#Esse texto faz parte do Conto Interativo Caverna do Diabo. Clique AQUI para iniciar #
— Gente, não estou lá muito bem. Não sei se é o cheiro ou o cansaço. Mas podemos deixar para amanhã? Qualquer coisa, vocês podem seguir em frente que eu volto seguindo as setas.
— Nada disso! - retrucou Inês - iniciamos juntos e terminamos juntos. Ainda bem que você me avisou agora, se fosse em algum outro momento crítico, seria bem mais difícil.
Sr. Jadson apenas deu os ombros e murmurou baixinho:
— Esses jovens de hoje não aguentam mais nada!
No caminho de volta, as lanternas dos capacetes começaram a falhar. Criando um tenebroso duelo de sombras saltitantes.
Professora Inês tentou chamar a equipe externa pelo rádio, ia pedir para que Adilson ligasse os faróis da van e apontá-los para a entrada. Mas o rádio estava mudo. Ninguém respondia. As setas estavam confusas. Ou o velho se enganou ao marcar ou era a sua mente pregando peças.
Quando as luzes das lanternas falharam de vez, vocês começaram a tropeçar no chão irregular da caverna.
Ruídos e grunhidos animalescos eram claramente audíveis. Alguma coisa estava se aproximando ou cercando vocês. O grupo estava amedrontado. Uns tropeçando nos outros, as respirações ofegantes denunciavam o que a falta de palavras dizia.
Num dado momento. Sr. Jadson teve a ideia de ligar o celular para iluminar o caminho. Quando ele parou para sacar o aparelho e ligar a lanterna, foi visível um rosto humanoide com uma bocarra escancarada prestes a lhe devorar dependurada no teto da caverna logo acima dele.
Pobre Jadson, mal teve tempo de olhar para cima. No instante seguinte, era apenas a escuridão e o seu grito de dor ecoando pela caverna. A pouca luz que seu celular emanava era o suficiente para vocês fugirem o mais rápido de que podiam.
Inês sacou uma arma da cintura e disparou algumas vezes em direção à criatura. Em um dos flashes causados pelos disparos, vocês tiveram a seguinte visão, que lhes causaram um pânico instintivo.
Após alguns tropeções, torções e arranhões, vocês conseguiram se distanciar dos grunhidos animalescos e , finalmente, sair da caverna. Marcos estava dormindo dentro de uma das barracas e o Sr. Adilson estava dormindo na van. Após acordá-los aos gritos, vocês entraram na van e chamaram Marcos para vir rapidamente.
Adilson perguntou onde estava o Sr. Jadson e se iriam deixar todo aquele material de acampamento abandonado ali. A professora respondeu:
— Vai, vai, vai! Sai daqui o mais rápido que puder! - depois de olhar insistentemente para trás, vendo que não havia mais nada perseguindo o grupo, ela caiu no choro, dizendo:
— Aquilo pegou ele, alguma criatura…. Eu não sei! Escapamos por pura sorte. Vamos para a polícia. Depois a gente vê o que faz!
Fim (?)
#RECOMEÇAR#