A lenda das crianças mortas

Existe uma história, mas que muitos acham que é apenas uma lenda, sinto te informas... Mas não, eu vivenciei essa história, e como um bom amador de assuntos paranormais, irei lhes contas. Espero que esteja preparado, afinal, se está lendo isso, é porque, assim como eu, também ama esse assunto.

Mas antes de tudo, recomendo que leia isso durante a noite, garanto que te dará uma experiência um pouco melhor. Apague as luzes, feche suas janelas, e por fim, dê aquela breve olhada de canto de olho em seu guarda roupa. Nunca se sabe...

A história que irei lhes contar, posso dizer que é um tanto recente, e como disse, sou um grande amador do mundo sobrenatural, por isso, vivo buscando sobre lendas e histórias a respeito disso. Acho que é até um pouco normal, pois nem sempre o que vemos, acaba sendo real, e foi exatamente aí, onde eu me enganei completamente.

Acabei por encontrar um certo artigo pela internet, e como sou completamente fissurado, fui mais a fundo para pesquisar, assim, indo saber mais sobre o tal artigo. Posso dizer que, me surpreendi com o tanto de materiais que acabei por encontrar.

Mas acho que já estou enrolando, e não é esse o propósito dessa pequena história que quero lhes contar... Naquele mesmo dia, acabei encontrando uma pequena lenda, a qual dizia que: Espíritos de crianças costumam nos visitar durante a noite, principalmente em locais que costumam ter outras crianças. Ao ler isso, fiquei um pouco curioso para saber se realmente era verdade ou não, até porque, muitas coisas relacionadas ao mundo sobrenatural, são falsos.

Curioso para saber se era verdadeiro ou não, decido terminar de ler a tal lenda, e ao final, dizia que podíamos ‘’invocar’’ essas crianças mortas para dentro de nossas casas. Era como se essas crianças estivessem apenas vagando por aí, sem que assim, pudessem seguir em frente. Lendo aquela lenda, notei que havia uma forma de atrair essas crianças, mas se eu fosse fazer, era por minha conta e risco, até porque, tudo se tem um preço a pagar. Estava disposto a arriscar fazer essa loucura. Enquanto lia, notei que existia uma pequena frase, assim, podendo invocar qualquer criança para a minha casa.

Fiquei horas e horas lendo sobre o assunto, e que de fato, havia me chamado muito a atenção; Como eu morava sozinho, seria um pouco arriscado fazer esse tipo de coisa. Mas senti que precisava passar por essa experiência ao menos uma vez na vida, com isso, me sentiria completamente realizado. Dei mais algumas olhadas e então, decido tomar coragem em tentar fazer aquilo.

Apenas precisava de um brinquedo que fosse meu na infância, e por sorte, eu tinha um, o qual sempre foi o meu favorito. Um carrinho que havia ganho de meu pai quando ainda era criança. Sempre guardei ele comigo desde então. Eu só precisava deixar o carrinho perto da minha cama antes de ir dormir e repetir uma pequena frase: ‘ Brinca criança que morreu/o brinquedo que um dia foi meu/nesta noite será seu’.

Olhei em meu celular e já passava da meia noite, o horário ideal para fazer o que almejava naquele momento, fui até meu criado mudo, onde deixava o meu carrinho e então, o coloquei perto da cama e repetindo a mesma frase de antes, como se estivesse falando com uma criança. Feito isso, deitei e acabei adormecendo.

Acordo com alguns barulhos em meu quarto, assim que abro os olhos, me deparo com uma cena que mataria qualquer um de infarto. Uma criança, sim, uma criança estava sentada enquanto brincava com o meu carrinho! Esfrego os olhos rapidamente, e por um momento, achei que estivesse sonhando, até me belisquei para ver se era realmente um sonho. Para o meu azar, ou sorte, não.

A criança brincava um tanto alegre e contente, mas por um breve momento, parou e olhou em minha direção; Arregalo os olhos no mesmo instante, mas decido tomar coragem e me aproximar da criança. Ela vestia uma espécie de macacão vermelho e tênis pretos.

Naquele momento, notei que o que havia feito, deu certo, fico feliz por dentro, mas com um enorme frio em minha barriga, só por estar presenciando aquilo em minha frente. A criança não dizia nada, apenas gargalhava e brincava com o carrinho. Acabei lendo na lenda, em que a criança tinha apenas aquela noite inteira para se divertir antes de partir de vez. Me sento ao seu lado, e que pareceu não se incomodar com a minha presença.

Por um momento, ele para de brincar, olha em direção da porta, e por fim, se levanta, correndo em direção do corredor. Acabo por seguir aquela criança, para ver o que ela faria. Me lembro que na lenda, também dizia que doces funcionariam para invoca-las. Enquanto ele corria, gargalhou sem parar, como se estivesse feliz com algo.

Ele para em frente a escada, olha para mim, dá um breve sorriso e me chama com a mão, como se quisesse que eu fosse com ele. O que me deixou um pouco assustado, aflito e receoso, mas acabei indo, queria muito ver o que aquele garoto iria fazer.

Vejo o garoto então descer as escadas, tento o acompanhar, mas antes que pude perceber, ele já estava lá embaixo, apenas olhando para cima, e mais uma vez, me chamando com sua mão. Pensei: ‘’ O que será que ele quer...? ‘’. Engulo seco e decido acompanha-lo, vendo que o garoto queria ia até a cozinha.

