A LUA CONGELANTE
Tudo aqui gélido é tão frio,
Sou vigiado por algo muito obscuro,
Sinto na alma esse calafrio,
Ele observa-me escondido no escuro!
Aproximam-se bem perto
Formas tão diabólicas enfim flutuam,
Do sonho já estou desperto,
Pelos ventos sinistros apenas ululam!
No céu vejo a lua congelante
Vozes macabras invocam meu nome,
É um pesadelo bem delirante
Destes mortos que a noite consome!
Imagino alguns dos cúmulos
As idéias em pensamentos pavorosos
Das cruzes tortas nos túmulos
Visões fúnebres de sonhos horrorosos
Mas eu jamais nisto algo cri,
Sob a espessa névoa bem dissonante,
Lembro-me certa noite morri
Quando vim a seguir a lua congelante