A TUMBA

Entre fundo nas catacumbas,

Observe os corpos em mumificação,

Adentre ao fundo das penumbras

Os faraós lançam-te uma maldição!

Tateando as paredes rochosas,

Hierógrafos espalhados pela alcova,

Imersas nestas areias porosas

A pirâmide será sua próxima cova!

A respiração sôfrega neste momento

Sinal da maligna anunciação,

Da morte exalando o odor pestilento

Teu cadáver terá a maldição!

Põem-se o sol claro no horizonte,

A cripta adentra em densa escuridão,

O suor frio que escorre na fronte

É a febre da malária em bestial ação!

Suas pernas amolecidas agora tremem,

Os deuses invocam a proteção

As trombetas sinistras apenas gemem,

Suas pragas pela perturbação!

Eis que erguer-se a vós por perto,

Denso negrume destas magias ocultas,

A aura macabra do grande deserto

Ao caixão mortuário sempre perscrutas

A destra deste esquife quase aberta

No sarcófago balouça a mão,

Deste repouso o mal enfim desperta

Morra na ira de Tutancâmon...

rodrigokurita
Enviado por rodrigokurita em 10/05/2020
Código do texto: T6943261
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