A GAROTA DA ESTRADA
De repente ela então aparecera,
Pela estrada vinda de lugar nenhum,
Não lembro como tudo ocorrera,
Descobri que seria apenas mais um!
Desviei e o carro bateu no muro,
Mas por sorte não abalroei essa mulher,
Não havia luz, estava tudo escuro
Muito menos a claridade da lua sequer
Aliviado notei a garota correndo
Indo na direção de uma floresta densa,
Corri atrás e segui-a para adentro
Na escuridão que a névoa fria condensa
Alcancei-a rápido pelo braço,
E senti no corpo um despertar carnal
Em frenesi envolvi-a no laço
Para saciar-me toda a volúpia sexual
Esse prazer enorme e quimérico
Havia se apossado de todo meu corpo,
Quando notei o estado cadavérico
Destas minhas mãos parecia-me morto
Senti aos poucos algo acontecendo,
Algo que me deixou aturdido,
O corpo dela estava se desfazendo,
Percebi que eu tinha morrido!