A PREMONIÇÃO
Tudo ao meu redor está ruindo,
Caem as grossas paredes de concreto,
Vejo a morte para mim sorrindo
Levando ao ombro esse pequeno feto
Acordo assustado e muito esbaforido,
O coração nesta taquicardia
Pensara que estava então desfalecido,
Nesta minha própria agonia
Tudo não passa de uma visão,
Da mente em seu terrível tormento
Algo atemporal sem ter razão,
O medo d’um mau pressentimento!
Observo cada visão do futuro,
Das imagens que vão se percebendo,
Uma vítima esmagada ao muro
Outras tantas queimadas e morrendo!
Minha mente agora se depara
Com a energia incorpórea e inebriante,
Meu corpo descendo para a vala
Corroído por uma moléstia debilitante
Serão todas essas mensagem do além?
Em sonhos parecem-me reais,
Destinada quem sabe para um outrem
Terão eles sentidos surreais?
Agora minha mente vagueia confusa
Pela rua caminho sem direção
Uma luz fosca se dissipara tão difusa,
Ao meu encontro - o caminhão!