mas vou te contar todas as histórias que presenciei e que me contaram do Moleque Teodoro. Estar preparado para vir comigo nessa aventura?