#Esse texto faz parte do Conto Interativo Caverna do Diabo. Clique AQUI para iniciar #
Professora Inês, de pele clara, olhos castanhos escuros, cabelos pretos e curtos, na altura da nuca que escondia levemente uma tatuagem da rosas dos ventos, seguia vestindo o aparato de segurança e verificava se estava tudo bem seguro em seu colete quando ela percebeu que você a estava observando e perguntou:
— Oi, tudo bem com você? Você está meio pálido.
O guia, Sr. Jadson, segurou o riso enquanto ele mesmo se equipava.
— Não. Está tudo bem. A senhora não acha perigoso descer num lugar chamado Caverna do Diabo?
Um leve sorriso brotou em seus lábios e ela respondeu:
— É só uma caverna. As pessoas falam muitas coisas e se deixam tomar pelo medo do desconhecido, preferindo criar respostas imaginárias e criativas do que se esforçar para conhecer as coisas por meio da ciência e entender melhor a realidade - ela parou um pouco para colocar o capacete com a lanterna e uma câmera portátil de cabeça e complementou:
— Se você não estiver à vontade com isso. Você pode ficar com o Sr. Adilson e ajudá-lo a montar o acampamento. Aliás, as imagens que eu fizer na câmera vão direto para o computador. Temos um rádio de comunicação também. Como vamos entrar no subsolo da caverna, o alcance será reduzido, mas vai dar para fazer o contato com a parte da equipe que ficará do lado de fora.
— Só mais uma pergunta. Não dava para explorar a caverna com um drone?
— Não. Há duas principais razões para isso: o relevo da caverna é fechado e muito irregular, a câmera do drone não cobre todos os ângulos e para bater numa parede irregular ou numa estalactite e quebra-lo é muito fácil de acontecer. A outra é que o alcance do sinal também é muito curto, menor que o do rádio. Entendeu?
— Entendi.
— E aí, está pronto para colocar o equipamento e descer a caverna com a gente?
Enquanto isso, o motorista gritava ao longe:
— Garotada, tô precisando de uma ajuda aqui para montar o equipamento. Quem vai me ajudar? Uma pessoa só não dá para montar tudo!