O ENIGMA DO CUBO
Certa vez eu adquiri um cubo,
Nele continha uma passagem discreta
O enigma oculto eu descubro,
Abre-se então outra dimensão secreta
Lendas diziam que o inexorável
Naquela porta haveria então escondido,
O portal do deleite inimaginável
Mas com o pânico eu fora surpreendido
Quem nesse local então habitas,
Notei certas criaturas assim deformadas,
Eram conhecidos como cenobitas
Trajando roupas de couro todas rasgadas
Aonde estaria o imenso prazer,
Nesta dimensão de estranhas torrentes
Tive medo em tudo descrever,
Mas fui preso por ganchos e correntes!
Agora escuto um som lamurioso
O barulho de grunhidos bem estridentes
E este ser com o crânio espinhoso
Diz algumas palavras tão inconsistentes!
Apenas senti minha pele rasgar
Com a violência da destruição generosa,
Em pedaços enfim desintegrar,
Ao inferno sucumbo na morte pavorosa!