A FLORESTA
Venha mais perto amigo e veja,
Observe próximo das vastas árvores,
E encontre aquilo que tu deseja,
Na pilha apodrecida destes cadáveres
Vamos agora procurar a garota
Enquanto ainda é possível de enxergar
Na localidade lúgubre e escrota,
Antes que a claridade venha se findar!
Eu consigo ouvir a voz dela,
Chamando timidamente meu nome,
Talvez esteja a nossa espera,
Já estou fadigado e com muita fome
O som é medonho e profundo
No silêncio ainda escuto a voz dela
Parece mórbido, bem imundo,
Como o grunhido louco d’uma fera
Mas por um momento me calo
Sequer a esperança positiva se resta
Exaurido desta procura eu paro,
Eu também estou perdido na floresta!
[...]