A SERENATA
Olhos paralisados diante de mim
Aterrorizando todo o meu interior,
Pressinto a dor, pressinto o fim,
A loucura de um vulto tão opressor
Tenho fugir para o mais distante,
O seu caráter repulsivo como a morte
Tenho que acordar estou delirante
Não poderia senão contar com a sorte
Sou apenas uma entidade grega
Estou além daquilo que parece eterno
Agora dedilho a serenata negra
Bem vindo ao fundo de meu inferno!
A voz dentro da minha cabeça,
Dizendo frases sem nenhum sentido
Impede que eu mesmo esqueça
Mas ainda continuo esse mal ouvindo
Você não está vivo, é apenas morto
Encaro-te no corpo inanimado,
Estou frágil aparentando estar torto
Vendo-o como cadáver sepultado
Sou apenas uma entidade grega
Eu quero toda a tua energia espiritual
Agora dedilho a serenata negra
Levando-te ao seu desespero infernal!