Ele simplesmente observa tudo, mas ainda assim, esboça um ar de felicidade, como se estivesse entendendo que é bem-vindo ali, eu só... Não estava gostando muito da ideia de ter um espirito em minha casa, principalmente aquele horário. Estava sendo uma experiência um tanto inusitada, confesso. Só tive receio de que algo ruim acontecesse comigo logo após isso.

O garoto então, olha para mim e apenas acena, como se estivesse se despedindo de mim, e minutos depois, ele desaparece, sem deixar um rastro sequer, e quanto ao meu carrinho, foi levado junto. Corro para o meu quarto, onde acabo me jogando na cama e apagando no mesmo instante. Mas já na manhã seguinte, acordei com risadas e passos por toda a minha casa, mas sem poder ver aquele garoto.

Era algo agoniante de se presenciar, justamente por morar sozinho em minha casa, e não ser acostumado a ter esse tipo de coisa acontecendo por ali. Passei o dia inteiro ouvindo aqueles sons de criança brincando pela casa, vez ou outra alguma coisa caia e se quebrava. Apenas meneava a cabeça. Logo fui me arrependendo de ter feito aquilo, eu só queria saber se era realmente real, e sim, era totalmente real.

O dia foi passando e logo a noite chegou, e para que eu pudesse fazer aquele garoto ir embora, precisava dizer outra frase, como se fosse uma forma de me despedir dele. Era algo como: ‘’ Criança morta já brincou, apanhe seu docinho e siga seu caminho", para que o espírito entenda que chegou a hora dele partir’’. Esperei dar o mesmo horário da noite passada, e assim que chegou, me sentei perto de minha cama, deixando alguns doces por ali, e repetindo a frase, da mesma forma de antes, como se estivesse falando com uma criança normal.

Assim que terminei de falar, me deitei e acabei adormecendo, mas horas depois, acabei acordando com um enorme peso em meu peito, como se algo estivesse sentado em cima de mim! Acordei desesperado e com muita falta de ar, olho para frente e me deparo com o garoto da noite seguinte. Ele apenas gargalhava e não dizia uma única palavra sequer. Tentei tira-lo dali, mas mal pude me movimentar, era como se ele pesasse uma tonelada.

O senti colocar suas mãos em meu rosto e aproximando o dele bem perto do meu, seu cheiro era extremamente forte, aquele cheiro de morte ficou preso em mim, o que me fez chacoalhar sem parar, no intuito de tira-lo dali, mas dessa vez, conseguindo. Saio da cama e quando vou atravessar a porta, ele simplesmente a fecha, gargalhando sem parar.

Fiquei me perguntando o que ele tanto queria de mim, afinal, ele já havia brincado e podia partir em paz, porque era o que a lenda dizia, segui passo a passo dela, sem errar nada. Entro em desespero ao ver que o garoto se aproximava cada vez mais e mais de mim, e trazendo aquele cheiro de morte outra vez.

E por um momento, me lembrei que ao fazer isso, eu poderia atrair outros tipos de seres para dentro de minha casa, e foi exatamente o que havia acontecido. Aquele garoto, não era de fato um garoto, e sim, um demônio, que se aproveitou do que eu havia feito e veio para a nossa realidade.

Enquanto ele andava, ia tomando sua verdadeira forma, que era horrível e grotesca, cabeça decepada e que era carregada por seus braços, olhos negros e dentes completamente afiados. Naquele momento, entendi o porquê o tal garoto apenas gargalhava. Era um aviso, apenas um aviso, e que eu simplesmente ignorei, por estar tão maravilhado com a minha proeza feita noite passada.

O demônio foi se aproximando cada vez mais e mais, até finalmente chegar bem perto de mim, colocar sua cabeça decepada rente a minha e apenas rir como se não houvesse amanhã. Viro o meu rosto contra a parede, tentando sair dali, e por muita sorte, ele abra a porta, para que assim, eu pudesse sair. Era como se estivéssemos brincando de gato e rato.

Foi a pior noite da minha vida, ficamos nisso a noite inteira, literalmente, até o dia finalmente chegar, e por fim, eu fui procurar um método de como me livrar de um demônio, mas sem êxito, não encontrei nada, literalmente nada.

Ficamos nisso por pelo menos uma semana inteira, até que por um milagre, o demônio me deixou um recado, o recado mais aterrorizante que pude receber durante toda a minha vida. Em uma das paredes da minha casa estava escrito algo como: ‘’ Eu me diverti bastante, e espero que tenha se divertido também, ratinho! Logo eu voltarei...’’.

Ao terminar de ler aquele recado, eu simplesmente senti um enorme arrepio por todo o meu corpo, e sem poder dizer nada, apenas pude aceitar o fato de que estava marcado por um demônio... E como eu havia dito, tudo se tem um preço, e o meu, acho que vocês já sabem.

E essa... É a história de como uma lenda pode ser verdadeira, então, caso você seja um curioso assim como eu, continue na curiosidade, não faça o que eu fiz, ou então... Ele irá te visitar.

Recado dado... Agora cabe a você, querer fazer isso ou não. E com isso, eu encerro a minha história. Tenha uma ótima noite, ou não...

Do seu amigo: Demônio decapitado! Hahaha.