O VELHO CARVALHO
Adelante da sombra de uma velha anciã,
O sol requeima-me meu rosto tão empalidecido
Debaixo do carvalho, o símbolo de Satã.
Por praticar a magia negra fui então condenado
Um padre em sua convicção louca,
Sentenciou minha morte, sem sequer defesa,
Julgado como culpado posto a forca,
Tento aliviar o espírito com brandura e leveza
Muitos foram os acusados de bruxaria,
Levados a fogueira em sua infame condenação,
Somos esses servos do mal, da apostasia.
Guiados a estes nossos caminhos em danação!
O sol se põe alaranjado e lentamente,
Meu algoz aguarda com sua paciência moribunda,
Que a bruma encubra-me calmamente,
Enquanto o corpo judiado na areia quente afunda
Ouço uma voz suplicar em oração,
Por essa alma que pela densa neblina e orvalho
Recebe agora esta extrema unção,
Sob um enorme galho apodrecido do carvalho!
A corda afrouxada com estreito nó,
Foi posto ao pescoço em uma macabra rapidez,
Neste sinistro lugar tornar-me-ei o pó
Sendo enforcado por uma demoníaca estupidez