A LUA CHEIA
Gritos cortantes pela madrugada
A vingança aos olhos então escorrendo,
Um uivo de uma besta indomada,
Pelo sangue maldito está se fervendo!
Enterrado na cova sem nome
Passou na escuridão uma noite solitária,
Com sede e morto pela fome,
Escondendo a sua maldição hereditária
Uivando ergue-se do caixão
Levando para sua mente o ódio insano
A luz da lua prateando a mão
Acendendo o seu desejo mais profano
O cheiro de toda a decadência
Exaurindo destes seus pêlos eriçados
O instinto animal de demência,
Faz todos por ele serem trucidados!
A besta agora anda solitária,
Trucidando com vigor estas mutilações
É a desgraça que hereditária,
Assustando as vítimas de suas ações!
Durante o dia dorme na rua,
Enquanto no intestino se consomem,
As vísceras que brilha a lua,
Do ataque visceral deste lobisomem