O VEREDITO
O júri implacável me condenou,
Sentado aguardo a presença sombria,
A minha esperança se enforcou
Para limpar essa nova lápide tão fria!
Eu recebi meu veredicto inóspito
Percorrendo os olhares pela multidão,
Meu fim verdadeiro será o óbito
A vela acendida diante de um caixão!
Por toda a vida minhas faculdades
Eram libertas em momento de prazer
Culminando entre as fatalidades
Daquilo que eu viria então cometer!
Não temo a palidez brilhante,
Da morte que aos poucos se aproxima
Do olhar diabólico e radiante,
Vindo para condenar-me para sua sina!
Tantas evidências me delataram
Vestígios desta perfeição tão doentia,
Muitos iguais a mim já mataram
Com a crueldade como a real fantasia
Todos reunidos tentam observar
Qual será agora meu estado espiritual
A respiração próxima para parar
Na circulação percorre a injeção letal