AS PRAGAS
Dez serão as manifestações,
As pragas que enviarei para o Egito,
A morte cobrirá as extensões
E tornar-me-ei este verdadeiro mito!
As águas se tornarão barrentas,
Nódoas eclodiram nas pelas humanas,
Nas chagas abertas e purulentas
Fétidos odores que das feridas emanas!
Todos os seguidores já sabem as razões
Da ira de Rá contra o mundo.
Gafanhotos devorarão vossas plantações,
Pois acordei do sono profundo
Moscas trarão essa tempestade,
A água se turvará assim sanguinolenta,
Sentirão todos minha maldade
Pela minha manifestação tão turbulenta!
Tuas filhas serão minha oferta,
O sangue das virgens para meu deleite,
Vosso mestre então se desperta
E essa punição maligna por fim aceite!
Louvem o único Deus da perdição,
Adorem-me em seus desejos com os afãs,
Essas vidas pagarão pela redenção,
Quando eu enviar uma infestação de rãs!
Ouçam meu chamado miseráveis,
Concedam ao mestre do fruto até as bagas
Meus serviçais são todos deploráveis
Por isso lhes envio estas malignas pragas!