A PREMONIÇÃO

Tudo ao meu redor está ruindo,

Caem as grossas paredes de concreto,

Vejo a morte para mim sorrindo

Levando ao ombro esse pequeno feto

Acordo assustado e muito esbaforido,

O coração nesta taquicardia

Pensara que estava então desfalecido,

Nesta minha própria agonia

Tudo não passa de uma visão,

Da mente em seu terrível tormento

Algo atemporal sem ter razão,

O medo d’um mau pressentimento!

Observo cada visão do futuro,

Das imagens que vão se percebendo,

Uma vítima esmagada ao muro

Outras tantas queimadas e morrendo!

Minha mente agora se depara

Com a energia incorpórea e inebriante,

Meu corpo descendo para a vala

Corroído por uma moléstia debilitante

Serão todas essas mensagem do além?

Em sonhos parecem-me reais,

Destinada quem sabe para um outrem

Terão eles sentidos surreais?

Agora minha mente vagueia confusa

Pela rua caminho sem direção

Uma luz fosca se dissipara tão difusa,

Ao meu encontro - o caminhão!

rodrigokurita
Enviado por rodrigokurita em 12/05/2020
Código do texto: T6945241
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