O VELHO CARVALHO

Adelante da sombra de uma velha anciã,

O sol requeima-me meu rosto tão empalidecido

Debaixo do carvalho, o símbolo de Satã.

Por praticar a magia negra fui então condenado

Um padre em sua convicção louca,

Sentenciou minha morte, sem sequer defesa,

Julgado como culpado posto a forca,

Tento aliviar o espírito com brandura e leveza

Muitos foram os acusados de bruxaria,

Levados a fogueira em sua infame condenação,

Somos esses servos do mal, da apostasia.

Guiados a estes nossos caminhos em danação!

O sol se põe alaranjado e lentamente,

Meu algoz aguarda com sua paciência moribunda,

Que a bruma encubra-me calmamente,

Enquanto o corpo judiado na areia quente afunda

Ouço uma voz suplicar em oração,

Por essa alma que pela densa neblina e orvalho

Recebe agora esta extrema unção,

Sob um enorme galho apodrecido do carvalho!

A corda afrouxada com estreito nó,

Foi posto ao pescoço em uma macabra rapidez,

Neste sinistro lugar tornar-me-ei o pó

Sendo enforcado por uma demoníaca estupidez

rodrigokurita
Enviado por rodrigokurita em 11/07/2020
Código do texto: T7002605
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