O VEREDITO

O júri implacável me condenou,

Sentado aguardo a presença sombria,

A minha esperança se enforcou

Para limpar essa nova lápide tão fria!

Eu recebi meu veredicto inóspito

Percorrendo os olhares pela multidão,

Meu fim verdadeiro será o óbito

A vela acendida diante de um caixão!

Por toda a vida minhas faculdades

Eram libertas em momento de prazer

Culminando entre as fatalidades

Daquilo que eu viria então cometer!

Não temo a palidez brilhante,

Da morte que aos poucos se aproxima

Do olhar diabólico e radiante,

Vindo para condenar-me para sua sina!

Tantas evidências me delataram

Vestígios desta perfeição tão doentia,

Muitos iguais a mim já mataram

Com a crueldade como a real fantasia

Todos reunidos tentam observar

Qual será agora meu estado espiritual

A respiração próxima para parar

Na circulação percorre a injeção letal

rodrigokurita
Enviado por rodrigokurita em 09/05/2020
Código do texto: T6942302
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